Arte postada no Facebook de Bráulio Wanderley
Eu em plena praia desfrutando um mar cheio de arrecifes, um sol maravilhoso e uma água morna de causar inveja a qualquer sulista da vida... Laiza ligando, ligando, passando torpedos e tudo mais.
Uma das vezes conversamos um bom tempo no celular sobre o seu tema preferido: política. A pauta? Os rumos das eleições no Recife, em Petrolina e em Juazeiro-BA, sobretudo depois dos escândalos envolvendo o ministro da Integração, Fernando Bezerra Coelho, até então...intocável...
Enquanto a mídia se delicia com muito disse-me-disse, um ti-ti-ti medonho sobre isto ou aquilo, desvio de dinheiro, apadrinhamento, guerra pra derrubar Dudu e tantas outras questões, o então ministro FBC continua na pasta e o seu baú está aberto com as memoráveis práticas ilícitas ou não que estão vindo a público pouco a pouco.
Com tanta coisa acontecendo nesta região ainda tem o meu amigo e colega de profissão, o professor Bráulio Wanderley, que exalta uma paixão inexplicável pela estrela vermelha do PT, que jura ter uma esquerda política estabelecida neste país e que quando não me chama de “companheira” (odeio quando ele faz isso!!!) me chama de “camarada” (não sei qual é o pior!!!), tá levantando uma bandeira de candidatura própria do PT para Petrolina-PE.
Bráulio, que tem na relação de amigos de berçário no Facebook o então ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, está sempre defendendo e jurando por nossa Senhora das Verdades que o PT é a melhor opção para o país. Logo, para Petrolina também, claro!
É importante ressaltar que numa democracia capenga como a nossa essa coisa de partido A ou B, bandeira azul ou vermelha, pessoas que fazem parte de um grupo depois passa pra outro, nada disso é relevante na hora de compor uma frente de governabilidade. (Ufa! Como sofro...)
Nessa altura do campeonato (o jogo ainda tá no final do 1º tempo), Laiza quer que eu explique como é que os políticos (daqui da região, vamos dizer assim) ficam ricos da noite para o dia, compram carros importados, casas com arquiteturas faraônicas, posto de gasolina, montam franquias, rádios e TVs e fazem um discurso que “tudo isso vem com o suor do trabalho”.
Como posso explicar tal fenômeno? Ora, ora...logo eu? O que posso dizer é que desde que cheguei nesta terra há 7 anos, onde todos dizem ser a “Califórnia brasileira”, tudo que consegui como jornalista e professora (ensinando em 2 universidades) foi comprar um Gol bola, ano 1998, cor vinho “queimado” com 2 portas, ar-condicionado, direção hidráulica e que chamo toda orgulhosa de “meu importado”.
Pra completar o cenário, meu filho de 20 anos, pegou o bichinho, rebaixou, colocou rodão, aro 18, que quando você anda balança mais que popozuda em baile fank e um som, tipo aquele bem brega, que me faz passar vergonha quando chego à universidade. Os alunos ainda dizem:
--- E aí, professora...gostei da máquina! Tá pegando pesado...
Por essas e outras, Laiza, não me peça para explicar um processo político-social tão complexo como o nosso.
Afinal, com o meu salário de “operaria educacional”, pagando os meus impostos em dia, sem indicação política para cargos e acordos, sem vender a alma para o diabo em troca de poder, sem me tornar midiática nem aparecer nos BBBs ou nas Fazendas da vida não tenho condições de explicar as razões pelas quais o sistema político eleitoral desse país realimenta o conceito de corrupção e ladroagem dos nossos representantes.
O que posso sugerir, por exemplo, é estimular uma campanha via rede social para se fazer de fato e de direito uma reforma política séria neste Brasil. Extirpar todos os políticos corruptos (não vai sobrar um...) e consolidar a democracia na sua essência e conceito.
Só assim poderemos ter um novo olhar sobre a realidade.
Topa entrar nessa comigo?
(A gente chama Junior pra fazer muita zoada, chama Bráulio...que vai chamar o ministro da justiça, já que são amigos intra-uterino... kkkkk)
