sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Odacy Amorim foi... Eduardo Campos está...sempre

Ex-prefeito Odacy Amorim | Foto: Divulgação

Governador Eduardo Campos | Foto: Divulgação

Petrolina e cidades vizinhas estão num ti-ti-ti daquele em função da saída de Odacy Amorim do PSB com passagem direta para o PT. Essa coisa já vinha sendo costurada nas cocheiras sertanejas e agora saiu a cavalo de forma bem galopante.

Minha falecida avó sempre dizia: “quando uma história aparece sem pé nem cabeça, sem 'eira nem beira´ ou é ou foi ou tá pra ser”. Assim diz a experiência da vovó. (Acho que é verdade!)

Ao que tudo indica quando se tem muito cacique numa aldeia fica complicado saber quem manda mais ou menos. Assim é também se nos parece.

Volto a lembrar aos blogautas que já postei por aqui sobre o modo mineiro (não de origem) do governador Eduardo Campos quando ele quer desenhar um cenário favorável ao seu comando.

Assim como o modo nordestino que ele apresenta (muitos dos traços herdados do seu avô, o ex-governador, Miguel Arraes) para sair como um trator quando quer construir caminhos com projetos futuros (não tão longe assim).

Eduardo é o “cara”. Hoje, apesar dos burburinhos em relação a indicação e conquista da mãe a deputada federal, Ana Arraes (PSB), para uma cadeira no Tribunal de Contas da União (TCU), Eduardo é o único nome que está sendo fortalecido dia-a-dia no cenário nacional.

É com esse jeito misturado de mineiro com nordestino que Eduardo governa quase com mão de ferro uma equipe que treme nas bases quando está em reunião com o “homem”. Sabe o que ele diz?

-- Não quero lorota. Quero ações e resultados. Não quero apresentação de problemas, apenas, mas caminhos e saídas com soluções viáveis para hoje e não amanhã.

Dito isto, esperem o resultado das eleições em boa parte dos municípios onde o tal PSB vai concorrer. Onde Eduardo estiver na cabeça a possibilidade de se ganhar a eleição é dita como certa.

E Amorim? Uma estratégia e tanto para dividir votos e fortalecer a indicação da vez.

Vocês duvidam? Esperem as eleições....

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Políticos que querem ser igual a Lula

Nas eleições de 2008 para prefeito de Juazeiro-BA o então deputado estadual, Roberto Carlos, trazia em sua plataforma de campanha o discurso de que “foi pobre igual a Lula”.

Roberto Carlos e tantos outros candidatos país afora agarram-se a Lula como símbolo de sobrevivência, sucesso, superação, desafios, diferencial, “antes dele e depois dele”, o nordestino que subiu a rampa, o pau-de-arara que deu certo, o operário no poder e tantas outras qualificações ou adjetivos.

Nenhum deles lembra, por exemplo, da corrupção dos governos, das falcatruas administrativas, desvio de dinheiro público, Caixa 1, Caixa 2, Mensalão, negociatas para benéfico próprio ou amigos e parentes e tantas outras “aberrações cromossômicas”.

Agora, para as eleições de 2012, os candidatos devem trazer para o discurso os títulos de doutor que o então ex ou o que nunca deixou a presidência, Luiz Inácio Lula da Silva, recebeu nesse ano.

É importante registrar que ele só queria receber as honrarias após deixar o cargo. (Ele deixou o cargo, foi? Nem percebi... )

Foram 7 títulos de doutor honoris causa concedidos pelas Universidades de Coimbra, em Portugal, Federal de Viçosa (UFV), de Pernambuco (UPE), Federal de Pernambuco (UFPE), Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), Universidade Federal da Bahia (UFBA) e o ultimo foi ontem (27.09.11) pelo Instituto de Ciência Política de Paris.

Blogauta, Paris, Paris!!! Ah, Paris... é o berço da intelectualidade acadêmica internacional.

Poxa, realmente, temos que reconhecer: estudar como a gente faz (ou fez) uma vida toda até chegar a graduação (50% da vida) + especialização (5% da vida) + mestrado (15% da vida) + doutorado (30% da vida) para no final nem entrar, muitas vezes, para ensinar numa universidade. Lula nem fez nada disso e ganhou 7 títulos de “doutô”.

Pensa que é fácil, é? Ele trabalhou muiiittttooo pra isso....né mole, não!

Já estou imaginando o discurso de muitos candidatos a prefeito por aqui em Juazeiro-BA ou em Afrânio-PE, por exemplo, cujo texto deve ser mais ou menos assim:

-- Meu povo, amado, precisamos começar a pensar no futuro agora. Mesmo sem os estudos das “faculidades” que estão “esparramadas” pelo sertão a dentro “não me diguem” que “ocês” não terão “oportunidade”. Lula não teve nada disso, mas com sua coragem, braveza e levando o sangue desse povo sofrido na alma chegou ao poder. É assim que penso. Mesmo sem entrar na “faculidade” eu, fulano de tal, vou para o poder para fazer o que nenhum outro fez. Por isso, vote em mim que sou assim...do povo, como “ocês”.

Tão achando ruim? Parem de estudar e sejam políticos (partidários, claro), ou jogador de futebol ou as duas coisas!!!

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Enquanto as eleições não chegam...

Sabe o que acontece enquanto as eleições não chegam? Tudo!! São os preparativos que antecedem ao ano eleitoral, neste caso, 2012.

Os redutos eleitorais dos prefeitos, deputados estaduais e federais, senadores e governadores ficam cheios de atividades e eventos que demandam reuniões, conchavos, “arrumações” de pessoas em determinadas áreas, apadrinhamentos, promessas, fechamento de contrato/valores prévio...

Por aqui, em várias cidades do sertão até o agreste pernambucano, por exemplo, as composições das personalidades vão se desenhando. Quem vai coligar com quem em detrimento das coligações ditas possíveis ou aquelas arrumadas especificamente para o momento.

Tudo isso para se ter um panorama da geografia do voto. Quanto vale o voto e quanto é preciso “arranjar” ou conseguir de forma lícita e ilícita para que as eleições aconteçam.

É assim em Afrânio, Dormentes, Petrolina, Lagoa Grande, Santa Maria da Boa Vista em Pernambuco, bem como em Juazeiro, Sobradinho, Senhor do Bonfim na Bahia e tantas outras cidades nesse Brasil a fora.

Enquanto as eleições não chegam tudo acontece e tudo é possível. Os partidos guardam suas bandeiras apenas para enfeitar as passeatas no período da campanha de rua e fazer “gif” em movimento nos sites das agremiações.

O histórico dessas bandeiras? Melhor deixar mesmo no site. Afinal, é preciso compor o texto para fazer “fita e ficar bem na foto”.

Agora, enquanto as eleições não chegam o melhor mesmo é “costurar” projetos para calar a boca de líderes comunitários, afagar egos de deputados que não serão candidatos, mudar de partido para justificar uma coerência que não existe e muito mais que isso: arrumar financiadores de caixa 1 e caixa 2 para colocar o “bloco” na rua.

Assustou-se blogauta? Isso não é novidade! O canal que leva as riquezas para o outro lado do rio está em fase de acabamento. Quando você menos esperar a água vai jorrar.

De onde vem essa água? “Oxé...num conto de jeito maneira!” Agora, minha falecida avó se viva fosse diria:

-- Quando um político fala que faz alguma coisa boa pelo povo ou ele já morreu e deixou isso escrito em algum lugar ou ele nunca foi político.

Meu garoto mais velho, Diego, completa a história:

-- Mãe não esquenta. Político é tudo igual. Muda só o endereço.

Sofro, viu? Sofro muito...

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Quando não se casa faz o quê?

Sempre falo para vocês, blogautas, da minha sábia avó. Ela tinha umas sacadas interessantes e inteligentes de deixar muitos intelectuais de boca aberta.

Por exemplo: quando se referia as mulheres que beiravam os 40 anos e não tinham se casado ainda ela chamava de “vitalinas” , “encruadas” ou “encalhadas”. E ainda dizia pra mamãe: “ escreva o que to dizendo. Àquela não casa nem com Santo Antonio empurrando...”

Aos homens que estavam na mesma situação, ela chamava de “duvidoso”, tipo assim, aquele sujeito que escolhe demais, nenhuma mulher tem a ver com ele, todas estão interessadas na condição financeira que ele conquistou e por aí vai.

A vovó Maria não era uma figura, era uma gravura. Uma pessoa simples (singular), analfabeta que nasceu em Catende (zona da Mata de PE) e todos os dias ela tinha uma história escandalosa para contar sobre pessoas e coisas que aconteciam nessa cidade.

Sua simplicidade impressionava quando ela cismava com uma pessoa. Costumava dizer para minha mãe: ”essa pessoa me cheira mal”.

Em frente da casa da mamãe (lá em Piedade, Jaboatão dos Guararapes, agarrado ao Recife-PE) morava uma moça que namorava um rapaz durante 15 anos. Vez ou outra vovó saia com uma “notinha” sobre o fato. Uma delas foi quase uma tragédia de discurso. Final da tarde, a moça esperava o namorado no portão e a vovó do outro lado olhava atentamente para ela.

Depois de um tempo ela caminhou até a moça e falou assim:

-- Minha filha escute o que essa velha vai lhe dizer. Se esse homem não definiu ainda a vida dele com você é porque ele não lhe ama e pelo tempo que ele vem “empatando a sua vida” ele nunca vai se casar com você. E sabe por quê? Porque ele é acomodado, “abestalhado” e frouxo. E do jeito que você está vai ficar pra “titia”. Vai ficar no “caritó”.

Gente, essa palavra é quase do século XVII e por isso pouco sei dizer o significado. Mas tudo indica que seja sinônimo de “encalhada”, “emperrada”, “vitalina”.(rs).

A moça entrou na casa dela chorando tudo que tinha direito. E a minha mãe quando soube do acontecido foi lá pedir desculpas pelas “loucuras” que minha avó sempre fazia.

Resumo da opera. Não é que a moça ainda ficou com o rapaz por mais 2 anos e assim mesmo não se casou? Ela terminou a relação e passou mais 6 anos sozinha.

Calma, gente...a moça se casou aos 43 anos com outro rapaz!! Mas casou.

Daí a gente perguntava: -- Vó, quando não se casa faz o quê?

Ela respondia:

-- Compra um chinelo bom, senta numa cadeira de balanço, liga o rádio e deixa a vida passar.

Ah... minha avó! Se viva fosse muita coisa tinha ainda para dizer....

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Petrolina é a cidade

Catedral | Foto: Divulgação

Tudo bem que não sou da terra, sou forasteira, não conheço um monte de coisas daqui e ainda vim da cidade que tem a orla mais linda do Nordeste: o Recife.

Mas meu “olhar de fora” pode contribuir um pouco para explicar o que Petrolina significa no cenário regional e especificamente para Pernambuco.

Quando cheguei por aqui percebi que a cidade não precisava do Recife-PE (740km) , nem de Salvador-BA (500km) para existir. Ela é independente, soberana, arrojada e ousada.

Vou citar alguns exemplos pra gente entender.

Vias de acesso ao centro, como Avenida da Integração; aeroporto com vôos diários (sempre lotados, inclusive) para as principais capitais do país ou conexões favoráveis; tecnologia na irrigação; expansão dos pólos de educação e saúde; salas de cinema e uma gastronomia de fazer inveja a muitas metrópoles.

Vale ressaltar o respeito a faixa de pedestre. Aqui, você basta chegar no meio-fio junto a faixa que os carros já estão parando. Caso contrario é multa na certa.

Agora, faça isso em Salvador, Recife ou em São Paulo? Se você não morrer atropelado na hora pode até ficar paralítico pro resto da vida.

As pessoas de Petrolina costumam receber os “forasteiros” com um carinho tão grande que chega a constranger. Até porque você pode não estar acostumado a isso.

Blogauta me perdoe, mas não vou falar das mazelas de Petrolina, não. Afinal, no seu aniversário de 116 anos, a gente precisa enaltecer seus feitos.

Os problemas? Conto depois em outro post. Este é um delicado presente a cidade que me recebeu de forma tão especial.

Petrolina não é qualquer cidade. É “a” cidade.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

O que é notícia?

É impressionante como somos ligados as informações. Ouvimos rádio, assistimos jornal na TV ou pela internet, passamos uma vista geral em todas as notícias e ainda temos que ter tempo para ler um bom livro.

Com tudo isso, não sentimos que estamos bem informados. Diz o sociólogo polonês Zygmunt Bauman que estamos vivendo numa sociedade líquida e que, portanto nada está fixo, nada é concreto, tudo é muito volátil e temos sempre a sensação que precisamos saber/conhecer mais para nos sentirmos parte de um gueto, de uma tribo, digamos assim.

Pensamos que a imprensa nos informa e que ela retrata a realidade dos fatos. Ledo engano. Ela recorta e fragmenta uma parte dessa realidade e nos mostra a partir de um olhar de quem a produz.

É um verdadeiro mosaico social que nos aparece de forma organizada e estruturada para que tenhamos a idéia ou a sensação de que tudo funciona daquela forma. Naquela condição de exposição.

Ufa! Depois dessa sociologia contemporânea vamos ao objetivo desse post. Estou aqui pensando como podemos entender que algumas notícias mais lidas nos sites tratam exatamente do besteirol do ti-ti-ti das tais celebridades.

Por ordem de prioridade no site da Folha Online (19.09.11) estão, por exemplo, as chamadas de: “Bruna Marquezine vai ao cinema com Fiuk para criar intimidade” ; “Até de calça jeans, panicat Nicole Bahls mostra parte da coxa”...

Eu fiquei me questionando como jornalista e professora da área por que não conheço (nem sei quem são) a Bruna Marquezine e a Nicole Bahls? Depois fiquei pensando em que relevância social e publica tem o fato de que ela, a Bruna, vai ao cinema com Fiuk, o filho do cantor/ator Fabio Jr. que carrega o estigma do homem mais casamenteiro deste país e que troca de mulher como de roupa? O Fiuk deve seguir o mesmo exemplo...

A tal “panicat” (neologismo de mulher vulgar) Nicole Bahls é mais uma que mostra tudo (sempre) até a agenda midiática cansar da sua cara, suas pernas e sua bunda e trocar por outra beldade.

Fiz outro questionamento, talvez não relevante, como esse tipo de notícia contribui com a opinião do internauta. Ah! É importante ressaltar que essas chamadas não estavam apenas no site da Folha Online, mas também no Portal Terra, Uol, IG...

Pra não perder a prática, corri de imediato ao Manual de Redação da Folha de São Paulo (2001), obra referência para o jornalismo nacional e fui verificar nos seus procedimentos os critérios que definem a “importância de uma notícia”.

Vamos a eles:

1) Ineditismo.

2) Improbabilidade = a notícia menos provável é mais importante do que a esperada.

3) Interesse = quanto mais pessoas possam ter sua vida afetada pela notícia, mas importante ela é.

4)Apelo = quanto maior a curiosidade que a notícia possa despertar, mais importante ela é.

5) Empatia = quanto mais pessoas puderem se identificar com o personagem e a situação da notícia, mais importante ela é.

6) Proximidade = quanto maior a proximidade geográfica entre o fato gerador da notícia e o leitor, mais importante ela é.

Gente...agora entendi porque Bruna Marquezine, Nicole Bahls e Fiuk são tão importantes como notícia. Eles são a cara de alguns brasileiros.

Acho que to fora desse processo...afinal, não assisto BBB, novela, a Fazenda, Pânico, não leio colunas de fofocas...

Coitado de Ariano Suassuna*! Com todas essas mudanças na imprensa e na literatura ele vai morrer mesmo é de desgosto.

* Opa! Pra quem não sabe, Ariano Vilar Suassuna nasceu em Nossa Senhora das Neves, hoje João Pessoa-PB em 16 de junho de 1927. É dramaturgo, poeta brasileiro e pernambucano de coração.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Feira livre

Frente Mercado São José - Recife-PE
Foto: Divulgação

Mercado São José - parte interna
Foto: Divulgação

Blogauta tenho que entender que nós estamos vivendo tempos complicados. Tudo parece que está equivocado, doente, podre ou perto de morrer. Na área alimentar é uma loucura.

Dia desses vi uma matéria na TV onde um infectologista (médico que se ocupa do estudo das doenças causadas por diversos vírus, bactérias, protozoários entre outras mazelas) explicava que não se deve usar colher de pau para mexer os alimentos na panela. Ele dizia que a madeira acumulava uma série de fungos, bactérias que poderiam causar várias doenças ou infecções em crianças ou adultos com imunidade baixa.

Gente, minha falecida avó, se viva fosse ia ter um troço de envergar o pescoço!!! Imagine você como ela poderia cozinhar o feijão cheio daquelas coisas gordurosas sem uma grande colher de pau? Eu cresci vendo minha mãe passar horas e horas no mercado São José no Recife-PE, escolhendo várias colheres de pau para usos distintos: mexer papa de aveia, sopa, feijão, arroz, carne, bolo e tantas outras coisas.

Pensem vocês, blogautas, em pleno mercado público escolhendo peixe, surubim, atum, camarão, caranguejo, sardinha...é uma loucura de mosca, chão sujo, com a mesma mão que o vendedor pega nos alimentos pega no dinheiro, enfia no bolso da calça e volta a vender do mesmo jeito. Quando não coloca a mão no nariz.

E o sorvete da máquina? Aquela que tem vários vidros com líquidos de cores diferentes (vermelha, laranja, verde) pendurados de cabeça para baixo? As moscas voando ao redor....uma delícia!! Pra mim o melhor sorvete do mundo.

Quando cheguei a Petrolina-PE e vi aquela máquina maravilhosa exposta no centro da cidade, não tive dúvidas. Voltei a ser criança. Parei, tomei 4 sorvetes (isso mesmo...4 casquinhos um de cada cor) e conversei com o vendedor, seu João, que me explicou que esse tipo de produto é saudável, sem colesterol e que ele sustentou toda a família dele por 50 anos, naquele pontinho, vendendo o sorvete.

E a sopa do mercado, gente? É qualquer coisa de não limpa e higiênica. Mas se não matou nenhum político em tempos de campanha até hoje das duas uma: ou o preparo da sopa não é tão sujo quanto se pensa ou o político é mesmo um bicho difícil de morrer.

Feira e sopa lembram tempero. Daí vem a memória que o deputado estadual de Juazeiro-BA, Roberto Carlos, sempre faz questão de ressaltar que foi pobre igual a Lula e vendeu tempero na feira.

Lembranças à parte, resta saber se quando ele saiu do estágio de feirante ambulante para representante do povo levou consigo o discurso de vendedor ou adquiriu hábitos costumeiros dos políticos desse pais ou se as duas coisas juntas.

Voltando a questão da feira livre...ainda não sei o que é pior: ser contaminada pelos alimentos ou objetos que mexem esse alimentos ou ter que agüentar os fungos, bactérias e vírus que fazem da nossa política um mosquedo infectado.

Pelo menos dos alimentos até agora nunca tive uma virose. Dos políticos? Estou acamada até hoje.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Próxima eleição mais vereadores nas Câmaras

Várias Câmaras municipais pelo país afora vão aumentar (ou já aumentaram) o número de vereadores. Só pra citar alguns exemplos vou lembrar os locais que conheço mais de perto: Juazeiro da Bahia, Petrolina, Recife e Jaboatão dos Guararapes em Pernambuco.

A pergunta que não quer calar é: Por que mais vereadores? Mais vereadores melhoram o desempenho da Câmara?

É importante lembrar que a Emenda Constitucional 58/2009, que trata do assunto, apenas estabelece o limite máximo de vereadores que os municípios podem ter na próxima legislatura. Isso não quer dizer que as Câmaras sejam obrigadas a aumentar seus efetivos parlamentares.

Agora, é através da Confederação Nacional dos Municípios, que os repasses atuais dos executivos municipais para os legislativos respectivos giram, em média, 60% dos limites constitucionais.

É claro que as Câmaras, acrescidas de vereadores, vão pressionar os executivos por mais verba, já que os tetos máximos de repasse dos duodécimos não estão sendo atingidos. Quem paga o pato?

Eu, você... São dois pra eles, zero pra mim, zero pra você...

Oh!!! Povinho esperto esses tais vereadores... ou melhor dizendo...esses tais políticos brasileiros.

O pior disso tudo é ouvir eles dizerem em período de campanha que são candidatos “por amor ao povo, a cidade...por amor a obra”.

Eita mentira da “gota serena”...

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

A orla mais linda do NE

Orla Boa Viagem | Foto: Divulgação

Praia Boa Viagem | Foto: Divulgação

Existem paisagens no Recife-PE que são escandalosamente belas.
A orla de Boa Viagem é uma delas.

Meus alunos de jornalismo gostam de teimar comigo dizendo que isso é uma inverdade ou há controvérsia ou que os tubarões são mais “charmosos” do que o contraste entre a praia, os arrecifes e os espigões que insistem em fazer moradia constante nesta paisagem.

O Recife tem muitos defeitos. Como sou da terra posso falar:

- O centro cheira mal (mas qual é o centro de uma grande cidade que cheira bem?);

- As pontes estão sem manutenção;

- A cidade tem problemas de infra estrutura, saneamento básico;

- O prefeito nem “arrisca nem petisca”. Se falar alguma coisa --.como diria minha falecida avó -- fica cheio de “pantim.

- A noite, o bairro de Boa Viagem está tomado de travestis, prostitutas e tantas outras coisas...

- A violência? Não vou nem comentar (embora funcione também em outras grandes cidades).

Será que esse é o preço por ser uma metrópole referencialmente cultural? Não sei... Este é o lado que não gosto.

No entanto, “Recife tem encantos mil” que recorda uma sombra de luz sobre as pontes centenárias.

Um glamour exuberante do antigo cinema São Luiz.

Um Teatro Santa Izabel que lembra clássicos como Esperando Godot de Samuel Beckett.

A Sinagoga Kahal Zur Israel (ou Congregação Rochedo de Israel) que representa um dos marcos mais importante da presença judaica no Brasil-colônia e fica no Recife Antigo.

Mas, voltando aos meus alunos...imaginem vocês a noite na orla mais linda do Nordeste, apreciando a paisagem ou fazendo caminhada ou ginástica na Academia da Cidade (um escândalo de bom), ou pedalando na pista de bike...ao som das ondas do mar...

Queridos... é qualquer coisa de maravilhoso.
Isto é o Recife.
Isto é a orla mais linda do Nordeste.
O resto? Bom... o resto é o resto, né?

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

O futuro prefeito de Petrolina

Governador Eduardo Campos | Foto: Divulgação
Fernando Bezerra Filho | Foto: Internet

Quando quer mostrar quem dita às cartas, o nosso governador Eduardo Campos pode até alterar o timbre de voz, mas sabe exatamente o tempo certo para usar o diapasão e afinar o tom.

Com seu jeito meio “mineiro” (sem ser na origem) de falar as coisas quando quer garimpar ações ou seu modo nordestino de ser (herança do avô e ex-governador, Miguel Arraes), Eduardo diz e aponta para o que quer.

Assim não será diferente em Petrolina, por exemplo. A leitura é básica: um filho de ministro representando a cidade quase uma metrópole. Fernando Bezerra Filho, deputado federal, é o fruto da terra. É a colheita da vez.

Blogauta, você ainda duvida? Só trazendo a lembrança algo bastante peculiar quando se trata de jogo político. A maior representação do Nordeste brasileiro, a melhor expressão em nível nacional, um dos grandes articulistas estratégico no cenário atual, chama-se: Eduardo Campos.

Mansamente, meio estilo mineiro, ou arrogantemente feroz, num estilo nordestino do sertão, como já disse, Eduardo é a pessoa que define as eleições municipais não só em Petrolina, mas basicamente em todas as cidades de Pernambuco.

Ele é o cara! E olha que Barack Obama pensou que “o cara” fosse Lula...

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Brasília manda recado pra Kadafi

Foto: Internet

Senhor Kadafi,

Sua chance está aqui no Brasil. Vem “timbora”... O pessoal que protestou ontem, 07/09, contra corrupção em Brasília, mais de 25 mil pessoas, segundo a PM, mandou o recado bem direitinho pra você.

É que por aqui essa coisa de ter Ficha Limpa não existe. O que conta mesmo é o seu passado absurdamente comprometido que não impede de forma alguma que você seja candidato a qualquer cargo político neste país.

Você se encaixa perfeitamente nessa categoria. Viu como o Brasil é bonzinho? O Brasil não é o seu povo que enxotou você pelo que você fez e representa. Não, não...aqui não...

Aqui tem um grupo de pessoas (nem todas, claro) que amam o seu modo de ser. O seu estilo de atuar já está fazendo novos adeptos. O Brasil tem um monte de seguidores seus. Boa parte deles está especificamente em Brasília.

Quando você chegar um tapete vermelho será colocado a sua espera e uma corte de corruptos, larápios e sonegadores de impostos vão levá-lo para um encontro especial onde a pauta será as novas estratégias para as eleições municipais de 2012 e a geral que acontece em 2014 (falam mais dessa do que da outra...)

Você tem todas as chances. Você é a cara de uma parte do Brasil. Quem diz isso? Seus colegas: Jaqueline Roriz, Zé Dirceu, Renan Calheiros, José Sarney, Collor de Mello...tem muito mais gente...mas não dá pra colocar neste blog. Falta espaço...

Vem “praqui”, vem!
Vem pra “casa” você também, vem!

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

A pior operadora de celular: OI

Foto: Internet

Gente, na terça-feira, 06, fui tentar resolver um problema do meu bônus do celular já que tinha renovado o tal plano Ligador (xiiii é um dos mais velhos dessa empresa....)

Paguei a renovação e ao mesmo tempo fiz o crédito para ganhar o bônus. E cadê ele? Pra onde foi? Não “caiu” na conta e portanto tava apenas usando os créditos.

Ao ligar para *144 começou então um sofrimento interminável da minha caminhada rumo ao entendimento do que é um mau serviço de uma empresa. Entre ligação, ligação, religação, cai ligação, liga novamente foi quase 2 horas de relógio.

Um exercício de muita, muita, muita e põe muita paciência nisso. Você fala com uma máquina. Repete a frase que ela manda você dizer: “problemas com o bônus”. A máquina diz que não entendeu. Pede para você repetir. Você repete... a ligação cai. Você liga novamente...

Depois de fazer isso por umas 10 ou 15 vezes, finalmente ela entende sua fala e passa uma outra mensagem que diz: “quais dessas opções está o problema dos seus bônus”.

A máquina elenca 10 opções que você quase terminar esquecendo a que realmente quer e por ultimo quando você quase que consegue chegar até a atendente, que é seu objetivo, a ligação cai, novamente. Um horror!!!

Cheguei a conclusão absoluta que a operadora OI e todas as demais nunca trabalharam bem. A privatização contribuiu com o monopólio. As opções? Não existem. Todas são iguais.

Também cheguei a conclusão que elas não trabalham com gente e sim com máquinas. Que por mais que sejam de ultima geração jamais vão poder perceber a sensibilidade de um ser humano.

Vou dizer uma coisa a vocês, blogautas: Só mesmo um país como o nosso, com políticos corruptos e muitas instituições fragilizadas e emperradas em função da morosidade da justiça faz com que empresas como essa trate os clientes como mendicantes.

To pensando seriamente se devo ou não ser tecnologicamente correta. Se sou obrigada ou não a ter um celular. Por que não posso voltar a usar o orelhão, novamente?

Se minha avó fosse viva ela diria:

-- É por isso, minha filha, que eu gosto mesmo é da conversa no pé de orelha... olho no olho...o resto é pantim e preguiça de andar pra falar com os outros.

Acho que vovó (se viva fosse) é que estaria certa.

Ps. vejam este blog: Eloy Responde

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Repórter policial no rádio: um espetáculo à parte

Esta peróla pesquei pra vocês.
A narração é igual a de Gino Cesar - repórter Rd Jornal/Recife/PE


Meus alunos sempre reclamam sobre o modo como os repórteres de rádio na região cobrem noticias de polícia. É uma pena. Mas o privilegio não é apenas da região: Recife, Salvador, Maceió, Fortaleza, São Paulo....tudo igual. A tragédia é a mesma. Mudam apenas os endereços das ruas e os bairros.

Nas pautas do jornalismo policial (que eu chamo de jornalismo “dos presuntos”) estão os assassinatos, assaltos, furtos, tráfico de drogas, prisões, fugas, rebeliões em penitenciaria, desvios de dinheiro e outros crimes.

A “intimidade” ou a relação que o repórter cria com as fontes (policiais, delegados, peritos, advogados entre outros), permite que ele absorva um discurso que não é dele e um modo de dizer o fato como se fosse a própria fonte que estivesse relatando.

Por isso, é tão comum e natural a prática narrativa desses repórteres trazerem o texto que está nos documentos oficiais. E ainda, extravagantemente impressionante (segue um pleonasmo básico) é o modo como esse texto é lido no rádio ou apresentando na TV.

O BG (background = musica de fundo) é um elemento importantíssimo nesse processo. Afinal, é ele que estimula a ansiedade do ouvinte ou telespectador para saber o ocorrido.

De tantos os alunos falarem sobre isso, resolvi colocar no blog alguns desses chavões jurídicos ou policiais que os repórteres narram de forma tão sensacionalista.

-- O meliante estava abordando a vítima na rua ...

-- Depois de roubar os pertences da vítima, o elemento evadiu-se do local.

-- Na delegacia, o acusado fulano de tal, vulgo Bombinha...

-- A vitima foi até a delegacia fazer um BO (Boletim de Ocorrência).

-- O pessoal da policia está em dias de campana.

-- A polícia fez apreensões de drogas no local.

-- O caso será resolvido pela PF (Policia Federal).

-- Tudo indica que o elemento cometeu delito, crime ou contraversão.

Agora imaginem vocês, blogautas, ouvir no rádio na integra um Pedido de Alvará de Soltura:

Fulano de tal, já qualificado nos autos da execução criminal número 220, encontrando-se preso e recolhido na Penitenciária de Petrolina, vem requerer a expedição de ALVARÁ DE SOLTURA POR CUMPRIMENTO DE PENA pelos fatos e fundamentos conforme parágrafos abaixo:

I – O Requerente teve condenação penal com início em 20/01/98

II- Ocorre que, a reprimenda terminou em 20/01/04, conforme anexo da ficha de término de pena, e de acordo com o art. 109 da Lei nº 7.210/87 – Lei de Execução Penal.

III- Requer após a manifestação do Ilustre Representante do Ministério Público, seja expedido o competente ALVARÁ DE SOLTURA em favor do Requerente, em vista do cumprimento de pena.

Nestes termos, pede deferimento...

Aqui falando direto da delegacia de Ouro Preto o repórter...

Tão pensando que é moleza ser repórter policial?

Entrem nessa pra vocês verem...

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Amores velhos ou novos?


Algumas coisas nesse país parecem estar sempre próximas do absurdo ou inaceitável. Parecem? Pois é...minha falecida avó dizia que “não devemos trocar os amores velhos pelos novos que hão de vir. Os novos vão embora e os velhos voltam a servir”.

Ela bem que parecia estar certa. Não é que pensando bem como posso não votar em Lula novamente (já que este é meu amor “velho”, digamos assim) se ele nunca sai da “presidência” e da minha cabeça como herói?

Como posso optar por outra candidatura que não conheço (ainda ou tão bem)? Afinal, o discurso dele (Lula) já está entranhado nas nossas mentes (“nunca antes na historia deste país”); sua briga evolutiva contra a imprensa golpista também. Suas desviadas ou amenizadas quando se trata de “cumpanheiro” larápios como o coordenador da quadrilha de bandido do mensalão, José Dirceu, também já são conhecidas de todos e a sensação que temos é que tudo no Brasil parece estar do mesmo jeito que sempre esteve.

Miséria no quintal dos pobres, todas as demais mazelas que assolam a sociedade brasileira estão nitidamente enraizadas nos governos anteriores, acesso e oportunidades para os bens sucedidos e vez ou outra alguém do morro vira herói, se supera e vai tocar violino numa orquestra em Viena.

Meu menino mais velho sempre faz questão de me dizer:

-- Mãe, quando um garoto do morro ou de uma favela violeta se destaca dessa forma, nunca se esqueça, isso é apenas uma exceção. A regra é outra coisa.

Este exemplo me faz lembrar o que a história diz sobre a época em que D. João estava por aqui. Ao chegar no Brasil, ele precisava ocupar "espaço", ter riqueza, terras e controlar as pessoas. O jornalista e pesquisador Laurentino Gomes relata em seu livro 1808, que D. João nos seus oito primeiros anos no Brasil outorgou mais títulos de nobreza do que em todos os 300 anos anteriores da história da monarquia em Portugal. É brincadeira?

Isso talvez justifique, ou seja, uma das razões pelas quais somos tão apegados as benesses do poder, ao conluio, as falcatruas e tantas outras desqualificações que não deveriam caber numa sociedade. O que se associa também a ausência de preceitos e princípios ditos morais quando se trata de homem publico.

Dia desses estava no aeroporto de Brasília (eu e minhas idas e vindas acadêmicas) aguardando (2 horas) o vôo para Recife/Petrolina quando me deparei com um político da minha região Nordeste acompanhando de uma mulher, cujo letreiro parecia estar escrito na testa uma frase que minha falecida avó chamava de “sou quenga, e daí?”

O tal político (casadíssimo, pai de família e sempre muito sério) pouco ou quase nada estava preocupado com o que pensassem dele. Pelo contrário, ficava babando a beldade que estava ao seu lado (com idade de sua filha mais nova) e circulava calmamente com a mesma (que tentava caber dentro um mini vestido quase da cor púrpura) até o encontro com seus pares de legenda e de galinhagem. (Galinhagem e legenda = safadeza em dobro).

Daí me recorda outro ditado desse meu garoto mais velho (que aprendeu isso de tanto eu falar da minha avó). Ele diz: -- Mãe, fica tranqüila, os políticos e os homens são todos iguais (na maioria das vezes), mudam apenas os endereços. Filho ainda completa "a senhora pensa que rapadura é mole, é? É doce, mas não é mole não".

Diante desse quadro clinico de falência múltipla da moral e dos bons costumes nesse país, qual é mesmo a opção que temos?

Como diria a minha falecida e sabia avó (novamente ela) volte para os amores velhos. Você já conhece os defeitos e fica mais fácil engolir. Será?

To tão em dúvida!! 2014 tá tão próximo....

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Ladrão é uma coisa deputado ladrão é outra



Diante da decisão da Câmara de não cassar (dia 30/08), a deputada Jaqueline Roriz, flagrada em fita de vídeo (prova cabal e irrefutável) recebendo dinheiro em 2006 do esquema do ex-governador José Roberto Arruda em Brasília, precisamos entender duas coisas:

A 1ª é que nossos parlamentares (99,9% deles) jamais iriam fazer algo que pudessem comprometer o passado que cada um tem (poleiro de galinha perde longe), o presente que cada um vivencia e o futuro que eles esperam ter (ainda) como político.

A 2ª coisa que temos que entender é que Jaqueline Roriz, na época em que fez aquele ato, era apenas uma cidadã comum. Assim, tipo eu e você, caro blogauta. (Aí que horror!!!)

Dito de outra forma, qualquer crime cometido até o início de mandato (de qualquer parlamentar) deve ser relevado em processos de quebra de decoro. (Aí que horror 2, o retorno).

Isto significa dizer que a nossa brilhante deputada sofre de uma doença predominantemente estabelecida na maioria dos políticos brasileiros: a cleptomania*.

Meu garoto mais velho explica bem direitinho o que é isso:

-- Mãe, cleptomania é um nome bem bonito que os intelectuais chamam para descrever os ladrões de classe alta, tipo político. Eles roubam, não são presos e ainda recebem homenagens por fazerem parte dos " eleitos" pelo povo. Pobre não tem essa chance. É taxado de bandido, ladrão safado, meliante e tome cassete nele! Isso tudo quando não aparece na horizontal em qualquer esquina por aí.

Sabe, meu menino é que tá certo. Tempos difíceis estes. Onde ética e corrupção são irmãs siamesas e não se separam do discurso dos políticos "honestos", aqueles que respondem a processo na justiça por formação de quadrilha, corrupção ativa, peculato, lavagem de dinheiro, gestão fraudulenta e evasão de divisas.

Agora, quando eu for a Brasília no final do mês e me encontrar (por acaso) com Jaqueline Roriz eu vou perguntar a ela:

-- Querida, me desculpe, mas você não tem flanela em casa, não? Sim, porque essa sua cara cheia de Óleo de Peroba é muito para nós brasileiros.

-- E mais...nunca diga que você era uma “cidadã comum” na época em que você recebeu aquele dinheiro. Até porque cidadã comum tem obrigação de ser honesta e parecer honesta. E isto não é o seu caso.

*O dicionário de Aurélio diz: impulso anormal e persistente para o furto.