segunda-feira, 8 de setembro de 2008

A imagem dos nossos políticos - Parte 2


Desgastada, sem credibilidade, objeto de desprezo, antipatia, raiva, impunidade, nojo, corrupção, demagogia...

Estas são algumas das características atreladas a imagem dos políticos brasileiros que inviabilizam a aceitação da campanha eleitoral. Junto a esse grupo de adjetivos, nada exaltador, está o modo pelo qual o candidato (a) se apresenta diante da câmara, nos folhetos, “santinhos” e nos cartazetes que emporcalham as esquinas, ruas e praças da cidade.

E pra não deixar de citar o fato sem exemplos, vamos a um bem pitoresco. O Monumento da Integração, que simboliza os bairros de Petrolina no seu processo de crescimento, em função da formatação arquitetônica é chamado popularmente de “Monumento da besteira”.

Hoje (período eleitoral agosto/setembro/2008), com a proliferação dos cartazetes dos candidatos espalhados ao redor do símbolo, seu nome foi transformado em “Monumento das besteiras”.

É natural e aceitável que a imprensa, a comunidade, o eleitor tratem a temática da eleição com humor criativo e sarcástico quando o assunto é a escolha de um representante político.
Historicamente, o Brasil sempre navegou pelas áreas da tragédia e comedia, desde a chegada dos portugueses a nossa terra, quando se trata de candidatos/políticos e campanhas eleitorais.
O preocupante nisso tudo é que são essas pessoas, uma parte delas, que serão validadas nas urnas e farão parte do processo administrativo da cidade. Algumas dessas pessoas, folclóricas ou não, estarão representando uma sociedade diante de um poder constituído legalmente.

Embora possamos gostar e nos divertir com o único momento de humor da TV brasileira, o horário do guia eleitoral dos vereadores, é preciso compreender que estamos legitimando figuras emblemáticas a participarem de um circo folclórico que nem de longe lembra o sentido real de ser de uma câmara de vereadores.

O pior nisso tudo é saber que essa classe de políticos construiu e derrubou a verdadeira imagem do representante do povo.

E agora, o que fazer?