terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Ser político é a melhor profissão


Praticamente em todos os eventos da área de recursos humanos podemos ouvir de especialistas a nobre frase “o trabalho edifica o homem”.

A exceção fica por conta da profissão político. O processo de montagem, produção, estratégia, desenho e arquitetura da função político são por demais semelhantes às artimanhas do sistema nazista.

Depois de construir caminhos para chegar ao poder, o profissional político veste a imagem porta voz da sociedade e, portanto capaz de se auto intitular merecedor de aumentos salariais exorbitantes, um maior número de assessores que contribuam com novas estratégias nazistas para roubar o povo sem que esse povo pense que está sendo lesado.

Exageros à parte, os políticos fazem parte de uma corja emaranhada entre si que desfrutam das benesses adquiridas sejam nos governos totalitários ou democráticos como o nosso.

Compreende-se que numa sociedade democrática (felizmente ou infelizmente) não há processo de mudança em sua estrutura sem que se passe pelo contexto político.

Porém, parece ser complicado e difícil de engolir a forma e o modo como são construídas as gestões públicas em termos administrativo, econômico e mesmo político num país como o nosso.

Ao produzir representantes corruptos na ponta do sistema em nível federal vai sendo perpetuado, em efeito cascata ou dominó, novos aprendizes desse conceito para as instancias estadual e municipal.

As especializações dos nossos políticos em termos de conhecimento contribuem para que os mesmos sejam referencias internacionais em várias áreas: administração de verbas não declaradas (vulgo caixa 2), captação ilícita de sufrágio (compra de votos), nepotismo disfarçado (emprego para parentes em gabinetes de outros colegas parlamentares); negociatas em torno de votação de emendas parlamentares, acomodação de políticos não eleitos em cargos de assessoria, abertura de empresa "laranja" para conduzir as novas verbas, trafego de influência, verbas publicitárias suntuosas para “cala boca” de imprensa e ações midiaticas, importantes para que os políticos não percam de vista o alvo: as eleições.

Em se tratando de uma profissão tão promissora, não é de se espantar que filhos e netos das chamadas raposas políticas tenham tanto interesse por este oficio.

Afinal, desempenhar todas essas especializações e continuar na impunidade... não poderia existir profissão melhor para quem deseja trilhar este caminho e se tornar mestre e doutor em “ciências das falcatruas”.

Inscrições abertas para 2010.