quarta-feira, 30 de março de 2016

Não vai ter golpe. Que golpe?


Acompanho com serenidade os diversos comentários que circulam na minha timeline, assim como a tão propaganda cobertura midiática espetaculosa, incisiva, crítica e muitas vezes tendenciosa sobre os grandes eventos políticos/econômicos do nosso país, especificamente do governo Lula/Dilma.
Hoje (30/03/16) resolvi fazer um apanhado dos fatos e jogar luz em alguns pontos obscuros desse processo comunicacional uma vez que também sou cidadã e exerço uma função na sociedade. As pessoas têm cobrado isso de mim.
Penso que quando o debate se limita entre ‪#‎nãovaitergolpe‬ e ‪#‎vamosprarua‬ empobrecemos a democracia. É preciso ir muito mais além da bipolaridade; da política maniqueísta; da síndrome da conspiração política e da radicalização do golpe de estado.
Nunca antes na história desse país (parafraseando nosso ex-presidente Lula), nenhum governo chegou ao poder com tantas promessas de mudar a realidade brasileira, como o governo Lula/Dilma-PT, e nenhum esteve tanto tempo à frente da nação, à exceção de Getúlio Vargas.
Corrupção, roubalheira, apadrinhamento, negociata; desvio de verbas públicas, afundamento de empresas estatais.... quem disse que foi o PT que criou tudo isso? Quem teve a coragem de imaginar que o partido seria o “pai” desses desmandos?
A prática não é nova. É bom lembrar que D. João, em treze anos de Monarquia no Brasil, a partir de 1808, deu mais benesses e comendas no país do que os 300 anos de Monarquia em Portugal.
É claro que o PT não inventou a roda. Mas nesse momento compreendemos que ele legitimou os feitos, ou melhor dizendo, institucionalizou os desmandos.
É importante ressaltar que os demais partidos (digo e repito), todos os demais partidos já faziam/fizeram/fazem isso. A diferença é que do PT ninguém esperava. O PT se dizia representante da ética, da moral, da equidade social, da socialização dos ganhos. Foi o PT que se colocou como baluarte da verdade, como representante das classes menos favorecidas e da luta pelas conquistas sociais nunca antes realizadas no país.
Foi nessa proposta de governo, de gestão, de trabalho que todos aqueles que estavam à margem da sociedade acreditaram. Foi nessa bandeira, erguida com a participação das classes operarias, dos sindicatos, das classes menos favorecidas, dos pensadores intelectuais, que a sociedade legitimou um partido que se prostrava como único salvador da pátria, dos desmandos da chamada elite burguesa.
E que elite é essa que estamos falamos? Não é a mesma que se ajuntou a Lula em 2003 para eleger o 1º presidente da classe operaria que veio do Nordeste de uma cidade quase não conhecida no mapa nacional?
E que imprensa golpista é essa que falamos? Não é a mesma que conquistou a 1ª entrevista nacional com exclusividade do então presidente Lula após a vitória histórica do 1º operário ao chegar ao posto mais importante da república? Nessa época a Rede Globo não era golpista?
A imprensa erra...e muito. Em vários momentos da história da imprensa, ela tem vacilado bastante e agido com um empoderamento atribuído aos grandes líderes. No entanto, essa imprensa também acerta. E muito. Ela é a ouvidoria do cidadão e tem um papel primordial numa sociedade. Sem imprensa livre não há democracia. Não há estado de direito.
Por isso, é preciso ponderar as coisas para não usar da retórica do “nós” e “eles”; se é contra o PT é a favor do PSDB e da chamada direita radical; se é a favor do impeachment é a favor do golpe. Radicalizamos o debate e colocamos um ponto final no nosso modo de dizer e pensar as coisas.
Usamos o hashtag #nãovaitergolpe como palavra de ordem e misturamos golpe militar com exercício de democracia, de livre expressão. Batemos tudo nas redes sociais e achamos que estamos fazendo democracia porque somos emissores da palavra. Uiii!!!
Neste momento único da história brasileira estamos desperdiçando cartuchos com posições radicais e quase que individuais. Brigamos unicamente por uma democracia muito mais representativa do que participativa e anulamos princípios básicos do pensar coletivamente em prol da republica.
O impeachment é golpe? Como assim? Por que só é golpe o impeachment contra o governo Dilma? E o do governo Collor (1992), não foi? E as diversas ações de impeachment nos governos de Fernando Henrique Cardoso (1994-1997 /1998-2002) e do próprio Lula (2003 – 2006 / 2007 – 2011), não foram golpes?
Bom...então vamos pra Lei. De acordo com o artigo 2º da Lei do Impeachment - Lei 1079/50 | Lei nº 1.079, de 10 de abril de 1950, “os crimes definidos nesta lei, ainda quando simplesmente tentados, são passíveis da pena de perda do cargo, com inabilitação, até cinco anos, para o exercício de qualquer função pública, imposta pelo Senado Federal nos processos contra o Presidente da República ou Ministros de Estado, contra os Ministros do Supremo Tribunal Federal ou contra o Procurador Geral da República”.
Se assim for provado que existem “crimes definidos nesta lei, ainda quando simplesmente tentados...” o impeachment é um golpe?
Temos instituições fortalecidas e atuantes como o Ministério Publico, Polícia Federal, Tribunal de Contas da União e o Supremo Tribunal Federal e achamos que todos eles querem um golpe? Temos entidades representativas da sociedade participando ativamente do debate. Isso não quer dizer nada?
Temos um movimento encabeçado pelo Ministério Publico Federal que em 8 meses de campanha nas ruas conseguiu captar mais de 2 milhões de assinaturas de apoio ao pacote de medidas anticorrupção idealizado pelo órgão na esteira da Operação Lava-Jato, as chamadas “10 medidas”. Isso ajuda o golpe?
Queremos passar o Brasil a limpo. Certo. Mas estamos fazendo da melhor forma? Por que estamos limitando o debate entre nós/eles? Contra e a favor da corrupção? Por que estamos aguerridos para chutar o pau da barraca, mas não estamos parando para refletir como o país pode sair desse lamaçal.
Afinal, como diz a música de Ari do Cavaco, eternizada na voz de Bezerra da Silva, “se gritar, pega ladrão!!! Não fica um, meu irmão”. Quem vai assumir o leme? Quem vai empurrar o piano?
O PMDB? Partido de carona, que endeusa o poder mais do que a sua essência? Que vendeu a alma ao diabo desde sempre? Um PMDB que tem figuras como Eduardo Cunha e Renan Calheiros, mais sujos do que pau de poleiro de galinha e papagaio?
Quem vai assumir o governo? Representações do PSDB, partido que sempre foi direta e às vezes centro-direita e nunca teve registro em suas bandeiras de projetos sociais (de Estado) que contribuíssem na diminuição da pobreza das classes menos favorecidas?
Será que não paramos para pensar que estamos sem representações? A única oposição que se firmou na história desse país, foi a do PT. Não tendo o PT como oposição, nenhum outro partido sabe fazer (ou tem moral para fazer) oposição como o PT fazia. Nenhum outro. E aí?
Estamos sem prumo. O cenário não parece luminoso. Mas aponta para mudanças significativas no país. Este é o momento, sim, de provocar o debate, mas no campo das ideias propositivas e exitosas.
É o momento de se pensar numa reforma política séria com participação ativa da sociedade. De elaboração de mecanismos de transparência nas gestões públicas. Da socialização dos gastos públicos através de conselhos municipais / estaduais / federal. De medidas econômicas que impulsionem o país a baixar a inflação, sair da inercia e produzir. Voltar a crescer. Precisamos arrumar a casa com urgência.
Sim...estamos engatinhando na construção da nossa democracia. E exatamente por isso que não podemos limitar as questões sociais e de governabilidade unicamente a um grupo ou partido.
A sociedade é maior. O país é maior. A república é maior.

sexta-feira, 20 de março de 2015

Pesquisa IBOPE Media

O novo estudo “Retrospectiva e Perspectivas” divulgado pelo Ibope Media (11/03/15) mostrou que os investimentos publicitários cresceram 8% no ano passado, chegando a R$ 121 bilhões, contra R$ 112 bilhões de 2013.

1º lugar: TV aberta – volume de 56% (mais de R$ 67 bilhões em investimentos)
2º lugar: Jornal – volume de 15% (mais e R$ 17 bilhões em espaço)
3º lugar: TV por assinatura – volume de 9% (mais de R$ 11 bilhões)
4º lugar: Revista – 5% de participação (mais de R$ 6 bilhões)
5º lugar: Internet – 4% do bolo publicitário (mais de R$ 4 bilhões) 


No levantamento, os gastos com internet caíram 2% em relação a 2013, porém o Ibope considera apenas anúncios em sites e portais, sem os investimentos em ações nas redes sociais.

Ps.: Melhor o Ibope corre pra fazer o levantamento nas redes sociais. Devemos ter muitas surpresas.

quinta-feira, 12 de março de 2015

Capas JC e DP



Ainda que seja apaixonante o audiovisual e as teias comunicacionais que se enroscam pelas redes sociais/internet é preciso reconhecer a primazia do jornal impresso e que muitos de nós chamamos apenas de grande mídia ou imprensa tradicional.
Inegavelmente o conteúdo e o tratamento do texto impresso nos fortalecem no sentido, inclusive, de provocar muitas reflexões. As duas capas do DP (Diario de Pernambuco) e JC (Jornal do Commercio) são as estrelas desse final de semana em nível regional (03/03/15)
É impossível não reconhecer a importância da imprensa livre (com responsabilidade, claro) numa sociedade que está construindo a sua democracia. Longe de estar no ápice da sua plenitude como sistema democrático de direito, o Brasil ainda tem muito a caminhar para chegar nesse estágio. Até porque os estudos apontam que uma democracia consolidada deve ter no mínimo 100 anos de processo. A nossa está muito longe desse alvo.
Assim, os chamados veículos tradicionais -- ainda que estejam passando por um tsunami comunicacional que envolve novas dinâmicas de conteúdo – reforçam a importância do seu papel como ouvidoria da sociedade.
Vale ressaltar que o conteúdo veiculado nas redes/sites/blogs – mesmo passando por checagem e apuração dos fatos – quase sempre “vira notícia” assimilada pelo leitor/internauta/blogauta/telespectador quando veiculado nos grandes veículos tradicionais.
A imprensa não morre. O impresso também. O rádio também não. Tudo se renova se reorganizada e abre alas para a democracia entrar, ficar e se consolidar.
Não há sociedade desenvolvida sem uma imprensa forte, atuante e um jornalismo combatente e investigativo. Ainda que tenhamos muitos erros a apontar na trajetória da nossa imprensa, sem ela a sociedade estaria acéfala ou morta.

Você conhece o inimigo e não sabe quem é ele – parte 1


Desde o lançamento deste livro, Mentes Perigosas – O psicopata mora ao lado (Ed. Fontanar/2008), estava seca de vontade para ler a obra de Ana Beatriz Barbosa Silva. Só agora o momento chegou. Agradeço a jornalista Aline Benevides pelo empréstimo.
O livro -- que ainda não terminei de ler-- é o que podemos chamar de revelação bombástica sobre as pessoas que vivem ao nosso redor. A pessoa pode ser qualquer uma. A que você namora ou foi casado ou um amigo no trabalho ou seu vizinho. Esta pessoa pode surpreender se fazer revelar travestida de cordeirinho e no fundo é um lobo. É simplesmente assustador e inacreditável.
Logo nas primeiras páginas, Ana Beatriz apresenta de forma clara e objetiva o perfil de um psicopata que na nossa forma limitada de ver as coisas radicalizamos, e acreditamos que o psicopata só pode estar nesta categoria se for um matador, esquartejador, assassino implacável.
Uiii!!! Ledo engano. “Eles podem arruinar empresas e famílias, provocar intrigas, destruir sonhos, mas não matam”. (pág.16)
Matar e esquartejar, por exemplo, é um tipo de psicopatia extrema e são poucas pessoas que têm essas características. Por isso, Ana Beatriz relata a dificuldade para reconhecer um psicopata. “Os psicopatas enganam e representam muitíssimo bem! Seus talentos teatrais e seu poder de convencimento são tão impressionantes que chegam a usar as pessoas com a única intenção de atingir seus sórdidos objetivos. Tudo isso sem qualquer aviso prévio, em grande estilo, doa a quem doer”. (pág.16)
No livro, Beatriz exemplifica através da classificação americana de transtornos mentais (DSM-IV-TR), que a prevalência geral do transtorno da personalidade antissocial ou psicopatia é de cerca de 3% em homens e 1% em mulheres, em amostras comunitárias (aquelas que estão entre nós). “A princípio esse percentual pode não parecer tão significativo, mas imagine uma grande cidade como Rio de Janeiro e São Paulo, por exemplo, onde milhares de pessoas se esbarram o tempo todo. A cada 100 pessoas que transitam para cá e para lá, 3 ou 4 delas estão praticando atos condenáveis, em graus variáveis de gravidade, ou estão indo em direção a próxima vítima”. (pág.54)
Assustador, não é mesmo? Veja a foto com o texto “Então não se esqueça” (pág.63)
O livro de Ana Beatriz pode nos ajudar, e muito, a entender ou pelo menos tentar achar uma explicação para muitas coisas absurdas que acontecem entre casais separados, entre amigos, colega de trabalho e tantas outras situações inacreditáveis que vivenciamos no nosso dia a dia. Pessoas que vivem conflitos parecidos com o roteiro de novela. A vida imitando a ficção? Pode ser.
“Os psicopatas possuem uma visão narcisista e supervalorizada de seus valores e importância. Eles se veem como o centro do universo e tudo deve girar em torno deles. Pensam e se descrevem como pessoas superiores aos outros, e essa superioridade é tão grande que lhes dá o direito de viverem de acordo com suas próprias regras”. (pág. 69)
Para o psicopata só quem tem a verdade é ele. Sua posição perante o outro é sempre de superioridade e soberba. Os psicopatas “são extremante hábeis em culpar as outras pessoas por seus atos, eximindo-se de qualquer responsabilidade. Para eles, a culpa sempre é dos outros”. (pág.70)
Você conhece alguém assim?
A partir de hoje, estarei postando alguns textos da autora sobre esta temática tão instigante e que faz a gente pensar: convivemos com o inimigo e não sabemos quem é?
Aguarde o próximo texto – parte 2

segunda-feira, 21 de abril de 2014

Meu ex-câncer de mama e os desafios do caos urbano no Recife – parte 9

 Foto: Divulgação

Minhas idas e vindas ao Hospital Português (aquele que mais parece um resort do que um espaço de tratamento de saúde) tem sido de aventuras, descontrações, medo e insegurança. Um pouco de cada coisa ou tudo isso junto a depender do dia.

O horário é sempre à noite e como sei que o transito depois das 20h está menos complicado entre o bairro de Boa Viagem e a Av. Agamenon Magalhães, vou de ônibus até mesmo para flanar e conhecer um pouco o cotidiano das pessoas. O coletivo está sempre correndo feito louco, freando da mesma forma, quando não passa direto da parada obrigatória mesmo que as pessoas estejam com as mãos levantadas.

Tudo é passageiro (entendo!!) menos o cobrador e o motorista, claro. Ainda assim, faz sentido conhecer este ambiente que para os mortais da classe D/E é mega natural: o motorista não para no ponto obrigatório (mesmo com acenação das pessoas), é sempre um corre-corre para subir os degraus do ônibus e os abrigos (a maioria) estão danificados e não acolhem os usuários do transporte.

Além de lidar com as reações físicas da radioterapia (ardor, irritação, alergia e queimação em toda área do busto esquerdo...tudo isso é assim mesmo...) tenho que conviver com as dificuldades de acesso para transitar na Avenida Agamenon Magalhães*, um dos maiores corredores de circulação de carros, gente e outras coisas mais.

A Agamenon (como é conhecida) é a espinha dorsal da cidade que liga o Recife a Olinda. Nasceu na década de 1960 e é cortada por um canal (7 km de extensão) horrível, fedorento e jamais navegável. Conta-se que os dejetos residenciais das áreas circunvizinhas deságuam neste local. O resto fica por conta da nossa imaginação.

Foto: Divulgação

O primeiro “abrigo” de ônibus da Av. Agamenon (sentido Boa Viagem/Olinda) pretende atender um amontoado de pessoas que disputam um lugarzinho num espaço de aproximadamente 1,20m de largura e boa parte dessa tal calçada é inclinada. Como fica a questão do cadeirante? É impossível avaliar. Não cabe nesse contexto.

Há uma “briga” por um taco dessa calçada entre usuários do coletivo, ambulantes mascates que vendem CDs piratas com a maior tranquilidade e ainda acham pouco colocam o som nas alturas, e os automóveis que transitam entre uma faixa e outra que divide duas pistas de carros, mas parecidas com o “corredor da morte” por atropelamento. Por que isto funciona assim? É simples. Este caos nunca foi alterado porque os filhos dos prefeitos da cidade nunca passaram a pé por esta área. Simples assim.

Conheço o Recife na palma da mão (amo esta cidade apesar de...) e posso dizer com tranquilidade que é simplesmente um horror muitos dos espaços públicos nos quais as pessoas são obrigadas a transitar e a conviver (dia a dia) com a ausência de políticas efetivas que atuem na mobilidade urbana de forma “humana”. Os exemplos das fotos ajudam a entender.

Na volta pra casa, às vezes, vou de carona, mas também vou de ônibus. Perigoso? Possivelmente. No entanto, fico imaginando as centenas de pessoas que fazem esse percurso diariamente após o trabalho ou escola/faculdade. Muitas continuam vivas, ora. E os assaltos? Bom, o medo é um sentimento que envolve as pessoas em várias situações. Mas é preciso ir. É preciso superar.

Quando a máquina da radioterapia tem algum problema (falta de energia ou qualquer coisa do gênero) há um efeito dominó em relação aos atendimentos. Atrasa tudo e você é obrigada a sair, às vezes, 23h. Vou de táxi? Sim...você sabe...Mas pensando bem o perigo é o mesmo. Você não sabe com quem está viajando, não é mesmo?

Estar no Recife fazendo este tratamento é uma constante convivência com emoções. É um encontro com pessoas que estão fazendo quimioterapia, sem cabelos, definhado, mas superando desafios, indo à luta e ao mesmo tempo com esperança. Olho para elas e penso “Deus, como o meu problema é pequeno”. Por outro lado, encontramos pessoas com câncer da alma, mal resolvidas, que tem saúde, uma vida pra viver, mas vive para ser infeliz e fazer com que outras pessoas também sejam tão infelizes como elas. (Já falei disso aqui em outro momento).

Assim, fico imaginando que pegar um ônibus com toda essa aventura associada (insisto em dizer que o serviço de mobilidade urbana precisa melhorar e com urgência) ainda é pouco pra dizer “não vale a pena”, “tenho medo” e “não vou”.

Quanto mais enfrentamos desafios, mais forte ficamos. Simples, assim! 



* E o nome da Avenida? Agamenon Sérgio de Godoy Magalhães, pernambucano do Sertão, foi ministro do Trabalho e da Justiça no governo Getúlio Vargas e interventor federal de PE na época do Estado Novo. O nome da avenida é uma homenagem do seu sobrinho, o engenheiro Geraldo Magalhães Melo, prefeito do Recife com gestão marcada por fortes intervenções urbanas entre os anos de 69 e 70. Isso diz muito, hen?

segunda-feira, 7 de abril de 2014

Meu ex-câncer de mama: radioterapia e família – parte 8


Essa coisa do tratamento de câncer é meio complicado porque demanda tempo e paciência. Várias outras atividades da sua vida ficam paradas ou hibernando. Uma semana fazendo radioterapia parece ser uma vida. O processo é indolor e rápido, no entanto, a sala tem uma temperatura que beira os 15º e com o frio (só posso agasalhar da cintura para baixo) chego a imaginar que vou ser congelada. A sessão é diária. São todos os dias, menos sábado e domingo.

A radioterapia acontece no Hospital Português (mais parecido com hotel 5 estrelas do que um espaço de tratamento). Somos catalogados com pastinhas e cartão de acompanhamento. A média de pessoas que faz o procedimento todos os dias gira em torno de 30. O câncer não escolhe cor, raça, etnia, sexo, nem classe social. Os tipos são variados, no entanto, o sexo feminino é sempre o mais atingido.

Então percebo que Deus tem sido muito bom comigo. Cada vez mais. Através desta enfermidade estou “morando” na minha cidade novamente. Conversando com amigos que não vejo há muito tempo e convivendo diariamente com pessoas da minha família que praticamente só encontro uma vez ao ano.

O hospital é o local em que passo uma parte do meu dia. É nesse ambiente à La hotel 5 estrelas que minha cunhada Shirley administra um salão de beleza e dois cafés. Os espaços são aconchegantes, finos e bem ao estilo primeira classe. Shirley é uma dessas mulheres que a gente chama de batalhadora. Ralou muiiiitoooo pra chegar numa situação, digamos, confortável. Tem o sobrenome Molina, mas poderia ser “trabalho”. A palavra se encaixa melhor.

Enquanto aguardo a minha hora de entrar na sala de “fazer gelo”, converso e acompanho atentamente os afazeres de Shirley. Entre um corte de cabelo, uma reunião com supervisora e gerente, orientações a funcionários, um beijo nas filhas,Maria Carolina Molina (que trabalha com ela) e Maria Eduarda Molina, ela balança o neto no colo, depois o coloca no carinho e vai se reunir com colegas de sala de aula. Pois é, ela ainda arruma tempo para estudar. Faz administração no turno da noite.

Shirley é o tipo de mulher que a gente fica se perguntando “como é que ela consegue?” Já faz uns vinte e poucos anos que a conheço. Nunca a vi cansada. Sempre trabalhou como um trator (alias é de família, seus irmãos seguem a mesma cartilha).

Ela é do tipo “faz tudo”. Fora e dentro de casa. Um exemplo de mulher dinâmica, organizada, competente. Os poucos momentos que a vi chorar sempre esteve associados a uma decepção com alguém. Nunca a vi murmurar e muitos menos reclamar da vida e dos problemas (que eu mesma sei que não são poucos).

Assim, penso que Deus tem sido muito bom comigo. Através da minha ex-enfermidade estou vivendo esses momentos especiais e fazendo um registro com um olhar contemplador nas pessoas. Afinal, a vida passa tão rápida que não percebemos o quanto é importante consolidar nossas amizades e fortalecer nossos laços familiares.

Meu ex-câncer de mama e o câncer de alma – parte 7


Quando descobri o câncer de mama não passava pela minha cabeça a possibilidade de lidar com pessoas com câncer de alma. O câncer de mama é diagnosticado (na maioria das vezes) pela mamografia ou ultrassonografia (que foi o meu caso) e quando descoberto no início (também foi o meu caso) a chance de cura beira os 100%.

O câncer de alma tem um diagnóstico mais avassalador. Está hospedado em pessoas que são amarguradas, mal amadas, depressivas, que estão sempre cansadas (acabadas), que precisam que outras pessoas falem sucessivamente que elas são “guerreiras”, “heroínas” porque enfrentam desafios (como todo ser humano vivo enfrenta). São pessoas que querem que o mundo gire em torna delas, se sentem vitimas de qualquer coisa e precisam ser “prestigiadas” em tudo que faz para não exalar crises de justificativas.

O câncer de alma já nasce com metástase. Espalha-se não apenas pela alma, mas pelo corpo e quer atingir outras pessoas. Este é o foco principal. O lema de pessoas que têm câncer de alma é “se não sou feliz, os outros também não podem ser”.

Quem tem câncer de alma faz poucos ou quase nenhum amigo. Sobretudo aqueles que discordam da sua metodologia de vida, que querem ajudar, contribuir com mudanças. Esses não podem ser amigos porque não concordam com o modus operandi da pessoa que detém essa doença.

A pessoa que tem câncer de alma vive em torno de si mesma e se realimenta do passado. Seu assunto predileto é falar dos problemas que viveu, dos conflitos, de sofrimento e dor. A Bíblia diz que devemos trazer a memória tudo aquilo que nos traz esperança. Quem tem câncer de alma faz o contrário: guarda magoa e rancor. É do tipo que briga com alguém da família e fica sem falar pro resto da vida e ainda acha isso um ato de heroísmo.

Hoje, diante do meu tratamento de radioterapia, das diversas dificuldades que passamos em função das medicações e coisa do gênero, penso que sou uma pessoa abençoada por Deus porque o meu câncer foi de mama e não de alma.

Olho para frente com disposição para enfrentar os conflitos e me alegro porque meu coração, minha mente, minha vida não têm câncer de alma. Nesse período de tratamento no Recife, conviver com pessoas com câncer de alma será o meu maior desafio.

Mas, o Senhor está comigo, sempre.

quarta-feira, 12 de março de 2014

Meu ex-câncer: O Recife e os exames - parte 6





Praticamente dia sim, outro também recebo uma mensagem maravilhosa de amigos/irmãos que me amam e desejam o melhor para mim.

Deus faz assim...coloca um monte de anjos/gente boa ao nosso lado ou através de redes sociais. Não posso relacionar todos os nomes aqui porque ficaria um ou outro de fora. O numero é grande.

Minha jornada parece que está apenas começando. É longa e intensa. Mas se é jornada tem que ser cumprida. Então...nunca antes na história da minha vida fiz tantos exames. Uns complexos e chatos outros nem tanto. Uns com contrastes outros não.

A bateria de exames tem a ver com o pós-operatório e os preparativos para a radioterapia. Depois da montagem do mapeamento do local de indicação dos raios começa o processo. O total é de 16 sessões e deve iniciar na ultima semana de março.

Os exames reviram você de ponta a ponta para descobrir (espero) nada. Este é meu propósito e acredito em Deus que os exames ratifiquem. Vejo as pessoas que trabalham com isso no dia a dia fazerem tudo de forma tão natural. É uma rotina diária atendendo centenas de pessoas e repetindo para elas o mesmo texto.

Bom...eu com cara de “pra que isso?” pareço um peixinho fora d´água. Os questionamentos são muitos porque é um mundo novo a ser desbravado. Tudo é estranho e cheio de “isso serve pra quê?”, “vou tomar até quando”, “queima/dói?”.
Pelo andar da carruagem ou dito de outra forma para os dias de hoje, pelo navegar da internet, as coisas estão caminhando bem.

E assim as ondas do mar da cidade que tem a orla mais linda do NE, o Recife, aportam na beira mar e quando menos espero vem à chuva. Penso que Deus tem sido generoso comigo. Olho para as coisas com otimismo e sem delongas. Avante!

Agora que estou no Recife recebo o carinho dos amigos irmãos daqui, mas na rede rebebo outras tantas mensagens de apoio. Vou catalogar as frases, os textos, fazer print screen* dos conteúdos e emoldurar no meu coração. A torcida é grande. A todas essas pessoas tão especiais que Deus colocou no meu caminho sintam-se beijadas e amadas.

* O Print screen é uma tecla comum nos teclados de computador. No Windows, quando a tecla é pressionada, captura em forma de imagem tudo o que está presente na tela (exceto o ponteiro do mouse e vídeos) e copia para a Área de Transferência.

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Um olhar sobre Maita


Sempre que passeio pelas redes sociais, centro meu olhar sobre as fotos dos perfis no Face. Daí entro naquela “noia” de fazer uma análise a partir das minhas percepções. Nos últimos 2 anos percebi, por exemplo, as imagens postadas por Maita Assy

Em alguns momentos foram abstratas, outras figurativas ou monossílabas, umas meio sonhadoras, um tanto quanto circunspectas ou absolutas. Outras pareciam dizer algo dolorido, sofrível, intocável. Algumas imagens ou figuras estavam alegres, pareciam realizadas ou até mesmo fugitivas.

O fato é que os símbolos as figuras ou imagens postadas por Maita em seu perfil tinham um silêncio ensurdecedor. Falavam de modo enigmático, pelas entrelinhas, pelo brilho ou a ausência dele.

Quem conhece Maita sabe do seu silêncio, da sua pausa quando fala, do seu olhar tranquilo, ainda que esteja com uma bomba dentro de si, preparada para explodir a qualquer momento.

Nos últimos dias encontro no perfil de Maita a imagem que está abaixo. Sempre que vejo uma imagem quero entender na minha mente as razões pelas quais o/a fotografo/a fez aquele recorte. Sempre. Gosto de devagar nessa narrativa porque percebo que há uma cumplicidade entre o personagem clicado e o observador.

A imagem atual traz uma leveza da alma, uma luz indicativa, a transparência da água, a serenidade do personagem, um sorriso sutil e uma enorme conquista de liberdade.

Ainda que nada disso tenha sido objeto do recorte fotográfico, vou desenhando uma sensação de bem-estar na qual o objeto (no sentido carinhoso de dizer) se coloca aberto aos novos desafios, as possibilidades e, sobretudo, a vida.

Se tudo que está no entorno não é tão bom assim...que as outras coisas sejam.

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Apelo sexual


Futebol, cerveja e mulher gostosa. A frase abre o texto, mas poderia fazer parte de qualquer slogan publicitário da Copa. Afinal, não é de hoje que a mulher é retratada na nossa propaganda de bebida, especificamente cerveja, de modo sensual, insinuador, libidinosa e promovida como um produto à venda. Chega próximo de uma apologia à prostituição. Dito de outra forma: ao sexo fácil.

E não me venha com essa conversa de conservadorismo, liberdade de escolha e o que faz sucesso no momento a “liberdade de expressão”. Por falar nisso, vale questionar: expressão de quê? Do corpão?

Mulheres popozudas, bombadas, quase nuas e com caras e bocas do tipo “você quer”, se permitem ser retratadas, execradas na guerra das cervejas buscando o ápice do desejo masculino ( meio voyeurismo, fetiche ou qualquer coisa do gênero).

No país do contra-censo, das aberrações sociais e da ausência  de limites (em quase todos os sentidos) associar futebol/cerveja/mulher parece ter tudo a ver. A ver com que mesmo? Com essa tal hipocrisia de algumas figuras da chamada classe política que levanta uma bandeira de moralidade que nem mesmo parte das suas famílias está inclusas.

A cultura brasileira estimula a imagem apelativa de mulheres como objeto de consumo? Sim. Na recepção dos turistas estrangeiros nos aeroportos com apresentação de mulatas seminuas dançando; em diversos vídeos de apresentação comercial/turístico fora do país; em programas de televisão; em várias campanhas publicitárias e por aí segue.

O relato acima é real e precisa entrar no debate diário com a sociedade. Esse histórico contribui para iniciativas infelizes como esta da empresa Adidas. Ainda assim, vale uma reflexão: como uma empresa tão bem conceituada e patrocinadora oficial da Copa se permite fazer uma campanha publicitária tão desrespeitosa como esta?

Como uma empresa do porte da Adidas aprova uma peça com explicita conotação depreciativa? Passou pelos olhos de todos profissionais de comunicação, marketing, direção geral, mídia, editor de conteúdo...e foi exposto à venda?

Alguém pode imaginar o quanto os alemães ficariam furiosos no caso de alguma empresa estrangeira criar uma peça publicitária em plena Copa retratando a Alemanha com o período do nazismo?

E que tal fazer uma campanha nas redes sociais tipo:

“Adidas não representa o Brasil.”
“É Adidas? Não compro. Não quero.”
“Adidas. Tô fora.”
“Adidas. Esta marca queimou o Brasil”.

A empresa pode até ter pedido desculpas, retirado o produto do site, explicar que a venda era apenas nos EUA (como se a internet não encurtasse o mundo) e que respeita seus consumidores. Respeito seria se ela nunca tivesse aprovado uma campanha desse porte.

Mas, palmas para imprensa. Apesar de ser apedrejada pela classe política e chamada de golpista em muitos momentos, foi ela quem trouxe à tona o debate.


segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Meu ex-câncer de mama...parte 5


Na estratificação de periculosidade mortal ou na "reta da morte" como costumo falar, o meu ex-câncer estava no estágio 1 (um). Ou seja, descoberto bem no início e sem ocasionar metástase. Diante desse quadro clínico não preciso fazer a quimo.

A lógica é mais ou menos assim: não tenho histórico familiar, não havia linfoma cancerígeno nas axilas e o tumor foi pequeno (0,7cm) e retirado. Nesse quadro tenho que fazer radioterapia no Recife (5 semanas direto, menos sábado e domingo) e tomar (por 10 anos) uma droga chamada TMX (nunca ouvi falar na minha vida...até porque sou avessa a remédio e não tomo nenhum, nem pra dor de cabeça). E vamos combinar: 10 anos é tempo demais, hen?

A droga foi prescrita pelo oncologista doutor Gray Portela -- figura maravilhosa, de bem com a vida, simpático, humano e parecia que me conhecia desde sempre -- que começa a me acompanhar a partir de agora.

A TMX tem um monte de efeitos colaterais uns graves outros desesperadores que levam a pessoa até a perda parcial da visão, passando pela gastrite intestinal e outros males. Uii!!!! Esta será uma luta constante. Mas vamos deixar isso pra outro momento...to no quarto dia do remédio...uma coisa de cada vez.

A partir de agora passo a fazer parte da estatística em Petrolina das 1001 mulheres (que número assustador!!) que tomam este remédio. A droga vai agir em um dos meus hormônios, os estrógenos (o possível alimentador do meu ex-câncer). Os estrógenos são produzidos pelos folículos ovarianos em maturação e induzem as células de muitos locais do organismo, a proliferar, isto é, a aumentar em número. Todo o cuidado é pouco já que estou na estatística de mulheres que menstruam normalmente e, portanto este hormônio faz parte do meu dia a dia.

Depois de passar o meu histórico de vida dos últimos 3 anos para dr. Gray, ele fez uma pontuação interessante sobre o meu momento de “luta e estresse” durante os 2 anos (2010/2012) de mestrado com as idas e vindas toda semana para Recife/João Pessoa/Petrolina e as aulas que ministrava na Uneb/Juazeiro. De fato, o acumulo de trabalho, mesmo que você seja uma pessoa bem resolvida, é um dos colaboradores para o surgimento do câncer.

Ainda assim, ele ressaltou que minha alimentação balanceada e o fato de ser uma frequentadora assídua de academia (não posso deixar de fazer exercício de forma alguma) ajudam e muito no tratamento. A luta é longa e começa agora. Nova baterias de exames em Recife e radioterapia. Vamos em frente!

Sobre o meu bom humor, disposição e tranquilidade diante de uma possível “reta da morte” (rsrsrs..) dr. Gray ficou entusiasmado e falou que eu não precisava passar pela psicóloga da clínica (ação obrigatória para todos os pacientes com câncer que chegam a unidade). No meu caso eu poderia tomar o lugar dela.

Toda honra e toda glória eu credito ao Deus que creio. A vida tem dessas coisas e ter fé e confiança em Deus proporcionam coragem para continuar. Desistir? Nunca.

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Meu ex-câncer...parte 4



Mais mito que verdade: a mamografia é o melhor exame que detecta o câncer de seio; só depois dos 50 anos é que a mulher pode ter a doença; mulheres mais estressadas vão ter câncer, toda pessoa que come transgênicos vai ter câncer; toda pessoa que tem alguém na família com câncer vai ter também...e seguem os mitos sobre a doença. É claro que pode acontecer em qualquer um desses estágios, mas nada é determinante e absoluto.

As Sociedades Brasileira de Mastologia e Oncologia explicam que o câncer de mama é um tumor maligno que se desenvolve na mama como consequência de alterações genéticas em algum conjunto de células da mama, que passam a se dividir descontroladamente. Ocorre o crescimento anormal das células mamárias, tanto do ducto mamário quanto dos glóbulos mamários. O câncer da mama é o tipo de câncer que mais acomete as mulheres em todo o mundo, sendo 1,38 milhões de novos casos e 458 mil mortes pela doença por ano, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS).

A proporção de câncer de mama em homens e mulheres é de 1:100, ou seja, para cada 100 mulheres com câncer de mama, um homem terá a doença. No Brasil, o Ministério da Saúde estima 52.680 casos novos em um ano, com um risco estimado de 52 casos a cada 100 mil mulheres. Segundo dados da Sociedade Brasileira de Mastologia, cerca de uma a cada 12 mulheres terão um tumor nas mamas até os 90 anos de idade.

Ter informação é sempre a melhor saída quando o assunto é câncer, seja ele no útero no seio ou em qualquer lugar do corpo. Ora, se categorizamos, por exemplo, as mulheres estressadas, especificamente as que trabalham na área financeira como Bolsa de Valores, definiremos que elas estão determinadas a ter a doença e que, portanto, fazem parte do maior grupo de risco.

Vamos acabar com os mitos e torcer para que a ciência mostre um caminho. Enquanto isso, informar ajuda muito todas as mulheres. É exatamente isso que minha amiga linda e maravilhosa, Gerlane Bacellar gerente do banco do Brasil, está fazendo. Embora a gente saiba que ela quer vender produtos do banco e que isto é sua função, é mesmo muito importante ter um seguro desse tipo.

Isso mesmo que você leu. Um seguro que ajuda a mulher (caso ela venha a ter o câncer e independentemente do plano de saúde que ela tenha) em várias situações como passagens, estadia, exames e outros. Não tenho os detalhes sobre ele, até porque não fiz e agora não posso mais fazer. Mas vai o alerta para minhas colegas. Este seguro entra no bloco daqueles de vida, de carro... a gente paga mais nunca quer usar.

A dica é importante. Ah...vale registrar que não estou ganhando comissão, hen? kkkkk

Sobre meu ex-câncer...parte 3


Então vamos lá...ainda na luta pra saber se vou ou não fazer quimo. A radio é certa e começa na 1a semana de março. Daí vc começa a fazer outros questionamentos em seu coração (é normal...somos humanos, ora, ora), sobre o fato de passar um bom tempo fora de casa (1 mês). Nem bem as perguntas chegam à sua mente Deus manda um anjo para acalmar seu coração.

Vejam a mensagem linda, forte, edificante e maravilhosa que veio através de Luzeni Dantas para confortar meu coração. É Deus respondendo usando vasos preciosos aos Seus olhos para mostrar que Ele está no comando de tudo. Simples assim....porque Deus é lindo. Segue na integra:

“Eu te afligi, mas não te afligirei mais” (Números 1:12).
Há um limite para a aflição. Deus a envia, e a remove. Nós suspiramos e dizemos: “Quando irá acabar?” Esperemos em silêncio e estejamos pacientes na vontade do Senhor, até que Ele venha. Nosso Pai retira a vara quando está completo o Seu propósito em usá-la.
Se a aflição é enviada para nos provar, para que as nossas virtudes glorifiquem a Deus, ela terminará quando o Senhor nos tiver levado a glorificá-lo.


E por certo não desejaremos que a aflição se vá, enquanto Deus não tiver obtido de nós toda a honra que possamos lhe dar. Hoje poderá haver “grande bonança”. Pois não é verdade que a fúria das ondas pode a qualquer momento dar lugar à calma, com aves marinhas pousando gentilmente sobre as águas?


Após longa tribulação, o instrumento de malhar é dependurado e o trigo descansa no celeiro. Assim como estamos tristes agora, pode ser que daqui a algumas horas estejamos muito felizes.


Não é difícil para o Senhor tornar a noite em dia. Aquele que envia as nuvens pode com igual facilidade limpar o céu. Tenhamos bom ânimo. O futuro que nos aguarda é melhor. Cantemos aleluias em antecipação. C. H. Spurgeon


O grande agricultor não está sempre debulhando o trigo. A aflição dura apenas algum tempo. 


As chuvas logo passam. O choro pode durar apenas as poucas horas da curta noite de verão; ao amanhecer terá passado. Nossa aflição dura apenas um momento. Ela vem para um propósito, “se necessário” (1 Pe.1:6).

O próprio fato de existir a aflição prova que há em nós algo muito precioso ao Senhor; senão Ele não gastaria tanto trabalho e tanto tempo conosco. Cristo não nos provaria se não visse, misturado com a pedra bruta da nossa natureza, o precioso minério da fé; é para separá-lo e torná-lo puro e belo que Ele nos faz passar pela provação.

Tenhamos paciência no sofrimento. Os resultados serão mais do que compensadores, quando virmos como as provações produziram glória de valor eterno e excelente. Receber uma palavra de louvor da parte de Deus; ser honrado diante dos anjos; ser glorificado em Cristo, refletindo n’Ele a glória que é d’Ele. Ah! Isto será mais que compensador.

Como o peso é necessário a certos relógios, e o lastro aos navios, para o devido equilíbrio, assim é a aflição, na nossa vida. Os mais suaves aromas são obtidos sob enorme pressão; as mais delicadas flores crescem nas solidões geledas do Alpes; as mais belas gemas são as que passaram mais tempo na roda do lapidário; as mais célebres estátuas levaram os maiores golpes do cinzel. Tudo isto, no entanto, está condicionado a leis. Nada acontece que não tenha sido ordenado com inteiro e precioso cuidado e previsão. Daily Devotional Commentary. 

16 de fevereiro – Mananciais no Deserto – Lettie Cowman.

sábado, 8 de fevereiro de 2014

Sobre meu ex-câncer - parte 2


Gostaria de agradecer de coração a tds os familiares, irmãos em Cristo, amigos, ex e alunos de comunicação (pós/graduação) que postaram mensagens para mim. Embora trabalhe com as "letras/palavras" estou sem elas para mostrar o tamanho do meu carinho. Para as mulheres, em especial, q pensam q o câncer foi descoberto numa mamografia, registro apenas q não. O bicho foi encontrado numa ultrassom. A mamografia (q também fiz) não deu nada. Não é interessante?

Lembrem-se: Aids e câncer ou qq doença que esteja no grupo do "caminho mais rápido para morte" não separa você da vida e nem dos amigos. Guardar informação ou esconder a doença apelidando-a de CA, por exemplo, não ajuda a enfrentar o problema como desafio. Até porque o mais importante nisso tudo é a fé que vc pode ( e deve) depositar em Deus. Isto sim, fará td a diferença.

Ah...e mais...nada de ficar falando com seus amigos sobre remédios, dores, procedimentos, agulhadas ou qq coisa do gênero. Nada de ficar ouvindo de alguns amigos/amigas que o câncer de fulano foi pior, maior, a consequência foi isso ou aquilo ... Esses relatos não ajudam vc a superar os momentos, muito pelo contrário, vai trazer a memória o sofrimento. Devemos trazer a memória aquilo que nos possibilita esperança, assim diz a palavra de Deus.

Vamos em frente... Simples assim...


Ps. Foto na orla mais linda do NE: praia de Boa Viagem/Recife - férias janeiro/2014

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Tive câncer...simples assim



Então foi assim...depois de um exame de rotina (um ano exatamente) descobri (em dezembro/13) um câncer no seio esquerdo. Pequeno mas malignamente destruidor.

Nesse instante você para e pensa se tudo aquilo que você prega como verdadeiro e corajoso é isso mesmo que você é. Descobri, então, o que Deus sempre confirmou em meu coração: “Confia em mim, filha minha, porque Eu sou infinitamente maior que os seus problemas”. Deus diz para mim que Ele é o Alfa, o principio...e que todas as coisas cooperam para aqueles que O buscam.

Pensei novamente, tenho duas alternativas: me fechar numa caverna, fazer um monte de perguntas a Deus (por que eu?), reclamar da vida, achar que fiz alguma coisa pecaminosa para merecer aquilo ou exaltar o Deus que eu creio e prego enfrentado o problema como um novo desafio de vida.

Para quem me conhece deve imaginar que fiz a segunda opção. Exato. A cirurgia já foi feita, a radioterapia começa final do mês, também já posso voltar a malhar (final do mês) e aguardo o resultado do exame para saber se vou fazer quimo ou não. Claro que espero que não. Mas caso não seja possível, rasparei a cabeça e farei sobrancelha definitiva.

Quando eu digo que não tenho medo da morte as pessoas brincam e possivelmente não acreditam. Afinal, todos tem medo do desconhecido e a morte é uma das coisas que atormenta muita gente. Mas de fato, não tenho medo da morte exatamente porque sei para onde vou e o que me espera na glória.

Este relato não é pra confirmar que sou guerreira, heroína e muito menos forte. Apenas uma mulher de fé. Muita fé. E a fé (diz a palavra de Deus) é a certeza de coisas que se esperam, a convicção de fatos que não estamos vendo (Hebreus 11:1). Acho que sou assim...

A minha família, meus amigos, irmãos em Cristo, alunos que me amam (lindoooos...chorando por mim...amo demais...) creiam que minha disposição de enfrentar o câncer é para tratar as coisas com mais naturalidade. Sem essa de vergonha e preconceitos. Mas, sobretudo, porque sirvo a um Deus vivo e Poderoso, fiel e justo.

No mais...vamos em frente! Simples assim...

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

O silencio dos esquerdistas


Resolvi entrar no debate dos professores Cosme Santos e Josemar Pinzoh em relação aos principais personagens, José Dirceu e José Genoíno, envolvidos no chamado Escândalo do Mensalão (2005), do governo Luis Inácio Lula da Silva.

Digitando os nomes dos dois no “pai de todas as palavras” e conexões desse planeta, o Google, você se depara com tudo de mais recente que existe sobre a temática Mensalão, Supremo Tribunal Federal e o mais “novinho” dos termos, os tais “embargos infringentes”.

O que o professor Cosme Santos quase chama de “passado glorioso” e histórico dos dois personagens parece soar distorcido em relação a tudo que estamos vivenciando, hoje, através da chamada grande mídia e especificamente (prefiro ficar com essa ala) os estudiosos do caso, a exemplo de Marco Antonio Villa, historiador e professor do Departamento de Ciências Sociais da Universidade Federal de São Carlos/SP.*

Para os que não viveram (ao vivo e em cores) os tempos de chumbo (eu me incluo no contexto) e não são estudiosos da história política/social do nosso país, achar alguma coisa que nos leve a conhecer o real significado desses personagens durante uma época especifica, não é tão complicado assim.

Detalhe: podemos buscar através do pai das palavras e conexões (repetindo): o Google. E, claro, os livros, que retratam muito bem esse período histórico (1964/1985) e posterior desdobramento com as Diretas Já (1984) e finalmente a eleição de Lula (2003/2006/2010), o 1º presidente metalúrgico, que foi pobre, é nordestino, veio da base sindicalista/metalúrgica e foi legitimado pelo voto do povo. Outro acervo quase infinito de informações são as dissertações e teses sobre a temática encontradas nas universidades.

Navegando por esse universo de dados podemos ter um resumo geral da importância desses dois, digamos assim, “representantes da democracia” brasileira.  Verificamos suas lutas, desafios, organizações e estratégias (até plástica/mudança de nome e tudo mais) para conquistar o tão sonhado sistema democrático de direito.

Essa história/memória nunca poderá ser apagada. Nunca. No entanto, faremos aqui um divisor de águas. Antes dos personagens entrarem no PODER e depois de se embriagar (literalmente, também) com ele.

Longe de parecer aqui a baluarte da verdade e conhecedora das entranhas políticas desse sistema, penso que seria infinitamente impossível, absolutamente irreal, fantasmagoricamente incompreensível que as negociatas realizadas e todo o dinheiro (reconhecidamente circulante por todos envolvidos no processo) do Mensalão, acontecessem sem o conhecimento e, orientação e sobretudo aprovação de José Dirceu e o acompanhamento de José Genoíno.

Todos os intelectuais, militantes, apreciadores e apaixonados pelo PT sabem  perfeitamente (e falam) que o Zé sempre foi centralizador, estrategista (pra não dizer maquiavélico) e “comandava” (comanda?) com mão de ferro o partido, e basicamente todos os associados (inclusive as alas que divergem).

Todos comentam abertamente sua soberba em relação ao poder com a qual ele se vangloria. Este é o modus operandi de ser do Zé. Todos sabem o quanto ele é determinado e um “trator” para fazer valer a sua vontade, que se pode dizer até que seja pela tal “luta democrática”, desde que a perpetuação do poder (jamais a alternância) seja estabelecida.

Assim sendo, pensar que esses personagens embrenhados no sistema político estabelecido na nossa democracia possam ser “inocentes”, “não sabem de nada” e que tudo isso é fruto de uma “mídia golpista”, é abusar demais da nossa tolerância cerebral.

Qualquer um que entre na máquina não passa isento desse sistema político. Caso contrário é engolido por ele. Não existe exceção. Se existiu, já morreu!

Não acreditar que o Zé tenha envolvimento com toda essa articulação/negociata financeira é o mesmo que aceitar que a intelectualidade do Marco Willians Camacho, mais conhecido como Marcola, jamais o levaria a comandar o maior núcleo do narcotráfico brasileiro com conexões internacionais, o PCC (1º Comando da Capital). Qualquer semelhança estrategista do Zé com este elemento... é mera coincidência.

O que transformou o Zé e manchou sua memória, sua história de luta de classe pela tão sonhada democracia foi a embriaguez pelo poder. Maquiavel pode explicar muito melhor...mas isso é outra história.

Ainda que a grande imprensa não seja na sua totalidade a verdade absoluta dos fatos, ela tem colaborado, sim, com toda a sociedade. Ela tem exercido o seu maior papel: ser a ouvidoria do cidadão.

Faz sentido a gente recordar que não foi a imprensa que desvendou o Mensalão (inclusive ela andou a reboque de). Foi exatamente um dos pares (na época) do Dirceu, o deputado Roberto Jefferson, que jogou a bomba no colo da sociedade.

Daí, o silêncio dos esquerdistas...todos estão atônicos. Nunca esperavam que tudo isso fosse acontecer ...pelo menos não esperavam que quase tudo fosse descoberto.

Acreditar na inocência desses personagens é também acreditar na existência dos Duendes, Papai-Noel, Chapeuzinho Vermelho, Mula sem cabeça, Homem Aranha, Super Homem...

* Professor Villa lançou em dezembro/2012 pela Ed.Leya/SP, o livro Mensalão.

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Senado vazio


Foto: André Dusek/Estadão

Senado ficou vazio nesta quarta-feira, um dia antes do início das férias dos parlamentares. Atividades só voltam em agosto. Veiculado Face Estadão.

Comentário meu
A cena é interessante. Um vazio das coisas, um vazio do vazio, da inoperância dos homens/mulheres q recebem salários do povo brasileiro. Uma ausência permanente da ausência de atuação, de ação, de vontade política em prol da sociedade, de vontade política em prol dos seus interesses. Uma ausência de iniciativa da sociedade em colocar esses larápios na rua, fora da nossa visão social. Essas pessoas q não nos representam (em nada). 

São fantasmas coloridos q circulam alguns dias/meses em BSB p/ demarcar o espaço. São escárnios de um sistema político doente, falido e sem recuperação (na forma como existe, hj). O Congresso é a casa da mãe Joana. A casa dos que imaginam q ficarão para sempre no poder. Mas o sempre tem data p/ acabar: 2014.

domingo, 14 de julho de 2013

Muay Thai: uma luta com alto controle

Antes do treino | Foto: Vânia Cruz

Thai. É dessa forma que os praticantes do boxe de origem tailandesa, chamado Muay Thai, cumprimenta os demais colegas quando chega ao treino. A modalidade entrou nas academias da região, especificamente em Petrolina e Juazeiro, há mais ou menos sete anos. Hoje, além dos espaços fechados da academia, o esporte também é praticado ao ar livre, em praça publica ou em quadras abertas.

O Muay Thai, também conhecido como a “arte das oito armas”, é uma luta de contato total. Os alunos aprendem a usar dois punhos, cotovelos, joelhos, canelas e pés para criar sequências de golpes contra seus oponentes. Embora possa parecer um esporte predominantemente masculino e de adulto, a modalidade tem adeptos do sexo feminino e crianças na faixa etária da pré-adolescência.

De acordo com o professor Rafael Welington dos Santos, mais conhecido como Raphael Tyler, o Muay Thai é um esporte que possibilita você ter alto controle sobre seus impulsos, domínio sobre suas atitudes e ações. Tyler, que representa o mestre Mamute Lopes, professor há 7 anos em Juazeiro, ressalta que o aluno pode extravasar suas tensões em função dos movimentos praticados que exigem muito da parte física de cada pessoa.

Utilizando todo o corpo (pois o lutador gira os quadris em cada chute, soco ou bloqueio), a modalidade desenvolve condicionamento físico, resistência e fortalecimento muscular.

Foram estes benefícios que atraíram o policial militar, Julho Pereira, 38 anos. Adepto das artes marciais desde criança, Julho já fez todas as modalidades, e agora exercita o Muay Thai de forma mais intensa. “Meu objetivo é aperfeiçoar as artes que já fiz. Identifiquei-me com o treino e percebo que além da musculação que já faço três vezes por semana, o Thai é completo. Meu condicionamento físico melhorou muito e estou me sentido bem mais preparado e disposto para qualquer ação que precise do meu físico”.
Treino intenso

O professor Tyler explicar que o treino do Muay Thai é intenso (média de duas horas/ três vezes por semana), de alto impacto e o aluno chega a queimar em média, 850 kcal/h. Este parece ser um dos motivos do esporte atrair muitas mulheres.

A advogada Barbara Amorim, de 26 anos, praticante do Muy Thai há 6 meses, cofirma. Ela diz que percebeu a diferença na roupa. “A perda de medida foi de forma gradativa e saudável. Além do dinamismo da atividade você sente uma melhora no condicionamento físico, na força e na flexibilidade do corpo”, diz Barbara, satisfeita com o resultado. Ao ser abordada sobre o estilo musculoso e marombeiro das chamadas mulheres popozuda, Amorim ressalta não ser contra esse tipo de mulher. “Cada pessoa deve trabalhar seu corpo de maneira  que lhe deixe feliz. A ‘insatisfação’ é inerente ao ser humano e como a mulher é muito crítica e exigente consigo mesma, se cobra mais por isso”, reponde convicta.

Outra mulher que foi atraída pelos benefícios do boxe tailandês é a servidora pública, Jucianna Kelly. Praticante de musculação desde 2000, Kelly começou a sentir certa morosidade nos exercícios e depois de fazer uma aula de Muay Thai por curiosidade, foi “fisgada” pelo dinamismo e intercaladas da luta com o aquecimento físico.

“Logo na primeira semana percebi mudanças no corpo. O treino físico associado à luta simplesmente me despertou, porque você sempre está em movimento, fazendo algo diferente e trabalhando o corpo. Com um mês já perdi peso e as roupas que estavam bem apertadas já começaram a entrar”, explica Kelly de forma entusiasmada. Ela ressalta ainda que precisa melhorar na questão da alimentação. Por conta da ausência de disciplina, admite que o resultado poderia ser ainda bem melhor.

Mesmo gostando de praticar exercício regularmente, Kelly aponta certo exagero estimulado pela mídia na cobrança de um corpo perfeito. “Admiro quem se dedica tanto ao corpo. Mas Já ouvi falar de casos que a mulherada recorre a anabolizantes para garantir o corpo perfeito que a sociedade aprova, mas é preciso não esquecer que tudo tem um preço que pode ser caro demais no futuro”, adverte. 

A professora de educação física, Marivane Britto, com 15 anos de profissão, gestora do Espaço Fitness, ressalta que o mercado de atividade física vem se modificando ao longo desses anos e novas modalidades foram introduzidas nas academias visando atender essa demanda. “Existia muita procura na academia para esse tipo de esporte. Depois de analisarmos o formato dos treinos e a capacidade profissional do professor Tyler, resolvemos investir na modalidade. E vem dando certo”. Britto ressalta, no entanto, que o resultado para esse tipo de esporte é rápido em termos de disciplina e concentração, além de postura estética. “ O Muay Thai ajuda a diminuir peso corporal e define músculos. Os que mantém um treino disciplinado obtém melhores resultados”. 
Aquecimento antes do treino

Graduação

Muay Thai é um pouco parecido com o Kung Fu Chinês. Um fato normal levando-se em conta à origem do povo Tailandês. Assim como o Judô e Karatê a graduação do aluno acontece através de faixa e cores. No Thai é uma cordinha chamada Kruang afixada no braço do aluno. São 12 graduações: (amarelo/branco/ para iniciante, verde/azul, processo intermediário, entra no marrom/vermelho, estágio avançado até chegar na preto/branco, categoria de mestre. 


Diferenças entre modalidades

Boxe: malha braços, ombros, costas e abdômen além de panturrilhas, já que no treino você salta na ponta dos pés enquanto se esquiva dos golpes do adversário. Exige bastante agilidade e reflexo. 

MMA: a modalidade (abreviação da sigla em inglês para Artes Marciais Mistas) já foi chamada de vale-tudo e é uma mistura de técnicas e golpes de diversas lutas (boxe, muay thai, caratê e judô, entre outras). O combate acontece dentro do octógono, que nada mais é do que um ringue com oito lados. Em uma aula, você malha o corpo todo, mas não pode ter medo de cair no chão. 

Kung fu: executados com força e precisão, os golpes são inspirados nos movimentos dos animais e exercita concentração e foco na respiração. Trabalha bastante a parte da frente da coxa e o glúteo, já que boa parte das posturas é feita com os joelhos flexionados e a musculatura contraída. 

Jiu-jítsu: os movimentos em pé têm a finalidade de jogar o adversário no chão, onde acontece a maior parte da luta. Os golpes -- estrangulamentos, torções, encaixe de pernas e de braços -- visam imobilizar o adversário. 

Taekwondo: as pernas e o abdômen são as partes mais usadas nesta arte marcial. Para desferir os chutes (que só são válidos da cintura para cima), é preciso ter bastante flexibilidade, equilíbrio, força e velocidade.