sábado, 26 de maio de 2012

Série Periguetes - Agora elas fazem parte do Aurélio

Foto Divulgação - para ilustrar bem o post

Pois não é que a nova edição escolar do dicionário Aurélio tem uma novidade e tanto: a inclusão da palavra “periguete”.

O dicionário diz que “periguete” (o que a minha avó designava como quenga) significa “moça ou mulher que, não tendo namorado, demonstra interesse por qualquer um”.

A expressão “periguete”, que surgiu na periferia de Salvador, é a junção das palavras “perigosa” com “girl” (garota em inglês). Como a pronúncia ficaria estranha, adaptou-se o guete.

Vejam o exemplo de periguetes na foto acima.

Atenção, mulheres não periguetes de plantão!  A coisa tá pegando fogo pra gente que anda na linha...

Ps. Com essa institucionalização da palavra e da função, vou usar nos textos "peri" em vez de "piri" (o que não muda em nada o sentido da coisa...)

Série Periguetes. Irrigação não dá apenas fruta, periguete também*



Foto Divulgação (para entender o texto)

É isto mesmo que vocês leram. As periguetes invadiram a Fenagri 2012, assim como em 2011, 2010, 2009 e 2008...

A Feira Nacional da Agricultura Irrigada, Fenagri, está na 23ª edição e é considerado o maior evento de fruticultura irrigada da América Latina. Mas faz muito tempo que nem só de irrigação e investimentos nessa área vivem os empresários.

Durante o evento, que neste ano acontece de 23 a 26 de junho, veem empresários de todas as bandas desse país ligados ao agronegócio. Entendam: agronegócio e não prostinegócio.

Mas em função do número de empresários e investidores  da área de fruticultura, o setor de consultoria do entretenimento, (leia-se: cafetão ou cafetina),  muito antes do evento, monta um QG dessa área visando atender a demanda (que é muito grande ) e que vem para a feira, basicamente, para investir no ramo do prostinegócio.

Os consultores de entretenimento, profissionais que agenciam as periguetes ou quengas, trabalham em ritmo acelerado para dá conta da procura por muitos books (apresentados virtualmente) e pré-selecionados com antecedência com direito a deposito bancário e exclusividade.

As quengas passam por triagem rigorosa que inclui avaliação dos apliques de cabelos louros na cabeça, quantidade de silicone aplicada nos seios e no bumbum, lipoaspiração e outras intervenções cirúrgicas. Além de injeção de hormônio masculino testosterona para melhorar o desempenho sexual e delinear parte do corpo, entre outros elementos fundamentais a sua atuação na horizontal, vertical ou qualquer outra posição.

A outra etapa do trabalho é a produção do book. As jovens entre 18 e 30 anos (máximo) vão aos estúdios para serem clicadas por fotógrafos profissionais. São poses pra lá de sensuais fazendo uso inclusive de todos os objetos mais impossíveis de se imaginar numa clicagem fotográfica.

De posse desse material, umas imagens seguem por email, quando agendado anteriormente, outras são impressas e ficam nos hotéis, para facilitar o trabalho e ainda outra parte fica na residência do (a) consultor(a) do entretenimento.

Além disso,  as quengas invadem a feira. Um horror!!! Desfilam num salto alto de 15cm, andam quase caindo dele, usam vestidos de malha colados ao corpo na altura da metade, da metade da coxa. Cores? Aberrantes e estilo oncinha, claro. Um decote que chega até o pensamento, colares enormes, brincos também, um batom tipo “toda nudez será explorada” e um sorriso bem debochado.

Falam alto, bebem de forma ilimitada, abordam empresários daqui e de fora e oferecem cartões. Essa coisa de oferecer cartão não é nova. As periguetes de Brasília fazem isso dentro do Congresso Nacional na frente de todo mundo e de forma institucionalizada.

As periguetes daqui (iguais em todos os lugares) contribuem para diversificar as atividades dentro da Fenagri. Suas ações acontecem nos quatro dias do evento e se tornaram parte da paisagem. E a feira?

Bom, a feira deixou de ter sua predominância no agronegócio e passou a investir no prostinegócio. Pelo menos é o que aparenta.

*O título dessa 1ª matéria da série é de Andressa Fidelis que malha na academia comigo.

Série Brasília Periguete - 1a parte

Série sobre periguetes



Já faz algum tempo que o pessoal da academia de ginástica pede pra eu fazer uma série sobre periguetes e suas nomenclaturas correlatas, tipo, prostituta, profissional do entretenimento ou simplesmente quenga, como diria a minha avó, se viva fosse.

Pois bem. Pra não dizer que este blog só fala de política, especialmente, sobre o deputado Gonzaga Patriota (PSB-PE) que abriu mão de concorrer a prefeitura de Petrolina para virar protetor do jovem político também deputado da mesma legenda, Fernando Bezerra Filho, vou fazer outra série sobre esta temática.

Lembro aos blogueiros que a 1ª série foi em novembro de 2011 e teve como cidade sede Brasília-DF. Em Brasília existe uma tsunami prostitucional digna de fazer inveja aos melhores centros de entretenimento do Recife-PE, Salvador-BA, Fortaleza-CE, São Paulo-SP e Rio de Janeiro - RJ, só pra citar alguns exemplos.

Assim, aos meus colegas da academia e os demais blogautas que acompanham meu blog e comentam no Face ou via email, segue o pedido. 2a série – Periguetes invadem as redes sociais, as nossas casas e a paisagem urbana.

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Comissão da Verdade...Brasil virando democracia



Foto: Roberto Stuckert Filho/PR


"A desinformação não ajuda a apaziguar. A sombra e a mentira não são capazes de promover a concórdia. O Brasil e a nação merecem a verdade. É como se disséssemos que existem filhos sem pais, mortos sem túmulos. Nunca, nunca mesmo pode existir uma voz sem história."

Presidente Dilma Rousseff durante instalação da Comissão da Verdade - 16|05|2012

O que é a Comissão da Verdade?

A Comissão Nacional da Verdade é um grupo formado por sete integrantes que irá "examinar e esclarecer as graves violações de direitos humanos" praticadas entre 1946 e 1988 e redigir um relatório oficial, em um período de dois anos. Entre os objetivos estabelecidos na lei que cria a comissão está o de "identificar e tornar públicos as estruturas, os locais, as instituições e as circunstâncias relacionados à prática de violações de direitos humanos (...) e suas eventuais ramificações nos diversos aparelhos estatais e na sociedade". O foco inicial deve ser os desaparecimentos políticos e eventos da ditadura militar (1964-1985).

Integrantes da Comissão da Verdade (7)
Cláudio Fonteles, Gilson Dipp, José Carlos Dias, João Paulo Cavalcanti Filho, Maria Rita Kehl, Paulo Sérgio Pinheiro e Rosa Maria Cardoso da Cunha.


quinta-feira, 10 de maio de 2012

Prostituição e política em Petrolina (tudo a ver)


Pra não dizer que esse blog só fala de política (especificamente de Gonzaga Patriota), hoje o texto é sobre prostituição, ou melhor, profissional do entretenimento, o que não deixa de ser a mesma coisa que política.

Eis que estou fazendo minha pesquisa básica na internet para produção acadêmica e me deparo com algumas noticias nada acalentadora sobre negócios sexuais.

Olha que não estou falando de Brasília, especificamente, mas das grandes, médias e pequenas cidades, (quase que dizia pequenas empresas...em alguns momentos até são!!!), onde esse tipo de atividade funciona a todo vapor.

Minha avó dizia, que desde que o mundo é mundo que a quenga existe. Quenga é o nome mais simplório para designar as mulheres que “vendem” seus corpos para muitos homens ou outras mulheres por razões diversas.

De acordo com o pai de todos os conhecimentos, o Google, na pagina da grande biblioteca universal, a  Wikipedia, prostituição pode ser definida como a troca consciente de favores sexuais por interesses não sentimentais, afetivos ou de prazer. Apesar de comumente a prostituição consistir numa relação de troca entre sexo e dinheiro, esta não é uma regra.

Podem-se trocar relações sexuais por favorecimento profissional, por bens materiais (incluindo-se o dinheiro), por informação e tantas outras coisas. Em Brasília, o Congresso Nacional é o centro de tudo. Petrolina (PE) também tem uma parte do bolo.

Esta semana na musculação, uma amiga, que malha comigo todos os dias, estava revoltada com uma cena que ela presenciou no final de semana, à noite, num restaurante na orla da cidade. Ela estava acompanhada do seu namorado e uma mulher, estilo piriguete, galinha ou quenga olhava descaradamente para sua mesa.

Dito de outra forma: a quenga comia com os olhos o namorado da minha amiga.

Essa amiga é do estilo que aperta o pescoço, morde, afoga na piscina e depois vai para o cinema com toda classe, claro. Ela percebeu que a tal figura estava “caçando” alguém para fechar a noite. E caçar um cara comprometido parece ser o alvo desse tipo de “profissional da noite”.

Começa um diálogo entre ela e o namorado.

-- Meu amor, acho que aquela perua que tá na mesa da frente tá querendo pegar você.
-- Que perua querida? Fala o namorando olhando discretamente de um lado para o outro, e acalma...
-- Amor, você tá enganada. É impressão sua.

O olhar da quenga não para. A cena se repete várias vezes. Minha amiga, delicadamente, tira a mão do namorado que está sobre a perna dela e se levanta calmamente e diz que vai ao banheiro.Segue em direção à mesa da quenga.

O andar é estonteante (até porque ela é linda, bem desenhada, estava de salto alto e vestida classudamente). Vai pisando firme em direção à mesa com um olhar que solta fogo, como quem diz: “aquele homem que tá na mesa é meu. Ninguém toca!”

Uiiii. Num toque de charme especial vira o ombro e vai para o banheiro. Agarra um lenço na boca, aperta um grito de raiva, de ódio, digamos assim, respira, passa um tempo e sai do banheiro. Dá outro toque de ombro e volta po-de-ro-sa-men-te para sua mesa.

Ao chegar, abraça seu namorado, beija-o discretamente, e tudo parece voltar ao normal. Final da noite? Feliz, feliz...

A quenga? Ora, ora...deve tá arrancando os cabelos (ou os apliques) até hoje...

Ou quem sabe atrás de outra investida. Mas esta, ela não pegou.

Vocês tão pensando que só Brasília tem dessas coisas é?

Não é mesmo deputado Gonzaga?

terça-feira, 8 de maio de 2012

Gonzaga e Fernando Bezerra Coelho: um projeto político para Petrolina?

Foto: Divulgação

Eleições 2012 – o retorno, os mesmos....tudo de novo
08/05/2012

Muitos dizem que este blog vive pegando no pé de Gonzaga Patriota. Mas é impossível não comentar um fato tão inusitado como este: Gonzaga e Fernando Bezerra Coelho, ex-arquiinimigos, sentadinhos, juntinhos, coladinhos um ao outro por amor a um projeto político para Petrolina.

A ideia é juntar as forças, as pessoas, o povo que era de um lado (lideres comunitários, vereadores e outros)  e o bando do outro lado. Tudo agora num quadrado só.

Longe de querer denegrir as boas intenções de ambos os lados (amo esse pleonasmo...), a política é mesmo uma caixinha de surpresa. Ou não é?

Fico a pensar por que será que a gente ainda se espanta com essas mudanças radicais e quase bipolares dos nossos representantes políticos se a história já registrou muitos desses momentos.

Luís Carlos Prestes (1898/1990) é um dos melhores exemplos. Secretário geral do Partido Comunista do Brasil (PCB), em 1935, se dizia paladino da justiça (tipo Gonzaga ); chamado de “Cavaleiro da Esperança” (Gonzaga em 2008) é calorosamente aclamado presidente de honra da  Aliança Nacional Libertadora, (ANL), um movimento de cunho antifascista e anti-imperialista, que congregava tenentes, socialistas e comunistas descontentes com o Governo Vargas.

Prestes amava Olga Benário, revolucionária e companheira dedicada, que tinha como “defeito de nascença” trazer o sangue judeu nas veias. Vargas, que amava de loucura o nazismo de Hitler deporta Olga (grávida) para Alemanha e a entrega nos braços dos nazistas. A criança, Anita Leocádia Prestes, nasceu em uma prisão e foi resgatada pela mãe de Prestes, após intensa campanha internacional e Olga morreu numa câmara de gás no campo de concentração nazista Ravensbrück.

Prestes é preso por 9 anos e quando sai, Getúlio que diz ter mudado e pretendia fazer um governo democrático (1945), desde que todos pensassem igual a ele, chama Prestes para o aconchego. E ele vai. Sobe no palanque de Vargas, não mais como ditador, e o apoia como uma nova representação da política brasileira.

Quer mais? É só procurar os registros na história para achar o apoio dos usineiros ao governador Miguel Arraes de Alencar, (1916/2005), “doutor Arrai” como era conhecido nos grotões desse sertão adentro (avô de Dudu, Eduardo Campos) para eleição na década de 1990. Dudu vai na mesma onda com Jarbas Vasconcelos (ex-governador de PE ).

Inimigos de foice, Eduardo e Jarbas combateram-se nas eleições para governador em 2006 e Dudu ganhou o embate no segundo turno com mais de 60% dos votos válidos contra Mendonça Filho (apoiado por Jarbas).

A raiva de Jarbas? Isso agora vai virar página virada. Jarbas já abriu as portas da sua casa e fez sua famosa feijoada para receber Dudu.

E Lula, que pra ser presidente em 2002 (e continua até os dias atuais) mudou radicalmente seu modo de pensar e agir? Sem comentários no momento.

Isso tudo só pode ser uma síndrome desesperadora do poder. Um vírus que se alastra em todos os políticos desse país. Não é apenas uma epidemia e sim uma pandemia. O blog explica:

Epidemia é uma doença infecciosa e transmissível que ocorre numa comunidade ou região e pode se espalhar rapidamente entre as pessoas de outras regiões, originando um surto epidêmico.

Pandemia é uma epidemia que atinge grandes proporções, podendo se espalhar por um ou mais continentes ou por todo o mundo, causando inúmeras mortes ou destruindo cidades e regiões inteiras.

Na realidade a pandemia política já está em todo o país. Parte do vírus fica aqui também em Petrolina e já atingiu muitos representantes políticos a exemplos de vereadores, deputados, prefeitos e ministro. A doença é contagiosa para quem convive no sistema nada imunizado da política nacional, estadual e municipal.

A cura para esta pandemia é a criação de uma reforma política-eleitoral séria com participação da sociedade, do cidadão, para implantação de um sistema político que possa extirpar, deletar, apagar os atuais protótipos de seres humanos que se dizem representantes do povo e trabalham em prol dos seus interesses.

Só acredito nisso. Só volto a votar depois dessa reforma. Até lá estou justificando meu voto.

Quanto ao então deputado Gonzaga...acho tão bonitinho o contra discurso dele no atual cenário político-eleitoral!! Gonzaga se reinventa..