quarta-feira, 4 de junho de 2008

Paulinho da Força já foi do povo

Foto: José Cruz Abr

Armação, perseguição política, mídia golpista e tantas outras definições são os argumentos apresentados pelos políticos que estão envolvidos em fraudes, desvio de dinheiro público ou negociatas em beneficio próprio ou de companheiros de longas datas.

O mais assustador disso tudo é novamente, nós brasileiros, eleitores, depararmos com quase nenhuma possibilidade de escolha entre os atuais candidatos ou os que pregam ser “a nova alternativa”.

Quem antes dividia um discurso entre o combate a corrupção e transformação da sociedade como é o caso do deputado, sindicalista Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força (PDT-SP), hoje está numa outra plataforma. Encrencado até o pescoço com envolvimento em fraudes no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Paulinho nega tudo e ainda diz que está sendo vitima de perseguições.

Os lados são trocados. Diante do envolvimento do sindicalista nessa falcatrua, o atual baluarte da verdade, o deputado Inocêncio Oliveira prega a ética e decência e espalha o seu discurso na mídia como quem está horrorizado com tudo isso que está acontecendo. Diz ainda que, diante da gravidade das denúncias, o melhor caminho é o conselho de ética. Essa retórica é de Inocêncio Oliveira.... é espantoso.

Perdermos nossas referências políticas e o discurso saiu de uma boca para outra. De onde jamais os brasileiros poderiam imaginar que sairia. A direita virou esquerda e a esquerda assumiu o poder e se perdeu no caminho. Realmente perdemos nosso inimigo comum. Afinal, contra quem mesmo estamos combatendo?
Estamos sem referencias sindicais, associativas, ONGs... os movimentos sindicais estão calados, fechados. Quem são os nossos representantes?

Esse debate tem que ser provocado nas academias, nas associações e na imprensa para que possamos transformar este cenário mórbido de políticos corruptos em uma outra realidade brasileira.

Merecemos essa mudança.