Alguma coisa não bate muito bem entre o discurso da Compensa de Petrolina em relação a qualidade da água e a sua distribuição e o reclame das comunidades que vivem no entorno da cidade e até mesmo em bairros ditos privilegiados.
E o que tem a água de Petrolina? Cor meio amarela, cheiro duvidoso e ainda assim escassez do produto. Esse é o diagnóstico de uma cidade que vive as margens plácidas do rio São Francisco e convive diariamente com a ausência da água nas residências e quando a tem sofre também pela qualidade que a mesma, na aparência, não tem.
Longe de querer analisar as questões técnicas e de controle sanitário em relação ao produto, o consumidor vive um dilema quase que sem solução.
Reclama à instituição pela ausência da água, mostra que a mesma em muitos locais chega a estar com gosto salobro ou aparentando um excesso de cloro, pede explicações plausíveis e que seja apresentada de forma clara, e quando muito a empresa vai aos meios de comunicação responder os reclames e dizer que as providencias estão, sempre, sendo tomadas.
Para completar o quadro clínico, o consumidor pode até ficar sem o produto nas torneiras da sua casa, agora se deixar de pagar a conta no final do mês, até mesmo as poucas gostas água que vez ou outra ele recebe, serão cortadas, claro.
E falando em Compesa, parece que o serviço que a mesma vem fazendo atrás da Codevasf, que já se arrasta por meses, está mesmo andando a passos de tartaruga em companhia de uma preguiça. O transtorno deste trabalho, numa avenida sempre muito movimentada, onde vários acidentes graves já aconteceram, parece também não chega a incomodar os dirigentes da instituição.
Afinal, quando o problema não está ou não faz parte da nossa realidade por que a gente tem que se preocupar, não é mesmo?