sexta-feira, 17 de agosto de 2007

Os homens do presidente: Ali Babá e os 40 ladrões. Parte 2

Alguns dos nomes citados acima, construíram um partido, um ideal e pregaram a decência, honestidade, lisura, compromisso com as ações sociais. Por um longo período foram baluartes da verdade. Impulsionaram bandeiras nas ruas com frases de ordem tipo “abaixo a corrupção”, “quero um Brasil decente”; “ fora FHC”, “Lula é a melhor opção”, “o povo unido jamais será vencido”, “ o PT é a solução” e tantas outras.

Alguns desses homens costuravam fora dos holofotes da grande mídia e tinham empresas publicitárias que praticavam condutas criminosas em parcerias com agentes públicos. Pousaram-se de articulador, negociador, planejador e tantas outras atribuições. Algumas dessas pessoas foram ícones do maquiavelismo digno de inveja a tantos estudiosos do caso. Todos, de uma forma ou de outra, passaram pelas mesas, campinhos de futebol e salas especiais da presidência.

A mídia não pode deixar adormecida esta triste história brasileira, onde boa parte dessas pessoas foi, num passado não muito longe, as referências ideológicas e partidárias do socialismo.

Hoje, elas são lembradas como uma mancha encardida, uma nódoa que jamais pode ser retirada e com isso, enfraquecendo a imagem do ideário de um governo que foi construído durante décadas visando uma verdadeira redemocratização do país.

Nostalgia à parte, cabe a grande imprensa cumprir seu papel de trazer a memória do cidadão leitor (eleitor) estes nomes que representam uma profunda desilusão da prática do exercício da cidadania no Brasil para que não caia no esquecimento e na impunidade da chamada justiça do colarinho branco.