terça-feira, 11 de novembro de 2008

A caixa preta da prefeitura de Juazeiro


Depois de uma eleição, e neste caso estamos falando do município, é muito natural (pelo menos deveria ser) o processo de transição entre o ainda atual prefeito e o novo que vai sentar na cadeira a partir de janeiro.

Em Juazeiro/BA, parece que as coisas não são tão naturais assim. Aliás, não é um privilegio só de Juazeiro, mas Jaboatão dos Guararapes (juntinho do Recife/PE) tem um processo de transição pra lá de conturbado e, diga-se de passagem, muito pior do que a cidade vizinha a Petrolina.

E por que uma transição tem que ser tão complicada? O que existe de tão importante na “caixa preta” da prefeitura?

Imaginemos quando mudamos de casa. Fazemos uma geral em tudo e jogamos no lixo (às vezes) uma série de coisas que vão amontoando com o tempo e a gente não se dá conta do quanto isso cresce em volume.

É mais ou menos por aí que uma prefeitura em final de gestão faz. Agora, o difícil é fazer isso tudo e passar informações preciosas que estão guardadas a sete chaves mas que devem ser reveladas independentemente do partido que vai assumir.

Xiiiiii...aí é onde mora o problema. Afinal, lembrando novamente da nossa mudança de casa, temos tantas coisas guardadas que não queremos expor. Coisas que são nossas e devem ficar bem escondidinhas. No entanto, em se tratando de uma prefeitura não podemos pensar da mesma forma.

As gavetas devem ser esvaziadas dos guardados a sete chaves. Tudo tem mais é que ser exposto, apresentado, conhecido, revelado...
Como uma nova gestão pode começar a planejar em médio e longo prazo sem o conhecimento dessas informações?

Vale ressaltar algo interessante. Tudo, absolutamente tudo que faz mover uma gestão municipal deve ser de conhecimento público.

Isso porque até onde sabemos, elegemos pessoas para gerir a coisa pública, aquilo que pertence de direito ao povo, uma vez que é este mesmo povo que paga os salários dos gestores.

Já que vamos pagar a fatura é mais do que justo cobrarmos o extrato.