quarta-feira, 29 de agosto de 2007

Dispara criação de cargos de confiança no governo

Blog de Josias de Souza - Folha São Paulo

Ao deixar o Planalto, em janeiro de 2003, FHC legou a Lula um lote de 19.943 cargos de confiança. São empregos públicos que os governantes de plantão entregam aos seus cupinchas, sem concurso público. Sob a gestão petista, o número de cabides políticos aumentou para 22.345 –são 2.402 cargos a mais, um acréscimo de 12%.
Neste início de segundo reinado, Lula pôs-se a criar novas “boquinhas” em ritmo frenético. Agora, criam-se cargos comissionados em quantidade média 7,6 vezes maior do que no primeiro mandato. Desde janeiro de 2007, abriram-se 1.258 novos cargos ditos “de confiança”.

O número médio mensal de novos “cabides” saltou de 23,8 no primeiro reinado para 179,7 (!!!) entre janeiro e julho deste ano. Os dados constam de documento oficial do Ministério do Planejamento. Foram veiculados pelo repórter Fábio Zaninni. Vieram à luz graças a um requerimento de informações do líder do PPS na Câmara, Fernando Coruja (SC).

Os números dão forma concreta àquilo que se convencionou chamar de “aparelhamento do Estado”. Só o PT logrou pendurar nos mais de 20 mil cabides da engrenagem federal cerca de 5.000 mil paletós. Parte dos salários desses apaniguados migra para as arcas do partido, na forma de dízimos.

Não por acaso, a receita do PT com os óbolos dos filiados foi tonificada em 545% na primeira gestão de Lula. Só em 2006, pingaram nos cofres do partido R$ 2,88 milhões. Quem paga o salário-companheiro é você, caro contribuinte. Portanto, ainda que indiretamente, você vem ajudando o PT a liquidar as dívidas contraídas na tesouraria valeriana de Delúbio Soares.