sexta-feira, 22 de junho de 2012

Odacy Amorim:melhor sozinho que mal acompanhado?

Odacy Amorim
Foto: Divulgação

O candidato a prefeito pelo PT, Odacy Amorim (se é que ele vai mesmo disputar a eleição como cabeça de chapa), está sozinho, desamparado e sem apadrinhamento.

Tirando a deputada estadual, Izabel Cristina, e a vereadora, Cristina Costa, ambas do PT nada de novo entra na sala do partido para apoiar e subir no palanque do tão isolado candidato, Odacy Amorim.

A migração do PP local (partido do Maluf) para as bandas do PSB, apoiando de forma irrestrita o candidato Fernando Bezerra Filho, deveria ser um alivio importante se o PT ainda tivesse a tão desejada moral ética verbalizada durante seus 30 anos de existência e que se perdeu nas sarjetas da política nacional, protagonizada pela maior referencia do partido, o ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva, e o coadjuvante, José Dirceu.

Longe de querer fazer qualquer indicação do desfecho da disputa eleitoral de Odacy, quando Cristina Costa diz que “não vamos baixar a cabeça para o PSB de jeito nenhum. Se essa estratégia de isolar (o PT) é a forma que eles têm para que apoiemos a candidatura de Fernando Filho, estamos cada vez mais nos distanciando de Fernando Filho”, ela manda um recado.

Outras possibilidades podem ocorrer? Quem sabe!

Afinal, desde que a nossa democracia (muito nova para se considerar consistente), instituiu no sistema eleitoral a chamada coligação entre partidos que são primos, parentes distantes ou arqui-inimigos, nenhum candidato conseguiu se eleger sozinho. “É preciso unir forças para uma melhor governabilidade”, é o que todos dizem.

Dito de outra forma: é preciso dividir o bolo, trocar favores e receber benesses entre alguns que comungam da mesma negociata.  E o povo? Só existe e é importante na hora de votar.

Vale ressaltar que a crise do poder instalada dentro do PT não é apenas em nível local, resumindo-se as cidades de Juazeiro/BA e Petrolina/PE. Os conflitos passam ainda por Recife/PE, Fortaleza/CE e São Paulo/SP, só pra citar algumas...

A crise no PT é maior do que os nossos olhos podem alcançar. Está nas entranhas, no submundo do domínio das relações.

Com essa desorganização legitimada não só do PT, mas de todos os partidos, possivelmente, uma nova paisagem política-eleitoral venha a assumir a direção desse barco (eleição) que até então está à deriva.

Muita água ainda vai rolar...a tsunami vai desembocar em 2014.