segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Brincando com o dinheiro do povo

Parece natural que políticos e lobistas façam reuniões semanais para arquitetarem como conseguir mais verbas para bancar campanhas eleitorais e ajustar débitos com os pares na hora de aprovar emendas no Congresso.

Tudo leva ao entendimento dos roedores de carteirinha que o dinheiro que entra nos cofres públicos é de todos. O governo estimula a não sonegação de impostos e trabalha na calada da noite para administrar as diversas quantias que entram para o bolso de uns e dividendos para o bolso de outros.

Fiscalizar gastos de governos não é uma tarefa difícil. Afinal, os sites Transparência Brasil , Congresso em Foco estão aí fazendo o seu papel. As diversas formas de cobrar maior clareza das contas públicas estão funcionando de forma até eficiente.

Não estamos falando, necessariamente dos gastos de um governo ou de outro. Até porque a diferença ou a forma como o dinheiro é desviado e aplicado muda apenas de figurantes. O sentido e o propósito são o mesmo.

O pior desfecho dessa falcatrua não é saber especificamente que o montante mais representativo desse desvio está se dando no governo do PT e sim ter consciência como cidadão e participante desta sociedade que a impunidade sobre esses larápios vai reinar de forma absoluta.

É exatamente essa impunidade, o nada acontece, tudo termina em pizza, quem tem dinheiro e poder não é preso... que faz esses expects da roubalheira continuar. Não desistir nunca. Não ter medo de ser apanhado com a mão na botija.

Portanto, que tal olharmos para o futuro tão próximo imaginando que nós, enquanto eleitor, podemos limpar essa carniça institucional chamada vulgarmente de classe política, a partir do nosso voto.

A mudança começa com uma atitude. O voto parece ser um dos caminhos.