domingo, 30 de setembro de 2007

A lista suja dos senadores que apoiaram Renan Calheiros



Corre de e-mail em e-mail pelo Brasil à fora, a lista dos apoiadores que absolveram de forma escandalosa o então presidente do Senado Renan Larápio Laranja Corrupto Calheiros. Com todas as evidências publicas e notórias das suas negociatas com o lobista e outras atividades os apadrinhados de Calheiros, detentores dos maiores telhados de vidros do Brasil, tiveram medo de serem puxados pra fora da vida pública pelo efeito Renangate, caso votassem pela cassação.

Eles não queriam ser descobertos? Depois da internet nunca mais seremos os mesmos. Assim, vejam abaixo a relação dos senadores traidores que absolveram um ladrão...Estes homens e mulheres devem constar na história suja desse país e não mais na vida pública e na construção da nossa democracia.


Almeida Lima (PMDB-SE)

Epitácio Cafeteira(PTB-MA)

Euclydes Mello (PTB-AL)

Francisco Dornelles (PP-RJ)

Gilvam Borges (PMDB-AP)

Gim Argello (PTB-DF)

João Tenório (PSDB-AL)

José Maranhão (PMDB-PB)

Wellington Salgado de Oliveira (PMDB-MG)

Renan Calheiros (PMDB-AL)

Antônio Carlos Valadares (PSB-SE)

Delcidio Amaral (PT-MS)

Edison Lobão (Democratas-MA)

Fátima Cleide (PT-RO)

Geraldo Mesquita Júnior (PMDB-AC)

Ideli Salvatti (PT-SC)

Inácio Arruda (PCdoB-CE)

João Durva l (PDT -BA)

João Pedro (PT-AM)

João Ribeiro (PR-TO)

João Vicente Claudino (PTB-PI)

José Sarney (PMDB-AP)

Leomar Quintanilha (PMDB-TO)

Marcelo Crivella (PRB-RJ)

Maria do Carmo Alves (Democratas-SE)

Neuto De Conto (PMDB-SC)

Romero Jucá (PMDB-RR)

Roseana Sarney (PMDB-MA)

Sibá Machado (PT-AC)

Tião Viana (PT-AC)

Valdir Raupp (PMDB-RO)

Valter Pereira (PMDB-MS)

Expedito Júnior (PR-RO)

Jefferson Peres (PDT-AM)

Marconi Perillo (PSDB-GO)

Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR)

Paulo Duque (PMDB-RJ)

sexta-feira, 28 de setembro de 2007

Estamos vivendo um momento medíocre? Artigo

A partir do Movimento Cívico pelo Direito dos Brasileiros, o Cansei, a Revista Caros Amigos ouviu algumas personalidades pensantes a fim de encontrar algumas idéias sobre o momento nacional. Pesquei do site da revista, http://www.carosamigos.com.br/, este depoimento de MÁRIO SÉRGIO CORTELLA, filósofo e educador. Vale a pena refletir.

“É uma vida miojo, que não tem processo, não tem avanço e não tem muito sabor, mas é prática”
Medíocre não é idiota, medíocre não é imbecil, medíocre do ponto de vista filosófico é aquele que está na média, aquele que fica no meio. Aliás, a origem da palavra é exatamente essa.

A mediocridade é aquele que não é quente nem frio. Tem um livro da Bíblia cristã chamado Apocalipse, em que a Divindade diz: “Porque não és quente nem frio, porque tu és morno, hei de vomitar-te”.

O Brasil vive em várias áreas, não são todas, uma certa síndrome de mediocridade. Isso é uma lógica da aceitação do possível, esquecendo que o possível é exatamente um acostumar-se, ou repousar na mediocridade. A mediocridade é uma satisfação com as coisas tais quais elas estão. Do ponto de vista econômico, nós estamos conformados a um modelo financeiro.

Você tem religiões, nos últimos tempos, que caminharam na direção de romper com a mediocridade, isto é, com a conformidade, com o apaziguamento forçado, com a paz do cemitério, ou até com a letargia, e que caminhavam no trabalho social, no envolvimento com as pessoas, fazendo aquilo que Leonardo Boff, de uma maneira brilhante, sintetiza dizendo que a gente precisa juntar o pai nosso com o pão nosso. No evangelho de João, no capítulo X, versículo 10, Jesus disse uma frase que é a ruptura da mediocridade, “Quero que tenhais vida e vida em abundância”.

A vida em abundância é a ruptura da mediocridade da vida, não é mini-vida, sub-vida, nano-vida, menos vida, é vida abundante; e a vida abundante é aquela que ela carrega uma sexualidade saudável, uma religiosidade livre, uma amorosidade sincera, uma solidariedade contínua, uma fraternidade honesta.

É aquela que carrega a sensibilidade de existir. Há religiões que caminham na direção de vida em abundância pra todos e todas. Pessoas fazem trabalho nessa direção, mas há outras práticas religiosas, seja dentro do cristianismo, nas suas múltiplas formas, seja ele o católico, o reformado, o neopentecostal, que fazem um trabalho de alienação, que fazem um trabalho que a gente chama às vezes de teologia da prosperidade, isto é do recurso imediato, ganhar de Deus os favores necessários nessa questão.

E, portanto, essa teologia da prosperidade, ela implica em se negociar com a divindade, e eu ofereço agora ao pastor, ou à pastora aquilo que ele pede, que é bem material, dinheiro e aí Deus em troca me dá vida boa, isso é medíocre, é uma religiosidade negociada.

A mediocridade é apenas o gotejar da vida no dia-a-dia, com pequenas demonstrações, às vezes, de vitalidade. E isso atinge muita gente, porque falta utopia. Falta a noção de um futuro a ser construído e que seja melhor, afinal de contas têm feito algo cruel com as gerações que vêm, que é se fazer um saque antecipado do futuro, estamos tirando o futuro, dizendo aos jovens: não haverá meio ambiente, não haverá trabalho, não haverá segurança.

E estamos dizendo a eles: você não tem passado, eu tive história, eu tive infância; e estamos dizendo a ele: você não tem presente, isso que você come não é comida, é porcaria, isso que você ouve não é música, é barulho. Está se dizendo às novas gerações que elas não têm história, e quem não tem história a ele só resta uma possibilidade, viver o presente até o esgotamento. Por isso, essa vida ansiada e essa sofreguidão pra existir, cada balada é como se fosse a última, cada viagem é como se fosse a última. Ou seja, perde-se a noção de processo e de história, e a ausência dessa visão de história leva a querer existir aqui e agora, de maneira instantânea. É uma vida miojo, que não tem processo, não tem avanço e não tem muito sabor também, mas é prático.

O Papa atual é uma pessoa conservadora. Em vários momentos manifestou posturas que são reacionárias, isto é voltar a elementos do século 18 ou 19. Ele jamais pode ser colocado como uma pessoa medíocre. Ele defende as idéias que carrega, ele anota, escreve, discute, posiciona. Posso dizer, não gosto de muitas das coisas que ele pensa, eu, Cortella, como de fato não o faço, não concordo, mas tenho de reconhecer nele uma mente teológica que não beira nem de longe a mediocridade. Posso dizer que beira a incompreensão, beira, às vezes, o sectarismo, em algumas situações, beira o conservadorismo, mas a mediocridade jamais. Se fosse um Papa medíocre, ficaria mais fácil inclusive enfrentá-lo naquilo que não se concorda com as idéias que ele levanta.

Sou uma pessoa extremamente religiosa na minha trajetória. Se você me pergunta se freqüento cultos, não freqüento; se sou religioso, profundamente religioso".

quarta-feira, 26 de setembro de 2007

Artigo - Opinião

O desabafo

Por Nelly Carvalho, na página de Opinião do JC *

O artigo de hoje deveria referir-se a questões da língua portuguesa, mas seria cometer o pecado da omissão não falar do sentimento que predomina, no momento. Assim, houve a renúncia a um assunto lingüístico-cultural, substituído por um desabafo. Não se trata de abordar os acontecimentos de 12 de setembro, em Brasília, quando o Senado deu as costas para o País. Também foram derrubadas simbolicamente as torres gêmeas.

O panorama nacional na atualidade leva ao desalento.
É desanimadora a hora que se vive. Dá vontade de recolher-se na carapaça, como um caracol, e calar. Não é de hoje que os descalabros acontecem, não são frutos apenas de administrações atuais, pois resultam do desinteresse, do descaso e da omissão em relação à coisa pública, acumulados há décadas.

O tripé educação-saúde-segurança, sobre o qual deve assentar-se a vida social, desmorona-se diante dos nossos olhos, pois nunca foi objeto de verdadeiro interesse administrativo.
Segurança é utopia e ironia. Os telejornais tornaram-se uma espécie de coluna policial, estampando crimes de todos os níveis: assassinatos na periferia e corrupção nas altas esferas.

A saúde pública é um escárnio. Enquanto são mostradas na TV cenas do colapso do sistema, com falta de atendimento aos que sofrem e mortes por omissão de socorro, vemos os donos do cofre discutindo as verbas destinadas a minorar a crise em meio a farturas de jantar de luxo.

Educação, nem se fala, segue ladeira abaixo nos próprios índices oficiais. Ler, escrever e contar parecem habilidades quase inalcançáveis. Faltam professores e salários decentes, sobram alunos despreparados, que são promovidos automaticamente, sem nada saber. É claro que nada disso é produto apenas do instante atual. É herança vinda desde o tempo das capitanias hereditárias, acumulada pelo descaso em relação aos problemas do povo em geral e pela concentração de privilégios nas mãos dos que mandam. Bem antigas, pois, essas carências só fazem aumentar como bola de neve.

O que há de novo é apenas a propaganda oficial em outdoors e TV, onde as imagens mostram um mundo de ficção que não corresponde ao que se vê: autoridades agredidas por bandidos e a população inteira paralisada de medo.

Cidades inchadas, empobrecidas, com jovens desocupados a vagar pelas ruas são indícios de que não se soube orientá-los nem proporcionar educação de qualidade: apenas um faz-de-conta, sem direito a repetir e aprender, visando aumentar a mostra quantitativa de crianças na escola, sem que haja qualidade. Contrapondo-se à demagogia sobre o tema, o governador Eduardo Campos declarou: "O fato de eleger um gestor não garante democracia na escola. A escola será democrática se ensinar, de forma decente, os filhos dos trabalhadores e dos pobres. Esses dogmas que a esquerda desenvolveu, do tipo ‘a escola será democrática se a gente eleger o gestor por eleição direta’ não são garantia de qualidade no ensino."

O ensino público tem sido levado ao ridículo com a divulgação dos resultados do Enem. Nunca tantos escreveram e pensaram tão mal em tão curto espaço de papel. A divulgação dos erros de redação funciona como um atestado de óbito do processo educativo.

A mídia faz o seu papel e nos ajuda a ter uma visão panorâmica, sobretudo com relação à violência. Em recente entrevista, ouviu-se de uma representante oficial que a imprensa em geral espetacularizava os crimes, transformados em produto de noticiário, para atrair o grande público. Mas é bom lembrar que se o produto existe, é pela abundância de matéria prima, a enorme quantidade de atos criminosos que atinge indiscriminadamente todas as áreas
Se atitudes como a do STF escrevem uma página de coragem, grandeza e credibilidade, outras, como a decisão do Senado, apagam essas palavras do vocabulário do brasileiro e sufocam a esperança no seu nascedouro.

*Nelly Carvalho é professora da Pós-Graduação em Letras da UFPE e conselheira do CEE/PE.

terça-feira, 25 de setembro de 2007

O Shalako fechou pra sempre?

Esta pergunta não quer calar. Há pouco mais de 15 dias foi fechada a maior casa de shows eróticos do Norte da Bahia, em Juazeiro, que faz a ponte também com Petrolina-PE, cujo nome Shalako hoje já está conhecido no Brasil. Por uma parte pela exportação de mulheres made-in qualquer lugar do país e atraia muitos negociantes durante a Fenagri, Feira Internacional da Agricultura Irrigada, e por outro lado porque o fechamento do estabelecimento comercial virou notícia nacional.

Considerado um espaço de troca e venda de produtos humanos, o Shalako, funcionando há mais de 20 anos, se consolidou nitidamente pelos freqüentadores urbanos munidos das ferramentas dinheiro e poder, associado a negociatas ilícitas e envolvimento no meio político, empresarial e social.

Longe de querer julgar o fato em si, o fechamento da casa, cujo proprietário João Batista de Freitas, preso em flagrante acusado de manter prostituição no recinto, parece não ter agradado aos muitos freqüentadores da night juazerense e petrolinense.

Afinal, como atender as fantasias libidinosas dos afortunados, avantajados e detentores dos poderes econômico e políticos praticados com ninfetas ainda em fase da puberdade? Como realizar o sonho desses indivíduos que se dizem pais, homens íntegros, decentes e pregam moral e honradez em discursos afiados nas diversas tribunas das duas cidades?

Como ficarão os corações reprimidos dessas criaturas que bancavam fortunas para concretizar suas alucinações doentias?

Diante desta calamidade patológica, resta compreender a exaustão de trabalho que os psicanalistas e terapêuticas terão para atender os lunáticos, pedófilos enrustidos, prostitutos disfarçados de profissionais e que na calada da noite, às escondidas saem da caixa, jogam a toalha e mostram entre quatro paredes (não da sua casa) o que verdadeiramente são: doentes.

domingo, 23 de setembro de 2007

Pra não esquecer que as flores não existem aqui...

Arte: Folha Online

Que saudade do Recife...


Recife de pontes e belezas incontáveis...
Onde passam o passado e o presente
Como água cristalina na mente do recifense
Que precisa sonhar com um rio limpo e sem dejetos.

Recife é Aurora da alegria, a Boa Vista dos impossíveis
A Saudade de um passado que não volta...
Uma Pracinha do Diario que sempre foi palco de passeatas e discursos...
Ah! Saudade tremenda...

Esta cidade linda, banhada de luz e água
Corre também nas veias dos ambulantes, barraqueiros, transeuntes e pipoqueiro o desejo de ficar no cinema São Luiz desfrutando da arquitetura palaciana, da paisagem exuberante e da grandiosidade de um monumento que está na história e na alma de quem conhece o Recife.

Longe do Recife, desfruto das belas águas do velho Chico... e posso dizer que hoje amo Petrolina como também minha cidade... mas ainda assim...
Ah! que saudade do Recife...

sábado, 22 de setembro de 2007

Senado vira sinônimo de ‘vergonha’ na internet

Do Blog de Josias de Souza

Senado vira sinônimo de ‘vergonha’ na internet
Um movimento nascido nos blogs impôs ao Senado um constrangimento virtual. A coisa nasceu num recanto da web e, aos pouquinhos, foi sendo replicada –uma, duas, incontáveis vezes. Deu-se o seguinte: os bloqueiros acomodaram sobre a expressão “vergonha nacional” um link que remete para a página mantida pelo Senado na internet.

A brincadeira espraiou-se pela rede. E, graças a essa proliferação, o sítio do Senado é, agora, o primeiro que surge na tela do computador sempre que o internauta digita no Google, a maior ferramenta de busca da web, as palavras “vergonha nacional”. É mais uma fatura que a instituição paga pela absolvição de Renan Calheiros.

sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Alguns jornalistas querem matar a mídia

Parece que virou doença contagiante. Alguns jornalistas, sobretudo os que escrevem para a Carta Maior, querem matar a mídia. Julgam, fazem acusações cabidas e descabidas e dão o veredicto. Colocam tudo dentro de uma panela só. Misturam o sentido real da informação com perseguições e golpismo....

Aliás, golpismo é a palavra da vez. Está em todas as paradas... Há um interesse explícito de desqualificar, inclusive, ícones da grande imprensa. Profissionais que até então não se venderam por qualquer cargo público e muito menos pelo poder. Fazem um trabalho braçal de manter a discussão, o debate sobre a grande mídia, exatamente para não deixar que a sociedade saia enganada sobre os fatos.

No entanto, outros companheiros de redação, de convivência profissional e até mesmo de amizade em outros tempos, hoje bandearam para o outro lado. Estão totalmente cegos por uma chamada "ideologia vermelha" que há muito já mostrou sua verdadeira face e não mais engana a sociedade.

Impressionante não perceberem o discurso que hoje tem Aloizio Mercandante, o José Dirceu e tantos outros que ontem iam à tribuna contra a CPMF. Ontem eram nossos representantes da ética, decência e moral neste país.

Tinham nossas assinaturas endossadas para falar por nós de tudo aquilo que estava na nossa garganta entalado...

Nunca, em tempos passados, o escândalo do Renangate passaria do primeiro tempo no campeonato. Nunca!! O PT com suas representações e discursos triunfantes apoiado, sim, por essa mídia golpista já tinha destituído Renan na primeira jogada. Sem sombra de dúvidas!!!!

Isso sim... era oposição. Coisa que hoje não tem mais... até porque ver estas referências do povo voltadas para o outro lado é de corta a esperança de qualquer brasileiro.

É tentar imaginar o que será do amanhã? Em quem vamos acreditar, agora?

Isto sim é que preocupante e não ficar justificando o injustificável. Ou por outro lado, consolidar a máxima de que “rouba mais faz”, “somos corruptos, mas quem não foi nos governos anteriores”...

Justificar a permanência de um cleptomaníaco a frente do Senado é no mínimo compactuar com um grupo de pessoas que fazem parte do mesmo esquema do PCC, Cacciola e tantos outros.

Socorro!!! Estamos sem referência. Estamos sem movimentos de base. Estamos sem o povo no poder.

terça-feira, 18 de setembro de 2007

As gravuras que compõem o quadro eleitoral em Petrolina

Numa posição horizontal pela vertical a moldura que compõe as gravuras em disputas eleitorais para o cenário de Petrolina está sendo desenhada a mão livre para que amanhã se possa apreciar uma bela obra de arte. A composição das gravuras para ocupar um espaço no quadro mexe e mexe de um canto a outro para se afixar na parede e pouco se pode aproveitar do conjunto da obra.

Uma das gravuras pós-moderna, o atual prefeito Odacy Amorim (PSB), quer continuar prefeito numa posição legitimada pelo povo.

O deputado federal, Gonzaga Patriota, mesma agremiação que Odacy, também diz amar Petrolina e vem de “trem da alegria” com sua trupe do barulho lutando para assumir a cadeira de prefeito para fazer o que os Coelhos nunca fizeram... o que é mesmo???

Guilherme Coelho (DEM) partido de oposição ao então presidente Lula e tudo que diz respeito ao petismo e lulismo, está de volta à cena artística na busca de um passado a ser resolvido e que pode se tornar um exemplo de futuro em largas proporções.

Vereador Sargento Quirino (PDT) diz ser a melhor opção. Posa de baluarte da verdade para conquistar os motoqueiros e faz discurso de honesto e decente e está em todas as rodas de associações de bairros para não perder de longe os seus tantos eleitores conquistados neste tipo de estratégia.

A única mulher, Isabel Cristina (PT), a primeira deputada estadual do Sertão, que deixou a sala de aula já faz certo tempo, traz um discurso afiado pela participação do povo nas decisões importantes do município. Opa! A gente ta falando de participação do povo e do PT??? Isso não pertence mais ao partidão....!!!

O quadro artístico está sendo pintando às escuras conforme interesses de uns e demonstrando toda clareza eleitoral apenas para os poucos que têm acesso aos salões de debates, regados ao vinho do Vale do São Francisco ou no Palácio das Princesas ou mesmo até no Porto de Suape.

Nesse contexto de pintura pós-moderna, resta saber até onde vão as obras de arte quando estiverem prontas para exposição. Isto porque o lance de cada peça tem o seu preço. E não é barato.

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Lula imita Getúlio e FHC vira síndico!!!

De Arthur Maciel
arthurmaciel@estadao.com.br

Tem leitor reclamando que eu pego muito no pé da Gretchen. Não consigo evitar...No site da pré-candidata à prefeita da Ilha de Itamaracá-PE, consta que ela foi “pioneira no setor retro-rebolativo.”É mole?Como diz o Zé Simão, é mole mas sobe!!!

O PSDB está mudando de presidente. O senador Tarso Jereissati deverá passar o bastão para Sérgio Guerra. Cogitou-se a possibilidade de Fernando Henrique assumir, mas como dizem por aí, FHC não se elege mais nem pra síndico de prédio!!!

O presidente Lula, animado com os avanços de seu governo, tem se comparado frequentemente ao trabalhista Getúlio Vargas. Pois é, presidente, só tá faltando a parte do suicídio!!!

E depois de tanta discussão em torno da carga tributária e da guerra fiscal, eu quero propor um novo significado para a CPMF: Cobrança Para Manter a Farra ...com o dinheiro do povo!!!

Definições de deficiências - Mário Quintana

Recebi este texto de Tatiane Caloi, médica-cirurgiã e que se tornou minha amiga, e não poderia deixar de postar aqui para nossa reflexão.

"Deficiente" é aquele que não consegue modificar sua vida, aceitando as imposições de outras pessoas ou da sociedade em que vive, sem ter consciência de que é dono do seu destino.

"Louco" é quem não procura ser feliz com o que possui.

"Cego" é aquele que não vê seu próximo morrer de frio, de fome, de miséria, e só tem olhos para seus míseros problemas e pequenas dores.

"Surdo" é aquele que não tem tempo de ouvir um desabafo de um amigo, ou o apelo de um irmão. Pois está sempre apressado para o trabalho e quer garantir seus tostões no fim do mês.

"Mudo" é aquele que não consegue falar o que sente e se esconde por trás da máscara da hipocrisia.

"Paralítico" é quem não consegue andar na direção daqueles que precisam de sua ajuda.

"Diabético" é quem não consegue ser doce.

"Anão" é quem não sabe deixar o amor crescer. E, finalmente, a pior das deficiências é ser miserável, pois: "Miseráveis" são todos que não conseguem falar com Deus.

"A amizade é um amor que nunca morre. "

domingo, 16 de setembro de 2007

Profissão prisioneiro

Profissão prisioneiro
Cristovam Buarque - Senador (PDT-DF)

Houve um tempo em que se dizia: brasileiro, profissão esperança. Hoje, mais correto seria dizer: brasileiro, profissão prisioneiro.

Prisioneiro no trânsito, em carros que são celas ambulantes em marcha lenta, desperdiçando precioso tempo de vida de seus passageiros. Alguns em carros blindados, os vidros escuros fechados, impedidos de ver a cidade em sua realidade, obrigados a correr o risco de cruzar esquinas com sinais vermelhos, para evitar assalto, morte, seqüestro.

Prisioneiro do analfabetismo, que faz estrangeiros, brasileiros em suas próprias cidades, impedidos de decodificar os sinais que dão liberdade de locomoção, escolha, entendimento. São livres em um mundo estranho, prisioneiros do desconhecimento, exilados no tempo pisando o século XXI e vivendo no século XIX. Ao seu lado, prisioneiros também milhões de brasileiros, principalmente jovens, que aprenderam a ler mas não conseguem um emprego, por falta de educação de qualidade. São muitos os prisioneiros dessa educação insuficiente; também são prisioneiros: os educados obrigados a interagir com brasileiros prisioneiros da deseducação; o engenheiro sem operários que entendam suas ordens nem saibam operar as máquinas que devem utilizar; o gestor sem auxiliares que executem bem suas ordens por falta de capacitação profissional.

Prisioneiros das filas: nas paradas de ônibus, nos postos em busca de uma vaga de emprego, nos corredores à espera de atendimento médico, condenados à morte, sentenciados pela falta de médico, de leito, de equipamento, de medicamento. Prisioneiros da insensibilidade e da incompetência dos dirigentes nacionais, que não canalizam os recursos necessários, ou os desperdiçam no meio desse apagão gerencial que caracteriza a administração pública brasileira. Prisioneiros de políticos que mais parecem hipnotizadores: capazes de roubar quando parecem dar; de mentir aparentando sinceridade.

Prisioneiros infantis, com infâncias roubadas nas ruas, no lugar da escola; no crime, no lugar de família; na prostituição no lugar dos gestos simples das amizades pueris ou adolescentes. Crianças prisioneiras desde o dia em que nascem, que passarão, desde a primeira infância até a morte, sem tocar o frio chão da realidade nacional. Protegidas em bolhas sociais, do quarto à garagem, dali à escola, ou ao clube ou dentista, e de volta à garagem e ao quarto.

Adultos prisioneiros em condomínios fechados como naves espaciais, distantes da realidade urbana, deslocando-se da casa para o carro fechado, dali ao estacionamento subterrâneo, escritório ou shopping center, aeroporto ou outras cidades nas quais a bolha social continua levando-os prisioneiros, protegidos assustados com o risco da contaminação social. Apesar do luxo, do conforto, do ouro, da renda, isolados como prisioneiros, assistindo a realidade à distância, pela televisão. Confundindo os fatos de seu país com os acontecimentos de qualquer outra parte do mundo. Prisioneiros de uma globalização que transforma o mundo em um simulacro, apenas aparência. Tão prisioneiros quanto os 580 mil encarcerados nas superlotadas cadeias nacionais.

Parlamentares prisioneiros no Congresso Nacional, porque optaram por construir uma bolha política, isolados da vontade popular, distantes da opinião pública. Pensam no povo apenas a cada quatro anos, no instante do calendário eleitoral. Prisioneiros da sua própria concepção de que há mais poder em salvar um colega sob fortes evidências de quebra de decoro parlamentar do que se submeter à vontade popular.

O brasileiro, profissão prisioneiro, é como um hipnotizado que acredita ser livre. Enganado como o pobre que se sente rico quando fecha os vidros do seu carro preso no engarrafamento, prisioneiro, cansado, mas feliz, porque ao seu redor os outros pobres prisioneiros pensarão que seu carro tem ar-condicionado.

Prisioneiro, eu. E você também, leitor!

sexta-feira, 14 de setembro de 2007

Que saudade do ontem...


Saudade de ver estudantes com caras pintadas nas ruas gritando “fora Collor: abaixo a corrupção...”

Saudade do PSTU com seu radicalismo que de tão absurdo parecia ser engraçado.

Saudade do tempo em que o PT era a melhor opção, a melhor oposição e tinha os melhores quadros políticos desse país. Nunca mais se viu uma oposição tão aguerrida, corajosa, destemida, incansável... Ah! Que saudade...

De ver e ouvir os discursos de Aloizio Mercadante como Dartanhã da democracia. De ler na imprensa o bate boca da senadora Heloisa Helena para defender os conceitos de moral e ética e cobrar dos governos tucanos e pefelistas uma postura séria, coerente e comprometida com a sociedade.

De acreditar que os discursos, especificamente dos integrantes do PT, da CUT (ela ainda existe???) do PCdoB, do Leonel Brizola e Ulisses Guimarães, impregnados de indignação e respeito pelo povo brasileiro um dia seria colocados em prática.

Saudade dos movimentos patrióticos apresentados em palanques, retratados pela mídia e registrados em filmes.

O ontem parecia a esperança de um verde-amarelo real, nítido, legítimo e consolidado.
Ah! Que saudade de poder creditar nas pessoas e nos partidos o futuro dos nossos filhos e netos. Em trazer para dentro do país exemplos de alguns sistemas governamentais que poderiam ser o caminho para o verdadeiro socialismo.

Comparar o ontem com o hoje é viver o real. É sofre a decepção de ver as poucas reservas morais do Senado e do governo bandeando para o outro lado, onde os interesses não são em prol do coletivo e sim do corporativismo eleitoral.

É saber que não há possibilidades de restauração dos que quebraram a taça de cristal. Por mais que se colem os cacos ainda assim estaremos vendo as emendas.

Lembrar que no pretérito perfeito, não muito longe, Ideli Salvatti (PT-SC), Aloizio Mercadante e tantos outros compatriotas que defenderam com discursos inflamados uma democracia legítima e hoje estão do outro lado do balcão, comungando com tudo aquilo que um dia eles lutaram para derrubar, é no mínino desesperador para nós pobres eleitores.
Imaginar o ontem e ver o que somos hoje é assinar na lápide o desfecho trágico de uma sociedade que tentou ser construída sem identidade.

E amanhã? Em quem vamos acreditar? Ainda existe amanhã?

Que saudade do ontem...

Quanto Lula ganhou por salvar Renan

Lendo este artigo do meu amigo Castilho (meu ex-vizinho de porta... lembro até o cheiro da comida de Sandra, sua esposa, e às vezes em que eu abria a janela da minha cozinha e dizia... se o cheiro tá bom desse jeito a degustação então...!!) fiz uma reflexão: como foi mesmo que eu votei na última eleição? Que decepção... esta sim é a maior tristeza minha e de milhares de brasileiro...
Ah! Castilho... mandei este artigo para o então ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu...

ARTIGO/OPINIÃO
Fernando Castilho
Do JC Negócios

Eu não sou da área política no Jornalismo, mas não dá para não escrever sobre como parte da Imprensa avaliou com certo romantismo as possibilidades de que o senador Renan Calheiros numa sessão secreta e com voto fechado.

Certo, podem dizer alguns, depois do fato acontecido é fácil fazer interpretação, mas façamos uma pergunta simples sobre o que aconteceu na última quarta-feira no plenário do Senado para perceber que as chances de Renan Calheiros ser cassado eram, de fato, muito pequenas:

O que o Governo Lula ganharia com a cassação de Renan Calheiros?

Antes da resposta é preciso esclarecer que estamos falando do Governo Lula da Silva que, como todos sabemos, subverteu todos os padrões de ética no Brasil a tal ponto de, hoje, ex-baluartes da moralidade e da resistência à Ditadura abrigados no Executivo se escudaram no biombo "o que o Governo Lula faz outros governos, também, fizeram".

Pois bem: façamos uma conta de padaria:

Cassando Renan, o Senado brasileiro (redivivo) estaria nas mãos da Oposição e, portanto, à frente do Governo. Aí vem a questão:

Isso interessa a Lula? Uma Oposição com o apoio das ruas, que derruba o presidente do Senado, e lava a alma da sociedade brasileira? O que o govenro de Lula ganharia com isso? No mínimo, um cenário em que o próximo alvo seria o próprio Lula. Ou alguém esquece o simbolismo midiático da derrubada de Renan Calheiros.

Então, senhores, é possível até imaginar os diálogos entre os lideres do PT:
- Renan, nós podemos salvar sua vida. Os nossos votos podem derrubar você, mas depois de você no chão, eles virão em cima de nós...

E Renan contra-argumentando...
-Mas isso é uma campanha da mídia golpista...

E um dos senadores porta-vozes do Governo cortando:
- Renan, nos poupe. Nós sabemos o que você fez. O que estamos tratando aqui é de resolver o problema que "você" criou para o Governo. Do "seu" problema de pensão alimentícia não resolvido que virou um problema político. É disso que estamos tratando. Então escute: Nós vamos lhe dar os votos para sua absolvição. Mas não vamos sujar as mãos votando a favor.

Vamos lhe dar seis votos de abstenção. E você, a partir de agora, nos deverá isso. E, por favor, não se mete mais em confusão.

E Renan, calado, ouvindo tudo sem ter o que responder.
Então, amigos, é compreensivo toda a indignação da nação e a revolta da sociedade, mas é preciso tirar o chapéu à verdade: cassar Renan Calheiros seria antecipar o confronto de uma oposição fortalecida com o próprio Lula.

Agora façamos a pergunta ao contrário. Com os números que Lula tem hoje. Com a economia crescendo como ela está. Com a força que a intervenção no Congresso lhe deu (depois de salvar a cabeça de Renan), Lula não iria aproveitar esse momento lindo?

Ou alguém acha que se a vitória fosse de Renan Calheiros ele sairia pela porta dos fundos do Senado como saiu, sem enfrentar a Imprensa?

quinta-feira, 13 de setembro de 2007

Sem novidades no front - artigo

"A absolvição de Calheiros seria apenas a reprise da monumental pizza servida pelos três Poderes em 2005, quando permitiram que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva escapasse impune do escândalo do mensalão, apesar da fartura de evidências de sua responsabilidade por práticas delituosas, seja como mandante, partícipe ou omisso."

Leia o artigo no blog de Celso Lungaretti em http://celsolungaretti-orebate.blogspot.com/.

Celso Lungaretti, 56 anos, é jornalista em São Paulo, com longa atuação em redações e na área de comunicação corporativa, escritor e ex-preso político. Escreveu Náufrago da utopia (Geração Editorial, 2005).

Corrupto dormindo em cena...


Recado para um morto-vivo

Um recado para nosso senador Laranja-Renan-Mônica-larápio-oleo de peroba-Calheiros: lave o senhor a sua boca com formol para dizer que nós brasileiros saímos ganhando com esta pouca vergonha de ontem.

Para não ser linchando pelo PCC Paulista, sugiro que o senhor tire licença e responda na justiça pelas suas falcatruas, lavagem de dinheiro, sonegação, indecência, ladroeira, peculato, imoralidade contra o povo brasileiro, sobretudo os que votaram no senhor... e tantos outros crimes que neste blog não tem espaço para descrever.

Uma questão de reflexão....

"O Senado mostrou que é perfeitamente dispensável. É um clube magnífico. Como cientista política, iniciarei um debate pela extinção do Senado e pregarei o voto nulo para senador em 2010. Apesar de tudo o que passamos neste longo período de democracia, continuamos com uma cultura política calcada no compadrio, coronelismo e clientelismo."

Maria Victoria Benevides, ex-presidente da Comissão de Ética Pública, defendendo a extinção do Senado

Comentário do blog: concordo plenamente com ela.

quarta-feira, 12 de setembro de 2007

O Brasil está de luto...

O luto é pela morte da democracia, do Senado Federal e pelo pioneirismo da corrupção.

Isto significa que o sistema democrático e participativo do qual emana do povo toda soberania fracassou porque a Casa representativa deste mesmo povo está totalmente tomada de larápios, sonegadores, corruptos, nazistas inflamados e detentores da falta de moral e decência.

Mais uma vez 40 renadistas abaixaram as cabeças diante das intimidações do chefe maior. Afinal, conhecendo cada podridão que circula entre as paredes e os tapetes do Congresso Nacional, nada simplório para o então senador Renan Calheiros averbar, adjetivar e indicar o seu conhecimento dos fatos que estão nas barbas de todos.

Todos são co-participantes do processo. Uns têm amantes que são assessoras ou trabalham em gabinetes, outros têm contas no exterior, uns não pagam débitos, outros contratam produtoras ou empresas de forma ilegal, alguns também têm campanhas pagas por empreiteiras, outros são sonegadores... e finalmente quem não tem culpa no pedaço?

Ora, se todos têm um caso ilícito a ser resolvido consequentemente todos estão pendurados no decoro parlamentar.

Se todos estão na lama até o pescoço fechem esta Casa. Que façamos a limpeza geral para amanhã construirmos um Senado real, verdadeiro e comprometido com os anseios da população.

Vamos restaurar o amor pela nossa sociedade a começar extirpando estes elementos de alta periculosidade que podem atacar e matar os cidadãos de bem deste país.

Vontade de chorar...


Ao ler o texto abaixo postado pelo Noblat em seu blog (link ao lado) tive uma vontade enorme de chorar. Por várias razões.

Por ter votado em senadores que acreditava ter compromisso com a sociedade, por imaginar que poderíamos ter uma verdadeira democracia, por acredita que com todas as evidências do homem/político cafajeste que o senador Renan Calheiros é, mesmo que ele tenha a chave do cofre que guarda os segredos imorais dos seus pares e tantos outros...é um absurdo aceitar que este indivíduo comande o seu próprio julgamento, quando nem moral tem para indicar os assentos à mesa da sua casa.

É impossível aceitar que em pleno século XXI o Brasil esteja vivenciando um sistema feudal. Em plena sociedade da informação e tecnologia o julgamento de um larápio incondicional seja às escondidas do povo.

Povo este que está à margem de uma sociedade dominada por poucos que determinam as ações ditatoriais para cumprimento de uma falsa cidadania.
Texto postado pelo Noblat em seu blog (link ao lado)

Por que se arriscar por ele?

Renan Calheiros vale uma missa? Vale a desmoralização do Senado? Vale a suspeição generalizada que se abaterá sobre seus pares caso eles o absolvam? E absolvê-lo por quê? Por que é falso o parecer do Conselho de Ética do Senado, aprovado na semana passada por 11 votos contra quatro, que recomenda a cassação do mandato de Renan?

E absolvê-lo para quê mesmo? Para que continue sem condições de presidir o Senado? Para que continue sendo contestado por aqueles que tantas vezes exigiram seu afastamento do cargo? Para que responda a mais três novos processos? Para que não possa transitar livremente em locais públicos sem se arriscar a ser desacatado? Para que os senadores enfrentem situação parecida?

De que foi acusado Renan? De ter usado dinheiro do lobista de uma empreiteira para pagar despesas de sua ex-amante, mãe de uma filha dele. Poderia ter pedido socorro a outro tipo de amigo para intermediar os pagamentos, não podia? Ou ele mesmo poderia ter feito os pagamentos via, por exemplo, transferência eletrônica. Não teria sido mais fácil?

Também não teria sido fácil provar que usou o amigo apenas como intermediário? Bastava apresentar comprovantes de saques em suas contas e de depósitos em contas da ex-amante - mas nem mesmo isso ele fez. A perícia da Polícia Federal concluiu que as datas de saques não batem com as datas de depósitos.

Como homem rico que é, bastava que Renan provasse que tinha renda suficiente para bancar os gastos da ex-amante e da filha - mas nem mesmo isso ele provou, conforme atesta a perícia da polícia. E ainda apelou para a história inverossímel de um empréstimo que teria tomado à locadora de veículos Costa Dourada, de um amigo de Maceió.

Empréstimo parcelado ao longo de dois anos... Empréstimo que não foi registrado em cartório. Que não foi declarado à Receita Federal. Que não foi pago até hoje. Empréstimo que a tal locadora não poderia ter concedido porque em um dos anos ela sequer pagou dividendos a seus acionistas. Mas foi dela que Renan insiste em dizer que tomou dinheiro emprestado... Dá para acreditar?

Renan teve 120 dias para convencer seus colegas e a Nação que é inocente. Não convenceu. E só fez mentir. Mentiu, mentiu, mentiu e se enrolou nas próprias mentiras.

Mentir é faltar com a decência. É quebra de decoro. Luiz Estevão de Oliveira foi cassado pelo Senado porque mentiu. Nixon renunciou à presidência dos Estados Unidos porque mentiu.

Que diabos os colegas de Renan no Senado têm a ver com tudo isso? Por que devem socorrer alguém tão descuidado? Por que devem pôr a perigo seu próprio futuro político? O futuro político de Renan já foi pelo ralo. Ele perdeu a condição de estrela de primeira grandeza da política nacional - e jamais a recuperará. Por que, ladeira à baixo, terá de arrastar consigo o Senado?

A mídia está sem discurso?

Tudo indica que sim. Nos últimos meses a mídia ora se posiciona de forma radical em acusar, julgar e condenar o presidente da república no caso específico do acidente da TAM, por exemplo, ora faz uma grande cobertura e desdobramento no escândalo do Mensalão.

Ora está a frente dos fatos, investigando, instigando o debate e trazendo à tona o caso Renangate, ora está omissa, a reboque das agendas diárias e pouco argumenta e busca fatos novos.

Em um grande momento histórico chega a manchetar frases de efeitos que exaltam, estimulam o leitor a acreditar na finalização com justiça e sem impunidade do maior julgamento da história do Superior Tribunal Federal, STF, no caso Ali Baba e os 40 ladrões. Chega então a esmiuçar com requinte de detalhes as operações ilegais dos envolvidos bem como serviços, falcatruas e desvios de dinheiro público. É o apogeu da mídia.

Na reta final do caso Renan, quando a imprensa já valorosamente contribuiu para não mudar a cena e deixar passar no esquecimento a informação, volta à mídia a pisar na bola.

Deixou de buscar nos bastidores do Congresso a notícia, os fatos, os dados. Passou batido aos olhos dos jornalistas formiguinhas que dormem entre os malls do Senado e da Câmara o engavetamento da emenda constitucional (aprovada em primeiro turno em 5/9/2006, por 383 a zero ) que acabava com o voto secreto na Casa. Se antes tivesse vindo à tona tal informação não estaríamos vendo hoje uma votação fechada no Congresso onde os aloprados e usurpadores do bem público definem o que acham ou deixam de achar sobre um político falido e morto moralmente pela sociedade e um Senado na UTI de um dos hospitais do Iraque em pleno bombardeio.

Quer pelo sim, leia-se cassação, quer pelo não, já está registrada na história a ditadura dos senadores, eleitos democraticamente pelo povo, em prol de suas benesses. Com este fato, o grupo de “representantes” legalizados pelo voto direto para empunhar bandeiras em benefícios do exercício da cidadania e consequentemente da democracia abre um precedente de movimento golpista dos direitos dos verdadeiros cidadãos.

Tal corporativismo é a consolidação do fracasso da construção de uma democracia legítima. Excluir a mídia e a sociedade da participação desse processo é assinar a sentença de morte total da liberdade de informação de um fato que é na essência totalmente público.

domingo, 9 de setembro de 2007

O efeito Bin Laden no Renangate


O que mais queremos que Renan faça para acreditarmos em quebra de decoro parlamentar?

Já pegou dinheiro com empreiteira para pagar gastos pessoais em troca de favores, é claro.
Está envolvido até o pescoço com negociatas escusas, "laranjas", boi e vacas, apadrinhamentos em cargos públicos para facilitação de desvio de dinheiro, atividades fraudulentas na montagem e venda de veículos de comunicação... o que mais??

E até agora diz que não saí da presidência do Senado? O efeito Bin Laden de Renan pode acarretar uma queda de muitos senadores?

Além dos senadores larápios aonde mais atingiria a bomba? Na Câmara Federal? No governo?

O que Renan sabe que lhe faz sente-se tão seguro de si?

Renan é uma bomba-relógio que pode explodir, sim, a qualquer momento. E mais... vai atingir muita gente...

Opinião

Deu no blog do Jamildo Melo (link ao lado)

Perdas e Danos
Por Nelson Motta

Rio de Janeiro - José Dirceu é mesmo uma lenda viva, um herói e um grande líder com inestimáveis serviços prestados. Mas ao PT, não ao Brasil ou à democracia, como proclama, contra as evidências da história.

Para o Brasil e a democracia, desde o movimento estudantil, Dirceu foi um desastre. Perdeu todas. Foi um dos líderes da "estratégia" de fazer um "congresso secreto" da UNE, em 68, com mais de 400 delegados, nas barbas do governo militar: foram todos presos, e o movimento estudantil foi destruído.

Em 1970, se exilou em Cuba, onde, depois de breve treinamento militar, virou o "comandante Daniel". Voltou ao Brasil entre 71 e 72 para participar fugazmente da luta armada, mas não há registros de ações que tivesse comandado. Fugiu para Cuba, fez uma plástica e voltou em 74, como um pacato vendedor de roupas. O resto é história.

E trágicas ilusões -como a luta armada, que levou muitos jovens idealistas, românticos e corajosos à prisão, à tortura e à morte, pela pátria e pela liberdade. Mas Dirceu queria fazer do Brasil uma grande Cuba. O respeito à dor das famílias e ao sacrifício de seus filhos não impediu que muitos heróis de verdade reconhecessem o erro, que exacerbou a repressão. Dirceu perdeu essa também.

Como deputado, fez implacável e destrutiva campanha contra o Plano Real, a Lei de Responsabilidade Fiscal e todas as tentativas de modernização do país. Por ele, ainda estaríamos com nossa moeda podre, com os telefones da Telerj e internet estatal. Perdeu.Dirceu só foi vitorioso - e como!- na construção de um PT poderoso e eficiente. Usando o carisma e a vaidade de Lula como carro-chefe, afinal chegou ao poder, mas tentou mantê-lo para sempre. Errou feio e perdeu de novo: o Brasil e a democracia ganharam.

sexta-feira, 7 de setembro de 2007

Brava elite brasileira

Li este artigo publicado no blog do Noblat e resolvi postar aqui para nossa reflexão. O texto foi um bálsamo para mim este final de semana.

Brava Elite Brasileira
Maria Helena Rubinato Rodrigues de Sousa

Ando cansada de ouvir palavras que nos diminuem, termos que nos ofendem, descrições que não nos descrevem em absoluto. A apologia da ignorância e o chamamento feito pelo presidente da República para que nenhum militante de seu partido se sinta humilhado pela decisão do Supremo Tribunal Federal, não me pareceram convenientes como presente para o Brasil, nesta sua data que hoje se comemora.

O presente que pretendo oferecer é uma lista de sete nomes que nos mostram que não é nosso destino ser ignorantes, aéticos, medíocres, muito pelo contrário.

Ética vem do grego “ethos”, que quer dizer o modo de ser, o caráter. Na versão para o latim, ética aparece como ‘mos’, cujo plural é ‘mores’. Em português, moral. Não são atributos que nascem conosco, são adquiridos pela educação, pelo exemplo, pelo hábito que vira uma segunda natureza. Ética e moral, pela própria etimologia, dizem respeito a uma realidade forjada histórica e socialmente, a partir das relações entre os seres humanos, nas sociedades onde nascem e vivem.

Os filósofos e os sociólogos distinguem entre as duas: a moral é o conjunto de princípios, costumes, preceitos, valores, que devem nortear nosso comportamento. Já a ética é a teoria, a explicação, a justificação, a compreensão do que significa ‘moral’. Viver é conviver. Na convivência com o outro, é que mostramos como deve ser o comportamento dentro do conjunto de normas morais e éticas.

Vivemos em comunidades. Nessas comunidades, alguns se destacam pelos mais variados motivos. Formam a elite: palavra derivada do francês arcaico ‘eslite’, que por sua vez vem do latim ‘eligere’, que originou ‘élu’, em português ‘eleito’. Evidentemente, eleito aí não significa escolhido nas urnas. Mas alguém escolhido pela aprovação dos demais membros da comunidade por ter se destacado em sua área de atuação.

Elite, no singular, é isso: a autoridade moral merecida pelo comportamento exemplar ou pelas realizações de um dos membros da comunidade. O uso da palavra no plural, as elites, veio de uma interpretação errônea do que elite significa e está para sempre associado não às qualidades individuais, mas ao poder de uma categoria social sobre as outras.

Não é disso que este texto tratará, mesmo porque as elites hoje são os petistas e disso não falo em dia de festa. Vamos aos sete nomes de cidadãos brasileiros que nos provam como pode ser belo e luminoso o nosso país:

1) Antonio Fernando de Souza, Procurador Geral da República.
Homem muito discreto, como aliás a posição que ocupa exige, Antonio Fernando de Sousa se tornou conhecido como autor da denúncia contra membros do Governo Federal. Dele é a expressão Sofisticada Organização Criminosa que define o ‘bando dos 40’, acusados de diversos crimes, entre eles corrupção ativa e passiva, formação de quadrilha, peculato e lavagem de dinheiro.
Sempre reservado e formal, não conseguiu, no entanto, disfarçar um sorriso misto de alívio e contentamento, ao final do julgamento da denúncia que encaminhou ao STF. A ele muito devemos; sua dedicação, postura ética e cultura jurídica, foram essenciais para o acatamento da denúncia.
Continua... Leia aqui

Obras para serem lidas

Uma dica bem bacana para aqueles que gostam de uma boa leitura e tudo gratuitamente. Pesquise no http://www.dominiopuplico.gov.br/ , do Ministério de Educação, e leia as obras de Machado de Assis, A Divina Comédia ou acesse às melhores historinhas infantis de todos os tempos.

Só de literatura portuguesa são 732 obras!

Você encontra também pinturas de Leonardo Da Vinci, músicas em MP3 de ótima qualidade...

Agora, imagine que este acervo online está em vias de ser desativado porque não está sendo acessado. Isso não é abusurdo? Vamos tentar reverter essa questão? Acessem, divulgem e incentivem amigos, parentes e conhecidos a utilizarem essa fantástica ferramenta de disseminação da cultura e do gosto pela leitura.

Vale a pena.

quinta-feira, 6 de setembro de 2007

Este é o Brasil que queremos?




O que seria da sociedade sem uma imprensa livre?


A sociedade estaria fadada a morte. Isto mesmo. A despeito de todos os problemas (e não são poucos) estudados na academia e por intelectuais sobre o papel da mídia na sociedade, muito se tem a dizer em relação a sua contribuição para o exercício da democracia.

Pode-se dizer também que houve e há muitos exageros em coberturas espetacularizadas, em shows de notícias, num aglomerado de notinhas e em tantas outras formas jocosas de se fazer “informativo”. Por isso, a mídia sempre foi objeto de estudo e avaliação para não se fazer passar impunes os erros cometidos.
No entanto, hoje alguns estão defendendo o total controle da informação quando esta toca em seu calcanhar de Aquiles, quando diz respeito a sua calçada e não a do vizinho. Seria isso então uma atitude ditatorial? Como aceitar viver numa democracia se uma das regras desse sistema é exatamente conviver com as diferenças e permitir que os meios de comunicação sejam livres e tenham compromissos com a informação?
Para os petistas e esquerdistas de plantão gostaria de registra que este blog é sim um espaço de debate e controvérsias. Muito se diz e muito se pensa também. Contudo, é impossível não discutir um tema que está nas capas dos maiores veículos de comunicação não só do Brasil como da Europa e os EUA. Tema este que tem a ver com a credibilidade governamental deste país. O escândalo Ali Baba e os 40 ladrões ou o também chamado Mensalão não foi planejado pela grande imprensa. Assim sendo, não poderia a mesma estar fazendo mídia panfletária de um assunto que mexe no conceito da democracia e na base de sustentação do governo nacional.
Ter boa parte da cúpula do PT neste escândalo é sim assunto da mídia. Assim como, saber que este partido que se posicionou como paladino da verdade e decência hoje aplaude elementos mafiosos e corruptos que em conluio com outros bandidos de colarinho branco receberam vantagens indevidas em função do cargo, montaram quadrilha e desviaram o dinheiro público. E isto não é deve ir para mídia?
Em seu 3º Congresso o próprio PT aplaudiu a criação do Código de Ética para o partido, coisa que no passado não fora necessário porque até então era praticamente o único partido brasileiro identificado com a ética na vida pública e nunca se mostrou modesto em pregar este discurso.
Mesmo depois de toda sujeira que veio para o ventilador, trazendo os maiores nomes do partido no comando geral do Mensalão, ainda assim estas pessoas continuam a fazer parte da agremiação, do pensamento do PT e das ações que são definidas como bandeiras para a sociedade.
É por estas e outras atitudes xiitas deste partido que conquistou o imaginário brasileiro com o seu discurso inconformista e enfático, que esta blogueira e muitos brasileiros, leitoreis e eleitores estão sem horizonte partidário. O que não quer dizer que todos se bandearam para os tucanos e democráticas da vida. Até porque dessas legendas de alugueis boa parte dos brasileiros já sabe da incoerência dos seus discursos e, portanto, qualquer coisa que venha desta ala não é novidade, não causa horror e indignação. Deste outro lado sempre se espera o pior.
Hoje, estamos sim, na busca de um novo horizonte partidário consciente de que as mudanças societárias passam necessariamente pelas definições políticas. Presumir que faremos a total redemocratização do país sem a participação da imprensa é no mínino um erro primário de conhecimento sobre processos democráticos.
Parafraseando o próprio presidente Lula, nunca na história desse país (apesar dos exageros e erros) tivemos uma imprensa tão atuante como nos últimos anos.

O caso Renangate nos últimos capítulos

Foto Uol
A novela é uma obra aberta sempre. O autor pode mudar o enredo durante a exibição dependendo da audiência, assim como pode mexer totalmente no desfecho. Diante da novela Renangate o sujeito que é a sociedade entra em ebulição como audiência para pressionar os autores, neste outro lado os senadores. A primeira etapa rendeu... rendeu... mas teve o desfecho ontem: o Conselho de Ética do Senado aprovou o relatório que pede a cassação do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), por quebra de decoro parlamentar.

Pelo sim, leia-se cassação, votaram os relatores Renato Casagrande (PSB/ES) e Marisa Serano (PSDB/MS), além dos senadores Augusto Botelho (PT/RR), João Pedro (PT/AM), Eduardo Suplicy (PT/SP), Demostenes Torres (DEM/GO), Heráclito Fortes (DEM/PI), Marconi Pirilo (PSDB/GO), Jefferson Peres (PMDB/AM), Romeu Tuma (DEM/SP) e César Borges (DEM/BA).
Pelo não, leia-se “inocente é o pobre do Renan”, votaram Epitácio Cafeiteira (PTB/MA), Wellington Salgado (PMDB/MG), Almeida Lima (PMDB/SE) e Gilvan Borges (PMDB/AP).

A novela agora entra numa nova fase. A depender da pressão da audiência, da mídia e das atitudes honrosas de alguns senadores (eleitos pelo povo), espera-se que a impunidade não venha reinar no Senado Nacional para não consolidar o lamaçal em que se encontra a instituição.

Que prevaleça a decência e a ética tão bem pregada e registrada nos anais do Congresso Nacional. Que assim seja.

quarta-feira, 5 de setembro de 2007

Por que o Brasil continuará sendo um país corrupto? Parte 3

Continuando nosso questionamento sobre a corrupção no Brasil...

Porque a política, que deveria, junto ao Ministério Público, formar instituição única, está subordinada ao Poder Executivo, de sorte que são prováveis investigados (governadores, prefeitos etc.) que, em última analise, comandam as investigações.

Porque criminosos políticos estão protegidos por inúmeros de privilégios (foro privilegiado, imunidades parlamentares etc.) que os tornam grandemente imunes as investigações.

Porque a corrupção política traduz a nossa própria hipocrisia, a nossa indiferença, a nossa tendência ao jeitinho; afinal, corrupção é algum modo interação/acordo entre corruptor e corrompido, entre eleitor e eleito.

Revista Jurídica Consulex – Ano XI – Número 253 – 31 de julho de 2007
Ponto de Vista
Paulo Queiroz é procurador Regional da República e professor universitário (UniCeub)

terça-feira, 4 de setembro de 2007

Não percam o filme do século...



Ali Baba e os 40 ladrões (versão atualizada/2007)

Exbições: em toda mídia

Período: alguns anos em exibição


Elencos:

João Paulo Cunha - corrupção passiva, lavagem de dinheiro e peculato
Marcos Valério - corrupção ativa (2x), peculato (3x), lavagem de dinheiro e formação de quadrilha
Cristiano Paz - corrupção ativa (2x), peculato (3x) e lavagem de dinheiro
Ramon Hollerbach - peculato (3x), corrupção ativa e lavagem de dinheiro
Henrique Pizzolato - peculato (2x), lavagem de dinheiro e corrupção passiva
Luiz Gushiken - peculatoKátia Rabello - gestão fraudulenta e lavagem de dinheiro
José Roberto Salgado - gestão fraudulenta e lavagem de dinheiro
Vinícius Samarame - gestão fraudulenta e lavagem de dinheiro
Ayanna Tenório - gestão fraudulenta e lavagem de dinheiro
Simone Vasconcelos - lavagem de dinheiro
Geiza Dias dos Santos - lavagem de dinheiro
Rogério Tolentino - lavagem de dinheiro
Anderson Adauto - lavagem de dinheiro (2x) e corrupção ativa
Paulo Rocha - lavagem de dinheiro
Professor Luizinho - lavagem de dinheiro
João Magno - lavagem de dinheiro
Anita Leocádia - lavagem de dinheiro
José Luiz Alves - lavagem de dinheiro
Pedro Henry - corrupção passiva, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro
José Janene - corrupção passiva, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro
Pedro Corrêa - corrupção passiva, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro
João Cláudio Genu - corrupção passiva, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro
Enivaldo Quadrado - formação de quadrilha e lavagem de dinheiro
Breno Fischberg - formação de quadrilha e lavagem de dinheiro
Carlos Alberto Quaglia - formação de quadrilha e lavagem de dinheiro
Valdemar Costa Neto - corrupção passiva, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro
Jacinto Lamas - corrupção passiva, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro
Bispo Rodrigues - corrupção passiva e lavagem de dinheiro
Antonio Lamas - lavagem de dinheiro e formação de quadrilha
Roberto Jefferson - corrupção passiva e lavagem de dinheiro
Romeu Queiroz - corrupção passiva e lavagem de dinheiro
Emerson Palmieri - corrupção passiva e lavagem de dinheiro
José Borba - corrupção passiva e lavagem de dinheiro
José Dirceu - corrupção ativa e formação de quadrilha
José Genoino - corrupção ativa e formação de quadrilha
Delúbio Soares - corrupção ativa e formação de quadrilha
Silvio Pereira - formação de quadrilha
Duda Mendonça - lavagem de dinheiro
Zilmar Fernandes - lavagem de dinheiro

Até quando novamente?


Até quando?







domingo, 2 de setembro de 2007

Duda Mendonça e o marketing do engano

Foto site Uol

O próprio dicionário do Aurélio define a palavra publicitário como “profissional que exerce em caráter regular funções artísticas ou técnicas pertinentes ao planejamento, concepção e veiculação de mensagens de propaganda”. Se assim o é por que Duda Mendonça foi além dessas atribuições?

Depois de ser incluído na ação penal aberta pelo Supremo Tribunal Federal, STF, o então Duda Lavagem de Dinheiro e Evasão de Divisas Mendonça além de publicitário e marketeiro de plantão é animador de auditório. Pelo menos é o que tentou fazer durante a apresentação de uma aula inaugural no curso de Comunicação das Faculdades Metropolitanas Unidas em São Paulo e foi chamando por um grupo de estudantes nada simpáticos de “ladrão e mensalerio”.

Quando convidado a depor na CPI dos Correios no inicio do escândalo mensalão, o parceiro de tantas campanhas do presidente Lula e considerado uma referência nacional no marketing político, Duda, chorou sensibilizado, se mostrou humilde, abatido e ainda viu o seu lindo nome na lama. Disse ter recebido apenas R$ 10 milhões (do valerioduto), mas não tinha a menor idéia de onde vinha o dinheiro. Vale ressaltar que as notas pagas no exterior, sem NF e sem declaração de imposto, claro, eram referentes a parte dos serviços que prestou ao PT nas campanhas para governos estaduais, senadores e presidente da República, em 2002.

A picada da bandidagem tem atacado muitos que se dizem acima de qualquer suspeita. Parece até que as falcatruas eleitorais começaram apenas de 2002 pra cá. Ledo engano. E muitos profissionais que antes se mostravam referências a serem copiadas, hoje estão nos quadros de avisos das principais delegacias ou nos autos relevantes dos tribunais de justiça.

Ainda se pode, pelo menos, admirar a coragem desta Faculdade em convidar para uma aula inaugural alguém que quebrou a arranhou (e muito) a imagem do marketing político neste país (atividade que sempre foi motivo de muitos questionamentos na área de comunicação) para “abrilhantar” um debate com estudantes.

Até porque, num país em que a credibilidade, a honraria, a honestidade e decência estão faltando nas prateleiras da boa educação de berço é no mínino ausência total de sensibilidade convidar alguém que não tem ou perdeu estas qualidades que deveriam ser inerentes ao homem para conviver em sociedade.

Vale mesmo uma reflexão.

Lula e a mídia

“A imprensa pensa ter o dom da verdade”
Por Alberto Dines em 28/8/2007
Observatório da Imprensa

"Eu não brigo com a imprensa. Eles brigam comigo...O fato dela [a imprensa] bater não impediu que eu chegasse à Presidência da República e não impediu que eu me reelegesse."
Esta declaração do presidente Lula foi registrada na sexta (24/8), no Paraná. Contém três inverdades:

** Em 2002 a imprensa não bateu no candidato Lula. Ao contrário, o candidato do PT foi tratado pela mídia com respeito e simpatia. Se houve excessos foram a seu favor.

** Foi o presidente Lula quem deu seqüência aos ataques da direção do PT à mídia quando tentou recuperar sua imagem logo depois do escândalo do "mensalão".

** A briga com a imprensa foi puxada pelo presidente-candidato Lula em meados de 2006.
Quando era apenas candidato (contra Collor e FHC), Lula jamais ousou criticar a imprensa, mesmo que guardasse mágoas da TV Globo. Parafraseando o presidente, "nunca neste país houve um candidato com tantos amigos na mídia".

Em 2006, acuado pelas revelações que jorravam da CPI dos Correios, Lula partiu para o ataque. Escolheu a imprensa como alvo porque sabia que assim obteria mais repercussão. Mas esqueceu da sua dupla condição de candidato-presidente. Como postulante nada o impedia de criticar pessoas, grupos ou instituições, mas como presidente qualquer ataque à imprensa fatalmente soaria como ameaça.

Lula sabia disso, seu furor antimídia não foi acidental, fruto de um súbito mau-humor. Foi pensado: precisava provocar a mídia para um grande combate e assim neutralizar os efeitos devastadores do "mensalão". Precisava novamente assumir a condição de vítima.

Dom da verdade

Um ano depois, o recurso eleitoral transformou-se em procedimento rotineiro. A imprensa virou o sparring palaciano preferido: quando precisa escapar das cordas e sair da defensiva, basta um peteleco na mídia e logo ganha as manchetes.

"A tendência a transformar tudo em complô da mídia – que está longe de ser inocente, principalmente na sua atitude para com o governo Lula, mas no caso do mensalão, fora as diatribes sinistras contra intelectuais do PT proferidas por uma certa revista, ela [a imprensa] acertou mais do que errou – é propriamente lamentável e mostra a total desorientação de parte da intelectualidade petista.". [(a) Ruy Fausto, professor emérito de filosofia da USP, em entrevista à Folha de S.Paulo, 26/8/2007, pág. A-12]

A desorientação não é apenas da intelectualidade do PT, é de alguns dirigentes do PT nos quais o presidente confia tanto. Este delírio antimídia uma dia será cobrado dos intelectuais do PT, dos dirigentes do PT e do presidente que o PT emplacou duas vezes, uma delas graças justamente ao discurso antimídia.

No mesmo pronunciamento de 24/8 (terceiro dia do julgamento dos "40 do mensalão" pelo Supremo Tribunal Federal), Lula produziu esta pérola: "A imprensa pensa ter o dom da verdade". Não poderia imaginar que alguns dias depois a suprema corte confirmaria em grande parte tudo o que a imprensa publicou a respeito do escândalo.

A imprensa não pensa que tem o dom da verdade, ela somente busca a verdade. Quem parece detestá-la é o presidente Lula.