quinta-feira, 27 de junho de 2013

Resposta Deputado Gonzaga Patriota


Ontem (hoje de madrugada), o deputado Gonzaga Patriota respondeu por email o artigo que postei aqui e no meu Face. Veja o texto no link e resposta abaixo ( VEIO TUDO EM CAIXA ALTA MESMO)

SENHORA TERESA LEONEL, NOS DA MESA DIRETORA DA CÂMARA DOS DEPUTADOS ÍAMOS ADIAR A VOTAÇÃO DA PEC 37, CONFORME ANUNCIADO PELA MÍDIA, PARA QUE DELEGADOS E REPRESENTANTES DO MINISTÉRIO PÚBLICO, ALTERASSEM A REDAÇÃO DA PROPOSTA, INCLUINDO... MANTENDO O MINISTÉRIO PÚBLICO E A SOCIEDADE BRASILEIRA, COMO UM TODO, NAS INVESTIGAÇÕES. MAS, COMO NÃO HOUVE ESSE ENTENDIMENTO ENTRE AS PARTES ENVOLVIDAS, DELEGADOS DE POLÍCIA E MINISTÉRIO PÚBLICO, NOS REUNIMOS COM TODOS OS LÍDERES PARTIDÁRIOS E, ACORDADOS COM ESTES, COLOCAMOS A PEC 37, NA PAUTA DA VOTAÇÃO, SOBRE A RECOMENDAÇÃO DE REJEITÁ-LA.

Deputado GONZAGA PATRIOTA
Presidente da Frente Parlamentar da Polícia Rodoviária Federal

Sendo de madrugada, horário que sempre estou estudando ou revisando atividades acadêmicas, fiz questão de responder o email do "ilustre" deputado e, claro, tudo em Caixa Alta/baixa.

Nobre deputado,

Tenho que reconhecer sua disposição de permanecer no poder e o quanto é necessário provar que o "lado" que o senhor estar é o do povo. Ainda que para muitos a atitude de concordar com a unanimidade pela derrubada da PEC37 possa parecer relevante é sempre bom registrar que a sua intenção não era esta. Pelo menos até a "unanimidade dos partidos" que sempre legislam em causa própria, definir como "certa". E o certo veio, EXATAMENTE, porque houve o levante das ruas.
Se as ruas não tivessem falado, nobre deputado, esta PEC tinha passado. E o senhor, melhor do que eu, que não convivo nas coxias do Congresso, sabe muito bem disso.

Cordialmente,
Teresa Leonel

quarta-feira, 26 de junho de 2013

Gonzaga Patriota muda de lado

Foto: Silvio Stanislaw - Movimento O Vale Acordou | 18.06.13 

Depois vocês dizem que eu pego no pé de Gonzaga Patriota (PSB), mas não tem como não fazer. Impressionante como o deputado muda de opinião rápido demais.

Primeiro ele defende com vigor, “patriotismo” (perdão pelo trocadilho), bravura e segurança que a PEC37 era um avanço para democracia e fundamental para estabelecer limites ao Ministério Público. Uii!!

Depois do reclame da sociedade nas ruas, quando o povo respondeu em letras garrafais, “políticos não nos representam”, Gonzaga muda o discurso e num momento de pura lucidez das ideias nega o que disse e levanta a bandeira: “Ninguém de bom senso poderia continuar defendendo a sua aprovação”.

Não é espantosa a cara de pau de Patriota. A sensação que tenho é que ele pensa que o povo é besta e dotado de uma inocência contínua a ponto de não perceber as reais intenções dos deputados e senadores com a derrubada da PEC37.

As ruas foram tomadas pelos ativistas de 1968 que lutaram por “abaixo a ditadura” nos Anos de chumbo*, por senhores e senhoras que viveram numa geração atuante, por trabalhadores, por jovens universitários, pelos nativos digitais (que já nasceram na época da tecnologia das redes sociais), pelos insatisfeitos com os desmandos, corrupções e ausência de políticas publicas de interesse da sociedade.

A pressão das ruas entrou como eco pelas portas do Congresso e o “povo bravo retumbante” destampou os ouvidos dos tais representantes da sociedade.

O movimento das ruas é a contrapartida da inércia em que vivia a sociedade brasileira nos últimos anos. É o grito calado dentro do abismo que separa o cidadão das representações políticas.

O movimento das ruas pode (espero que sim) fazer uma divisão de tempo: o Brasil de antes da ocupação das ruas e depois da efervescência social.

E como ficam os tais políticos nesse processo? Espero que de fora. De fora das eleições, reeleições, apadrinhamento, conluio, negociatas, fatiamento de cargos, troca de favores, benesses partidárias, Caixa 2, cartões corporativos, auxílios paletó e moradia, avião da FAB, imunidade parlamentar (tradução: impunidade parlamentar) e tudo que estiver associado ao desmando e desvio de função publica.

Espero ansiosa por estas mudanças.
Avança, Brasil!


*Anos de chumbo é a designação do período mais repressivo da ditadura militar no Brasil a partir de 1964, com o Golpe Militar, estendendo-se basicamente do fim de 1968, com a edição do AI-5 em 13 de dezembro daquele ano, até o final do governo Médici, em março de 1974.

Impressionante como eles mudaram de ideia




 Foto: Silvio Stanislaw - Movimento O Vale Acordou | 18.06.13 

Com a derrubada da PEC37 a democracia brasileira acorda hoje, 26/06/13, maior, robusta e com vontade de crescer mais. Isso não tem nada a ver com a "consciência" dos nossos parlamentares. Impressionante como eles mudaram de ideia tão rápido.

O discurso deles de que o ato existiu porque eles são representantes do povo é mentiroso. Eles não legislam em favor do povo e sim dos seus interesses. O que aconteceu simplesmente é que as pessoas ocuparam as ruas e exigiram mudanças.

O movimento das ruas estremeceu o Congresso porque em 2014 tem eleições e eles querem voltar a mamar na teta. Se as pessoas não tivessem ido às ruas a PEC37 tinha passado porque a proposta veio inclusive do próprio PT.

A ideia era calar a boca do Ministério Publico. Vários deputados estão respondendo a processos na justiça em função das investigações do MP. Calar o MP significa manter a impunidade intacta, sem mexida e sem punições.

Este é o resumo da opera.

Precisamos pensar nas próximas etapas: saída de Renan da presidência do Senado, reforma política...

Começamos e não vamos estacionar. Vamos avançar!


terça-feira, 25 de junho de 2013

Plebiscito para uma reforma política cidadã


 Foto: Silvio Stanislaw - Movimento O Vale Acordou | 18.06.13 

A imprensa tem umas coisas interessantes. Faz um piti enorme, muitas vezes ou quase sempre, por nada e, outras vezes, entra no debate equivocado dando vozes a um grupo de jornalistas que mais destroem do que constroem.

Não sou apaixonada pelo PT, muito pelo contrário, e muito menos levanto bandeira partidária (nunca fui associada e pretendo continuar assim), por nenhuma agremiação, mas estou perplexa com a iniciativa da presidenta Dilma.

Ela está levantando a bandeira de uma verdadeira democracia. A agenda positiva está em debate. A proposta é a convocação de um plebiscito para instalar uma Assembleia Constituinte exclusiva para discutir a reforma política.

Até onde li, trata-se de uma convocação cidadã para representação de uma proposta de mudança no sistema político atual que se consolidou fracassado pelo formato e ações realizadas. Para mim é como se Dilma estivesse dizendo o que muitos brasileiros dizem de canto a canto: os políticos não nos representam.

E desde quando fazer plebiscito é matar a Constituinte? É cada uma que aparece nesses conteúdos loucos e tendenciosos que circulam pelas redes e na chamada mídia tradicional!!

Se a reforma política for pensada, arquitetada, montada e confeccionada pelos atuais políticos incompetentes, sem moral, sem honra alguma e que legislam em causa própria, jamais terá representatividade da sociedade.

Eles não permitirão que a sociedade fale. E vou mais longe, eles vão empurrar com a barriga até a imprensa se cansar de colocar o movimento na pauta. Mas as redes sociais, que tiveram e tem papel fundamental nesse processo, vão calar as vozes? De forma alguma...

A sociedade precisa falar que não quer mais estes políticos no poder e que um novo sistema político/eleitoral deve ser formatado para servir unicamente a totalidade dessa sociedade e não apenas uma parcela dela.

Não interessa para mim se Dilma está fazendo isso só agora, depois do movimento das ruas. Não interessa. Ela está tendo a coragem de fazer e pronto.

A presidenta  propôs um pacto nacional em torno de cinco pontos que vêm sendo expostos pelas manifestações de ruas. Além da reforma política, o pacto inclui responsabilidade fiscal, saúde, educação e transporte público. Dilma também defende que seja aprovada uma lei que torne a corrupção um crime hediondo.

Uma pergunta básica está ecoando: não é isso que queremos?

Estou confusa com esse levante jurídico e dos políticos (neles eu não acredito...não me representam). Creio que este é um momento de debate. Vamos aprofundar as questões, trazer à mesa propostas contundentes, dialogar com as diversas instituições representativas de classes e vamos fazer a mudança.

Penso que não devemos colocar as espadas nos palanques que estão sendo montado com tanta antecedência em todas as questões levantadas pela presidenta. Só pelo fato dela ser candidata à reeleição?

E o que dizer de outros políticos que estão pegando carona no movimento para se mostrar do lado do povo? Por que não falaram alguma coisa antes?

Precisamos ter mais cautela em nossas análises e julgamentos. Depois desse movimento, espero com entusiasmo, que o Brasil não seja o mesmo.

quinta-feira, 20 de junho de 2013

Povo nas ruas 2

Nesse processo em que o povo redescobre as ruas* como esfera pública para o debate temos que pensar em 2 fatos novos e revolucionários, especificamente para o Brasil: 

1o O boicote ao partidos políticos dentro do movimento. Tipo assim: a bandeira é de todos, sem COR PARTIDÁRIA, seja ela qual for. Ou seja: vocês políticos não nos representam. 

2o A negação aos altos investimentos na Copa. Ou seja, o Brasil do futebol acordou para  realidade. Está percebendo que existem coisas além da bola e portanto os gastos faraônicos que serão jogados na lata do lixo depois dos eventos poderiam/deveriam ser investidos em outras demandas sociais.

Nunca antes na história dos movimentos sociais no Brasil houve fatos semelhantes a estes. A história não registra. Isso significa que alguma coisa pode mudar (pra melhor)? 


Espero que sim...

* Os vândalos/saqueadores não contam porque eles estão pegando carona para desestruturar o movimento. O objetivo deles é outro.

Povo nas ruas 1

Uma das coisas mais positivas do movimento q ocupa as ruas é a NÃO PERMISSÃO DOS PARTIDOS POLÍTICOS (suas bandeiras/ideologias). O fato, mega novo, inesperado, inusitado do ponto de vista histórico traz luz ao surgimento de uma nova configuração partidária q fará exigir uma REFORMA POLÍTICA CIDADÃ. 

Reforma esta q deve nascer da própria sociedade organizada, sem a "intromissão" dos tais partidos de esquerda ou direita (se é q existem) no sentido de que eles, NENHUM DELES, representa a sociedade. Esse movimento pode (e espero que aconteça) mudar to-tal-men-te o processo eleitoral de 2014. Estou na torcida...odeiooooo político partidário....

segunda-feira, 17 de junho de 2013

Pensando além do ver


Não é apenas a questão do valor da passagem, gente. É muito mais do que isso. 
O resumo da ópera que movimenta este país tem outro significado e não tem cor especifica (ainda bem!). Como estamos sem "luta" de ruas uns 20 e poucos anos, estamos também sem prumo, sem rumo e somos iniciantes nas demandas....no entanto, existe um grito oprimido dentro de nós. Grito este que passa, sobretudo, pelo descaso dos políticos e seus partidos. Eles legislam em causa própria e o povo que se dane.

Mas, como entender suas atitudes se foram vocês que votaram neles e legitimaram este poder? Sim...porque eu estou sem votar faz uns 10 anos. Não confio em nenhum político e muito menos nos partidos...mas estou nas redes apoiando este embrião de movimento que pode gerar mudanças significativas logo mais.


Vamos ocupar as ruas...e as redes também....