sexta-feira, 20 de março de 2015

Pesquisa IBOPE Media

O novo estudo “Retrospectiva e Perspectivas” divulgado pelo Ibope Media (11/03/15) mostrou que os investimentos publicitários cresceram 8% no ano passado, chegando a R$ 121 bilhões, contra R$ 112 bilhões de 2013.

1º lugar: TV aberta – volume de 56% (mais de R$ 67 bilhões em investimentos)
2º lugar: Jornal – volume de 15% (mais e R$ 17 bilhões em espaço)
3º lugar: TV por assinatura – volume de 9% (mais de R$ 11 bilhões)
4º lugar: Revista – 5% de participação (mais de R$ 6 bilhões)
5º lugar: Internet – 4% do bolo publicitário (mais de R$ 4 bilhões) 


No levantamento, os gastos com internet caíram 2% em relação a 2013, porém o Ibope considera apenas anúncios em sites e portais, sem os investimentos em ações nas redes sociais.

Ps.: Melhor o Ibope corre pra fazer o levantamento nas redes sociais. Devemos ter muitas surpresas.

quinta-feira, 12 de março de 2015

Capas JC e DP



Ainda que seja apaixonante o audiovisual e as teias comunicacionais que se enroscam pelas redes sociais/internet é preciso reconhecer a primazia do jornal impresso e que muitos de nós chamamos apenas de grande mídia ou imprensa tradicional.
Inegavelmente o conteúdo e o tratamento do texto impresso nos fortalecem no sentido, inclusive, de provocar muitas reflexões. As duas capas do DP (Diario de Pernambuco) e JC (Jornal do Commercio) são as estrelas desse final de semana em nível regional (03/03/15)
É impossível não reconhecer a importância da imprensa livre (com responsabilidade, claro) numa sociedade que está construindo a sua democracia. Longe de estar no ápice da sua plenitude como sistema democrático de direito, o Brasil ainda tem muito a caminhar para chegar nesse estágio. Até porque os estudos apontam que uma democracia consolidada deve ter no mínimo 100 anos de processo. A nossa está muito longe desse alvo.
Assim, os chamados veículos tradicionais -- ainda que estejam passando por um tsunami comunicacional que envolve novas dinâmicas de conteúdo – reforçam a importância do seu papel como ouvidoria da sociedade.
Vale ressaltar que o conteúdo veiculado nas redes/sites/blogs – mesmo passando por checagem e apuração dos fatos – quase sempre “vira notícia” assimilada pelo leitor/internauta/blogauta/telespectador quando veiculado nos grandes veículos tradicionais.
A imprensa não morre. O impresso também. O rádio também não. Tudo se renova se reorganizada e abre alas para a democracia entrar, ficar e se consolidar.
Não há sociedade desenvolvida sem uma imprensa forte, atuante e um jornalismo combatente e investigativo. Ainda que tenhamos muitos erros a apontar na trajetória da nossa imprensa, sem ela a sociedade estaria acéfala ou morta.

Você conhece o inimigo e não sabe quem é ele – parte 1


Desde o lançamento deste livro, Mentes Perigosas – O psicopata mora ao lado (Ed. Fontanar/2008), estava seca de vontade para ler a obra de Ana Beatriz Barbosa Silva. Só agora o momento chegou. Agradeço a jornalista Aline Benevides pelo empréstimo.
O livro -- que ainda não terminei de ler-- é o que podemos chamar de revelação bombástica sobre as pessoas que vivem ao nosso redor. A pessoa pode ser qualquer uma. A que você namora ou foi casado ou um amigo no trabalho ou seu vizinho. Esta pessoa pode surpreender se fazer revelar travestida de cordeirinho e no fundo é um lobo. É simplesmente assustador e inacreditável.
Logo nas primeiras páginas, Ana Beatriz apresenta de forma clara e objetiva o perfil de um psicopata que na nossa forma limitada de ver as coisas radicalizamos, e acreditamos que o psicopata só pode estar nesta categoria se for um matador, esquartejador, assassino implacável.
Uiii!!! Ledo engano. “Eles podem arruinar empresas e famílias, provocar intrigas, destruir sonhos, mas não matam”. (pág.16)
Matar e esquartejar, por exemplo, é um tipo de psicopatia extrema e são poucas pessoas que têm essas características. Por isso, Ana Beatriz relata a dificuldade para reconhecer um psicopata. “Os psicopatas enganam e representam muitíssimo bem! Seus talentos teatrais e seu poder de convencimento são tão impressionantes que chegam a usar as pessoas com a única intenção de atingir seus sórdidos objetivos. Tudo isso sem qualquer aviso prévio, em grande estilo, doa a quem doer”. (pág.16)
No livro, Beatriz exemplifica através da classificação americana de transtornos mentais (DSM-IV-TR), que a prevalência geral do transtorno da personalidade antissocial ou psicopatia é de cerca de 3% em homens e 1% em mulheres, em amostras comunitárias (aquelas que estão entre nós). “A princípio esse percentual pode não parecer tão significativo, mas imagine uma grande cidade como Rio de Janeiro e São Paulo, por exemplo, onde milhares de pessoas se esbarram o tempo todo. A cada 100 pessoas que transitam para cá e para lá, 3 ou 4 delas estão praticando atos condenáveis, em graus variáveis de gravidade, ou estão indo em direção a próxima vítima”. (pág.54)
Assustador, não é mesmo? Veja a foto com o texto “Então não se esqueça” (pág.63)
O livro de Ana Beatriz pode nos ajudar, e muito, a entender ou pelo menos tentar achar uma explicação para muitas coisas absurdas que acontecem entre casais separados, entre amigos, colega de trabalho e tantas outras situações inacreditáveis que vivenciamos no nosso dia a dia. Pessoas que vivem conflitos parecidos com o roteiro de novela. A vida imitando a ficção? Pode ser.
“Os psicopatas possuem uma visão narcisista e supervalorizada de seus valores e importância. Eles se veem como o centro do universo e tudo deve girar em torno deles. Pensam e se descrevem como pessoas superiores aos outros, e essa superioridade é tão grande que lhes dá o direito de viverem de acordo com suas próprias regras”. (pág. 69)
Para o psicopata só quem tem a verdade é ele. Sua posição perante o outro é sempre de superioridade e soberba. Os psicopatas “são extremante hábeis em culpar as outras pessoas por seus atos, eximindo-se de qualquer responsabilidade. Para eles, a culpa sempre é dos outros”. (pág.70)
Você conhece alguém assim?
A partir de hoje, estarei postando alguns textos da autora sobre esta temática tão instigante e que faz a gente pensar: convivemos com o inimigo e não sabemos quem é?
Aguarde o próximo texto – parte 2