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Eleições 2012 – o retorno, os mesmos....tudo de novo
28.02.2012
Desde que cheguei nesta cidade, fez 8 anos agora em janeiro, tenho tentado entender as razões pelas quais tudo aqui gira em torno da política e porque ela é como é.
Os Coelhos, dos dois lados, estão consolidados no poder desde sempre. Uma oligarquia de fazer inveja a qualquer maranhense da vida. Afinal, a semelhança com esse estado pode até ser uma mera coincidência.
Calma!!! Também não é bem assim. Não dá pra comparar um estado como o Maranhão, atrasado e sem infra-estrutura, com uma cidade como Petrolina. É preciso reconhecer que os Coelhos, as duas bandas, ficaram e estão no poder, mas abriram muitas frentes de desenvolvimento por aqui. Isso é fato e temos que tirar o chapéu.
Como sou estrangeira no pedaço, vim do Recife (a cidade que tem a orla mais linda do NE), nunca fui filiada a partido nenhum e nem quero ser (graças a Deus), como eleitora, lá no Recife, já acreditei em alguns nomes e até votei. Mas, depois do escândalo do Mensalão, nunca mais eu fui a mesma.
Como jornalista e cientista social acompanhei e vi com os meus próprios olhos uma verdadeira guerra de foice ser travada por aqui nas eleições de 2008. Na convenção do PSB, o partido de Dudu (governador Eduardo Campos), a disputa com “facadas” entre Gonzaga Patriota e Odacy Amorim foi digna de um filme de aventura entre mocinho e bandido.
Um exemplo de democracia a ser esquecido. Depois da guerra, Gonzaga vai pro embate eleitoral. Avante Petrolina!!!
Na época, ele elevou seu discurso como nunca antes na história da sua vida política. Ele era o baluarte da verdade, o Lampião dos desvalidos, a opção transformadora que derrubaria a oligarquia dos Coelhos, o ultimo moicano do sertão, a ultima tigela de açaí da academia, a luz no fim da caverna, a ultima cisterna com água do Bioma Caatinga, a referencia política da renovação para uma Petrolina melhor.
Isso tudo era Gonzaga Patriota em 2008. Era.
Hoje, “com os pés no chão”, ele reconhece publicamente que não tem abastança eleitoral para disputar o pleito de 2012. E que Fernandinho Filho agrega maior número de eleitores e é a melhor opção para um projeto político em Petrolina.
A proposta é sair da pista asfaltada e ir para o acostamento. Abrir espaço para Fernandinho Filho consolidar o tão sonhado, desejado e utópico socialismo por aqui. (Petrolina seria a primeira cidade a ter esse tipo de sistema.)
Gonzaga se reinventa. Surpreende. (?)
Nessa altura do campeonato, quase 45 min do segundo tempo, algumas perguntas pairam no ar. Perguntas que martelam a cabeça dos petrolinenses que estão atordoados com tudo isso.
1) O que faz um político construir coligações com antigos arquiinimigos?
2) O que Gonzaga está ganhando para sair da disputa?
2) Que tipo de honraria foi concebido a ele para que abrisse mão da sua candidatura?
Estamos todos curiosos para saber as respostas.
Ps. Veja a íntegra da carta de Gonzaga Patriota explicando as razões pelas quais não disputa as eleições/2012 no Blog de Carlos Britto.
