segunda-feira, 18 de março de 2013

Escolas estimulam (sem saber ou não) jovens a beber e a entrarem na vida sexual precocemente



Conversando com alguns jovens da Escola Padre Luiz Cassiano, Loteamento Recife, periferia Petrolina, descubro que uma empresa de curso “profissionalizante” (os jovens ficaram receosos em dizer o nome) divulga  em sala de aula a programação dos cursos para jovens e adolescentes. E para atrair a participação dos alunos promove uma “corrida à inscrição”.

Os primeiros 20 alunos que fizeram inscrição durante a semana passada ganharam um ingresso para a festa “ Se for beber me chame”.
É muito importante ressaltar que as turmas que foram convidadas a participar dos cursos e consequentemente do evento estão entre as 8ª/9ª  série do Ensino Fundamental e 1º a 3ª série do Ensino Médio. Portanto, adolescentes/jovens na faixa etária de 15 a 18 anos.

A consequência disso tudo é um monte de “crianças” na expressão mais inocente da palavra, que lotam essas arenas, chamadas de eventos culturais, e são estimuladas a fazerem uso de drogas licitas ou não, como álcool, maconha ou qualquer coisa do gênero, e ainda são instigadas, o tempo todo, a entrarem na vida sexual precocemente.

A responsabilidade pelos atos desses jovens/adolescente é dos pais, claro. Mas a escola tem um papel fundamental nesse processo, assim como a própria sociedade através das esferas públicas como o Conselho Tutelar, Ministério Público e a própria imprensa.

Festas como essa e tantas outras semelhantes acontecem todos os finais de semana em Petrolina e região. Resta saber como lidar com esses movimentos que em nada contribui para uma juventude saudável e uma sociedade melhor, amanhã.