quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Um olhar sobre Maita


Sempre que passeio pelas redes sociais, centro meu olhar sobre as fotos dos perfis no Face. Daí entro naquela “noia” de fazer uma análise a partir das minhas percepções. Nos últimos 2 anos percebi, por exemplo, as imagens postadas por Maita Assy

Em alguns momentos foram abstratas, outras figurativas ou monossílabas, umas meio sonhadoras, um tanto quanto circunspectas ou absolutas. Outras pareciam dizer algo dolorido, sofrível, intocável. Algumas imagens ou figuras estavam alegres, pareciam realizadas ou até mesmo fugitivas.

O fato é que os símbolos as figuras ou imagens postadas por Maita em seu perfil tinham um silêncio ensurdecedor. Falavam de modo enigmático, pelas entrelinhas, pelo brilho ou a ausência dele.

Quem conhece Maita sabe do seu silêncio, da sua pausa quando fala, do seu olhar tranquilo, ainda que esteja com uma bomba dentro de si, preparada para explodir a qualquer momento.

Nos últimos dias encontro no perfil de Maita a imagem que está abaixo. Sempre que vejo uma imagem quero entender na minha mente as razões pelas quais o/a fotografo/a fez aquele recorte. Sempre. Gosto de devagar nessa narrativa porque percebo que há uma cumplicidade entre o personagem clicado e o observador.

A imagem atual traz uma leveza da alma, uma luz indicativa, a transparência da água, a serenidade do personagem, um sorriso sutil e uma enorme conquista de liberdade.

Ainda que nada disso tenha sido objeto do recorte fotográfico, vou desenhando uma sensação de bem-estar na qual o objeto (no sentido carinhoso de dizer) se coloca aberto aos novos desafios, as possibilidades e, sobretudo, a vida.

Se tudo que está no entorno não é tão bom assim...que as outras coisas sejam.