sexta-feira, 29 de junho de 2007

O cenário de Petrolina para 2008

Recebi este artigo do amigo Bráulio Wanderley (http://historiavermelha.zip.net), professor, historiador, geógrafo, dirigente do Sindicato dos Professores de PE e militante do PT-PE. Como já falei antes, Bráulio é petista rooooxxxxxooo, mas tem um discurso, pasmem bem menos extremista dos que seus pares. O texto dele fala do cenário político de Petrolina para 2008. E é quente... vale a pena conferir.

Confuso o perfil eleitoral para as eleições locais do próximo ano. A reforma política, se sair, será válida para o pleito ou só em 2010? Isso pode ser respondido mediante à legislação eleitoral cujas regras só podem ser alteradas antes de um ano da eleição. Ou seja, se o congresso nacional não aprovar a reforma até o fim de setembro, as possíveis alterações só valerão para as eleições presidenciais.

Quanto às opções dos petrolinenses, seguem embates internos e indefinições. Odacir Amorim ou Gonzaga Patriota (ambos do PSB), quem será escolhido pela convenção municipal? Gonzaga, aparentemente, possui maioria e é presidente da legenda no município. O prefeito, não obstante, com o apoio dos Coelho, conseguiu diversas manifestações favoráveis à sua reeleição pelo diretório estadual com o argumento de que é uma gestão do PSB e que deve ser reafirmada. Vale lembrar que a chapa Fernando B. Coelho e Odacir Amorim era do PPS na última campanha e estava atrelada ao então governador Jarbas Vasconcelos (PMDB).

No PT, ao que indica, a candidatura da deputada Isabel Cristina vai aos poucos se cristalizando, principalmente pela sua gestão na Codevasf (2003-2006) e a manutenção do seu superintendente Reginaldo Muniz frente a grande campanha dos Coelho para retomar este estratégico órgão federal. Falta à deputada ser mais presente no município e atender ao celular, reclamação constante de aliados e da imprensa.

Um cenário duvidoso é em relação ao vereador Quirino (PCdoB). Quirino foi o vereador mais votado da história de Petrolina com mais de 3000 votos, saiu do PSB após o retorno dos Coelho, abençoado pelo atual governador Eduardo Campos e sob o silêncio de Patriota. O vereador Quirino está, porém, isolado na legenda após o seu apoio à dobradinha feita entre ele e Carlos Wilson (PT) para deputados estaduais e federais, respectivamente, desgostando o PCdoB que esperava o apoio do vereador ao seu único candidato a federal Renildo Calheiros. Quirino pagou o preço de ser vetado nos guias eleitorais do partido e está em stand by sobre seu futuro: PT, PDT ou PTB? No PT teria que disputar com a deputada Isabel Cristina, no PDT com Gonzaga Patriota (a legenda está sob o controle do mano Geralvinho e é uma alternativa do deputado caso ele saia do PSB). Já o PTB de Armando Monteiro garantiria a Quirino uma boa estrutura de campanha, mas seria estranho vê-lo numa sigla sem referência ideológica e com a companhia de um Coelho, o deputado estadual Geraldo, rompido com o ex-deputado Osvaldo.

No campo conservador, especula-se pela enésima vez a possibilidade da empresária Patrícia Coelho estrear na política pelo DEM (ex-PFL). É ver pra crer. Quiçá Osvaldo Coelho não tente novamente uma empreitada como prefeiturável, tendo em vista que mesmo não sido reeleito, teve um espólio de 74.000 votos, sendo mais de 30.000 em Petrolina.

Outras opções menores, mas passíveis de alianças e acordos são os vereadores Paulo Afonso (PPS) e Ruy Wanderley (PSL). Além de terem votos em Rajada e dos evangélicos, respectivamente, suas legendas computariam alguns minutos a mais nos guias do rádio e da televisão, além de compor uma chapa de vereadores que possam servir de “calda” para os postulantes a renovação ou conquista de mandatos edis.