quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Renan Calheiros: o retorno

Foto: Eduardo Nicolau /Dida Sampaio/Felipe Barra - AE


Voltando a história de que todo político é corrupto... claro que tem as exceções (o difícil é achar...), o então ex-quase-cassado senador Renan Calheiros (PMDB) continua com a bola toda.

Se valendo que o povo brasileiro tem a memória curta (a imprensa tem que continuar fazendo seu papel de fiscalizador e ouvidor) o então aprendiz de Don Juan está trabalhando nos bastidores para voltar aos holofotes midiáticos.

Cheio de cartas na manga, Renan conversa e conversa com seus pares e inimigos de carteirinha para mostrar o poder que ainda tem mesmo no ostracismo da grande imprensa.

Quem não se lembra que no final de 2007 os olhos marejados de Calheiros quase revelava sua tristeza ao renunciar à presidência do Senado em troca da manutenção do seu mandato?

Em 2008 foi o ano do silêncio, ou melhor, das negociatas. Renan deve voltar no próximo mês (fevereiro/2009) como líder da bancada do PMDB no Senado.

Ah!... É sempre bom lembrar que o PMDB é aquele partido que não tem posição, nem ideologia e que está em todos os governos de esquerda ou direita (se é que ainda existe isso aqui no Brasil!!!).

No momento é tudo que Renan mais quer. Voltar a ser procurado como fonte e resgatar a tão perdida dignidade (ele já teve alguma vez??) que nem mesmo sua agressiva aparência consegue suplantar.

Voltando a questão da corrupção, vamos entender ou pelo menos maquiar o modo como vemos os nossos políticos.

Afinal, o que tanto sabe Renan que o deixa numa situação privilegiada?

Além dos desvios de verbas, ausência de moral e decência, apadrinhamentos e outras mazelas já expostas na mídia, o que ainda falta para ser desvendado?

Com a resposta Renan Calheiros.

O homem/político que teve uma amante (Mônica Veloso) que abalou a República, o Congresso, levou a Casa a bancarrota e ainda assim não caiu.

Ficou de pé e colocou um monte de gente (comprometida) em suas mãos.

Parece que isso se chama poder.