terça-feira, 25 de setembro de 2007

O Shalako fechou pra sempre?

Esta pergunta não quer calar. Há pouco mais de 15 dias foi fechada a maior casa de shows eróticos do Norte da Bahia, em Juazeiro, que faz a ponte também com Petrolina-PE, cujo nome Shalako hoje já está conhecido no Brasil. Por uma parte pela exportação de mulheres made-in qualquer lugar do país e atraia muitos negociantes durante a Fenagri, Feira Internacional da Agricultura Irrigada, e por outro lado porque o fechamento do estabelecimento comercial virou notícia nacional.

Considerado um espaço de troca e venda de produtos humanos, o Shalako, funcionando há mais de 20 anos, se consolidou nitidamente pelos freqüentadores urbanos munidos das ferramentas dinheiro e poder, associado a negociatas ilícitas e envolvimento no meio político, empresarial e social.

Longe de querer julgar o fato em si, o fechamento da casa, cujo proprietário João Batista de Freitas, preso em flagrante acusado de manter prostituição no recinto, parece não ter agradado aos muitos freqüentadores da night juazerense e petrolinense.

Afinal, como atender as fantasias libidinosas dos afortunados, avantajados e detentores dos poderes econômico e políticos praticados com ninfetas ainda em fase da puberdade? Como realizar o sonho desses indivíduos que se dizem pais, homens íntegros, decentes e pregam moral e honradez em discursos afiados nas diversas tribunas das duas cidades?

Como ficarão os corações reprimidos dessas criaturas que bancavam fortunas para concretizar suas alucinações doentias?

Diante desta calamidade patológica, resta compreender a exaustão de trabalho que os psicanalistas e terapêuticas terão para atender os lunáticos, pedófilos enrustidos, prostitutos disfarçados de profissionais e que na calada da noite, às escondidas saem da caixa, jogam a toalha e mostram entre quatro paredes (não da sua casa) o que verdadeiramente são: doentes.