terça-feira, 8 de setembro de 2009

Desabafo de uma recifense

Meus alunos e amigos sabem o quanto acho à cidade do Recife linda, sobretudo, a orla que digo sempre ser a mais bela do Nordeste.

Beleza à parte, não posso deixar de reconhecer que faltam muito para se ver o Recife mais limpo e sua arquitetura colonial preservada. Ajuntando a isso vêm os índices de violência com espetáculos de “arrastões” em avenidas consideradas importantíssimas.

Canais a céu aberto, lixo entre o meio fio e o medo de ser assaltado em qualquer esquina de qualquer lugar fazem parte da rotina dessa cidade que vende uma imagem de Carnaval exorbitante e turismo sexual a noite em boa parte da orla (pra não dizer o dia todo).

Nasci aqui e posso dizer de carteirinha, até porque amo esta cidade, que pouco se evoluiu em termos de desenvolvimento urbano. Daí uma reflexão básica: cidades menores, como Petrolina não tem toda tecnologia de exportação nem essas praias lindas de águas mornas e piscinas naturais, no entanto, podemos andar mais tranqüilos pelos parques e orla, o índice de violência é bem menor e as pessoas param o carro na faixa de pedestre e deixam o transeunte passar.

Às vezes a tranqüilidade de cidades menores, meio interiorana como costumam chamar, tem uma qualidade de vida bem superior a grandes metrópoles.

Recife, ainda amo você. Mas estou dividindo este amor com outros espaços bem mais aconchegantes.

Retrato quase da vida