sexta-feira, 31 de agosto de 2007
A lama para os senadores
A lama é escura,
Esconde as impurezas, os vermes e bactérias.
A lama, em estado de putrefação, encobre suas mazelas
Espalha um veneno e faz adestramento dos vermicidas.
Na lama se deixa mostrar o que pode.
A lama é nojenta, asquerosa, odiosa e má
Porque ela guarda a sujeira no meio de toda lameira
Onde os vermes comem vermes e o que é podre sempre fede.
O desespero toma conta de todos que não estão na lama.
O medo toma conta de quem na lama pode entrar
O porco que vai a lama gosta dela e quer ficar.
O boi que está na lama vai andar e aprovar
Todos que estão na lama nela mesma vão afundar.
Corre-corre senadores que lá vem a lama pegar
Corre-corre senadores que ainda têm algo pra falar
Corram rápido e bem veloz pra lama não alcançar
Se de repente vocês caírem a lama é quem vai ganhar.
quarta-feira, 29 de agosto de 2007
Como votam os nossos senadores?
Diz o seguinte: “É inadmissível que as decisões sobre o caso Renan Calheiros sejam decididas por voto secreto, seja na Comissão de Ética, seja no Plenário. Qualquer que seja o resultado, o país tem o direito de saber como votam os senadores”. Que enviar um e-mail coletivo? Então pressione aqui.
Por que a "elite" quer derrubar José Dirceu?
José Dirceu diz ser vítima de “uma disputa política” (que disputa???) onde alguns mafiosos que também fazem ou estiveram no poder tinham interesses de derrubá-lo, literalmente, do cavalo e tomar a espada que comanda a ala de frente do Governo Lula. Isso tudo parece ter sua origem desde que ele assumiu a Casa Civil do governo.
No texto que veiculou no seu blog, http://www.zedirceu.com.br/, Dirceu explica que todo esse jogo tem um alvo: o projeto político do PT e do presidente Lula. Atrelado a esta defesa, o então ex-ministro de Lula deposita toda essa “armação” a classe dominante, quer seja chamada de burguesia ou de elite, e a grande mídia, que em tempos modernos foi parceira, companheira e amiga da chamada esquerda deste país.
O discurso parece ser enfático e nos remete uma reflexão imagética. A mídia está sempre em cena, em atuação. Muitas vezes como protagonista da ação outras vezes a reboque do conteúdo e das informações repassadas por determinados grupos de interesses.
Pelo sim, pelo não, resta discutir a relação promiscua ou não da grande imprensa com o poder e sua base sustentadora. Muitas vezes em prol dessas vertentes a mídia vai para um viés distante do seu propósito quer seja esclarecer e informar a sociedade e passa a ser elemento usurpador dessa informação.
A mídia também tem que ser passada a limpo.
Pelo mal ou pelo bem que a grande imprensa possa fazer é preciso separar de forma categórica a sua real função em benefício de um conjunto, a maioria da sociedade, para que amanhã esta mesma mídia não faça parte do banco de réus dos diversos escândalos construídos por classes de políticos ou quadrilhas disfarçadas de bons samaritanos e instituições falidas e sem representações honrosas, como é o caso do Senado Nacional, que nem de longe se mostram praticar a verdadeira democracia neste país.
Dispara criação de cargos de confiança no governo
Ao deixar o Planalto, em janeiro de 2003, FHC legou a Lula um lote de 19.943 cargos de confiança. São empregos públicos que os governantes de plantão entregam aos seus cupinchas, sem concurso público. Sob a gestão petista, o número de cabides políticos aumentou para 22.345 –são 2.402 cargos a mais, um acréscimo de 12%.
Neste início de segundo reinado, Lula pôs-se a criar novas “boquinhas” em ritmo frenético. Agora, criam-se cargos comissionados em quantidade média 7,6 vezes maior do que no primeiro mandato. Desde janeiro de 2007, abriram-se 1.258 novos cargos ditos “de confiança”.
O número médio mensal de novos “cabides” saltou de 23,8 no primeiro reinado para 179,7 (!!!) entre janeiro e julho deste ano. Os dados constam de documento oficial do Ministério do Planejamento. Foram veiculados pelo repórter Fábio Zaninni. Vieram à luz graças a um requerimento de informações do líder do PPS na Câmara, Fernando Coruja (SC).
Os números dão forma concreta àquilo que se convencionou chamar de “aparelhamento do Estado”. Só o PT logrou pendurar nos mais de 20 mil cabides da engrenagem federal cerca de 5.000 mil paletós. Parte dos salários desses apaniguados migra para as arcas do partido, na forma de dízimos.
Não por acaso, a receita do PT com os óbolos dos filiados foi tonificada em 545% na primeira gestão de Lula. Só em 2006, pingaram nos cofres do partido R$ 2,88 milhões. Quem paga o salário-companheiro é você, caro contribuinte. Portanto, ainda que indiretamente, você vem ajudando o PT a liquidar as dívidas contraídas na tesouraria valeriana de Delúbio Soares.
terça-feira, 28 de agosto de 2007
Quem é José Dirceu para Lula?
José Dirceu é o elemento chave de um quebra-cabeça com muitas peças ainda a serem encaixadas. A significação da representação deste homem para o governo Lula é digna de um estudo psicopatológico que nem Lacan chegaria tão perto da compreensão.
Verdadeiramente o Brasil tem formado grandes personagens a serem estudados pelas Ciências Humanas e Sociais. Qualquer semelhança entre José Dirceu, superintendente de uma gang de paletós almofadinhas com gravatas vermelhas e lapela de estrela e o “engenheiro intelectual” do trafego de drogas, assassino sanguinolento e líder do Primeiro Comando da Capital, Willians Herbas Camacho, o Marcola, não é mera coincidência.
Ambos têm o mesmo DNA do poder e querem se perpetuar nele. Ambos desejam controlar grupos ou facções. Ambos são intelectuais e utilizam estratégias bem elaboradas para conquistar objetivos. Ambos destroem todo aquele que não comunga das suas idéias e constroem barreiras de proteção para se mostrar inocentes diante dos fatos. A diferença pode ser encontrada no temperamento, no estilo explosivo e demolidor de um, e na mansidão ilusionista do outro que ao agir de forma sutil em atentados a sociedade, não deixa dúvidas da sua crueldade e em alguns momentos chega mesmo a tirar o fôlego.
Em se tratando de José Dirceu seu poder de fogo está no conjunto de idéias apresentadas e defendidas como certas para um grupo que sempre esteve em suas mãos e se deixou manipular durante anos para também fazer parte deste poder.
Comparações à parte, o chefe da quadrilha dos 40 larápios, também conhecido como Mensalão, diz que está sendo perseguido por uma elite burguesa, orquestrada de forma simultânea. Para ele não há provas para incriminá-lo. E por ausência das provas “esses grupos” que perseguem o Governo Lula, protagonizado pela grande mídia, estão fazendo um julgamento político e não de direito.
Com todo vacilo, prepotência e argumentos detonadores que realmente a grande mídia pratica em muitos momentos, ainda assim, é muito forte atribuir a toda imprensa a decadência de uma plataforma de trabalho, de um projeto de democracia construído durante muitos anos e apresentados à sociedade como ideário e por isso mesmo legitimado nas urnas.
Seria exagero pensar que a mídia chegaria a tanto.
sábado, 25 de agosto de 2007
Quando a mídia vai pra berlinda
O maior julgamento da história do STF (Supremo Tribuna Federal) que envolve uma gang de 40 ladrões e usurpadores do bem público, também chamado Mensalão, está sendo apontando por alguns doutores da lei como o grande espetáculo do século XXI.
Outra tendência diz que os argumentos apresentados estão baseados na grande imprensa e que portanto, não são provas cabais para ratificar a culpabilidade dos que estão sendo julgados.
A mídia está na berlinda. Na verdade, a grande imprensa, que em vários momentos caminhou a reboque da Polícia Federal e do Ministério Público hoje esta sentada no banco dos réus.
Para alguns letrados do Direito a mídia espetacularizou os fatos, o que na sua totalidade não é falso, e confundiu algumas boas ações, digamos assim, dos homens públicos, dos lobistas e marketeiros de plantão que se empenharam em fazer das suas habilidades profissionais uma área especifica de negociações escusas.
Os advogados de defesa dos “inocentes” ao bradarem em alta voz que as provas apresentadas são frágeis ou não têm valor jurídico, de uma certa forma faz sentido, porque várias das negociatas efetuadas por esta gang não foram feitas às claras e sim na calada da noite e o objeto do desejo, $$$, estava em malas (até mesmo em cuecas...) que iam e vinham de um canto a outro pagando os serviços prestados.
Seria inocente de nossa parte como leitor e telespectador dessa pantomima acreditar que algo poderia ter sido feito em cartório, registrado o fato, bem como recibos e notas. Óbvio e notório que as negociatas eram apalavradas (termo muito usado pelos poetas) pelos então cleptomaníacos para que após a concretização dos acordos as malas com o dinheiro, novamente, entrassem em cena. Em alguns momentos, as somas também foram via Banco Rural. Bom, neste caso, a prova é cabal. E aí é outra coisa.
A despeito do que pensam os militantes petistas, tucanos e os partidos agregados, a mídia também perde com esta espetacularização. Afinal, ela também está sendo julgada sem provas cabais, mas muito mais pela sua forma de usar a palavra como elemento constrangedor, instigador e provocante do debate. Direita ou esquerda, centro ou imparcial a grande imprensa também está vivenciando um momento emblemático da sua história.
É sempre bom lembrar que em alguns momentos esta mesma grande imprensa abriu o debate sobre o nascimento de grandes líderes que vieram da base. Do povo. Em vários momentos esta mesma imprensa foi generosa, calorosa e quase que assumiu um papel de mãe junto a um filho rebelde.
Portanto, embora tenhamos a vaga idéia de que o maior julgamento dos quase duzentos anos do STF possa terminar de forma justa e coerente com os fatos apresentados e que a cadeia seja para os corruptos o resultado esperado, sabemos também que provavelmente muitos serão absolvidos proveniente, inclusive, do longo período que o processo deve passar.
É bom sempre lembrar que na medida em que nossas instituições perdem de exercer suas reais funções contribuem para construção de ilhas de marginais instaladas quer sejam nos porões do PCC, Primeiro Comando da Capital, quer sejam no Governo e Congresso Nacional.
Assim, a diferenciação entre um e outro é que o primeiro já foi julgado pela sociedade e é considerado elemento de alta periculosidade e os outros recebem votos e são eleitos para representarem esta mesma sociedade e por isso se apoderam de forma ilícita e obscura, dos bens construídos por uma nação.
Por que Renan ainda está no poder?
Há algo que Renan sabe que compromete os seus pares?
Existem acordos de cavalheiros para que este usurpador do bem público fique no poder?
Será mais uma ação de impunidade aos olhos de todos os brasileiros?
Chega! Chega! Chegou ao limite! Basta de tanta hipocrisia. Um Conselho de Ética que não tem ética porque está brigando para “julgar” em surdina (e consequentemente absolver) um senador corrupto, larápio, desonesto e que está contribuindo para atolar mais e mais o Senado Nacional na sarjeta.
Se o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) for absolvido por todas as provas e contradições apresentadas até então (fora o que ainda está por vir) será o afundamento total do Congresso Nacional.
Só pra relembrar algumas das últimas manchetes sobre Renan:
Renan diz a conselho que usou motorista para fazer saques
Locadora atua em agência que pertence a parente de Renan
Renan admite "incongruências", mas não quebra de decoro
Relatores dizem que Renan não convenceu durante depoimento
Fazendas de Renan têm contabilidade fictícia, afirma PF
Se este homem é inocente precisamos rever nossos conceitos. Por que então não acreditamos em Papai Noel, em fada madrinha e nos filmes de 007, Duro de Matar, Indiana Jones? Por que não acreditamos?
A limpeza geral no Senado Nacional é de fundamental importância para redemocratização deste país. Se esta Casa absolve este homem melhor será fechar as suas portas e evacuar toda e qualquer pessoa que tenha sido eleita para esta representação, porque assim também todas elas estão sendo coniventes, complacentes e conscientes de que não estão cumprindo um dos verdadeiros pilares da democracia: governar para o povo e não para poucos.
sexta-feira, 24 de agosto de 2007
Por que o Brasil continuará sendo um país corrupto? Parte 2
" Porque o sistema representativo é um engodo que conta com a participação do próprio eleitor, que não raro exige, em troca do voto, algum proveito, de modo que o voto constitui, por isso, apenas um expediente para legitimar e perpetuar o crime. Afinal, os eleitos não representam o eleitorado, mas os próprios interesses e o interesses dos grupos econômicos que os patrocinam."
" Porque, apesar das fraudes, insistimos em perpetuar determinados criminosos no poder, e a tudo assistimos passivamente."
Ponto de Vista - Revista jurídica Consulex - 31/07/2007
Paulo Queiroz é Procurador Regional da República e professor universitário (UniCeub)
Coluna JC Negócios
Viva o nepotismo
Publicado em 24.08.2007
Há uma enorme ilusão, dos mais diversos setores da sociedade, em acreditar que, pressionando a Assembléia Legislativa de Pernambuco, ela vai aprovar o fim do nepotismo. Não vai. Pelo menos não nesta legislatura. Não é só o presidente Guilherme Uchoa que é favorável a emprego de parentes. Ele, é bem verdade, é um dos poucos que tem a coragem de defender isso sem medo de ser criticado. O resto, ou fica se fingindo de morto ou faz aquele discurso para a platéia dizendo é contra. Sim, tem as exceções que não interferem no resultado final.
Deputado no Brasil é, por definição, nepotista. Basta ver o nível de colaboração do Legislativo na produção de leis, comparado com o Executivo. Basta listar o número de assessores técnicos que o poder contrata para se contrapor, tecnicamente, ao que propõe o Executivo. Quer saber mais: tenta checar quantos deputados têm o habito de ler regularmente o Diário Oficial para conferir o impacto dos atos do governo? E é assim em todos os Estados do Brasil. É cultural.
A campanha pelo fim do nepotismo é um movimento democrático que, em tese, poderia ajudar a melhorar a qualidade do produto dos poderes em favor do cidadão. Impessoaliza o servidor e abre perspectiva de que ele sirva apenas ao Estado. Mas não se deve achar que os deputados estão dispostos a abrir mão de levar para junto de si a família. Por isso, o projeto vai voltar para o Executivo até que uma onda nacional pressione. E falando nisso, você já mandou algum e-mail para um deputado exigindo que ele vote contra o nepotismo?
Comentário do blog: É no mínimo pra gente pensar. Temos enviado e-mails para nossos representantes? Eles sabem o que pensamos sobre nepotismo?
Ainda sobre o nepotismo...
Jornal do Commercio em 24.08.2007
Assembléias da Paraíba e Bahia acabaram com a nomeação de parentes, enquanto o Legislativo de Pernambuco segue a reboque do Congresso Nacional
Jorge Cavalcanti
jorge.cavalcanti@jc.com.br
Por conveniência, o Poder Legislativo de Pernambuco resiste a abolir o nepotismo, sob a alegação de que deve esperar uma posição do Congresso Nacional sobre o tema. Entretanto, duas Assembléias Legislativas do Nordeste já acabaram com a prática da nomeação de parentes. Na Paraíba, a mesa diretora apresentou um projeto de resolução no final de 2006, que proíbe o emprego de familiares até terceiro grau de deputados e diretores da Casa. A proposta foi aprovada por unanimidade e passou a vigorar desde o dia 26 de março deste ano.
“O intervalo de três meses foi concedido, pois havia um termo de ajustamento de conduta entre a Assembléia e o Ministério Público para todos se adequarem”, explicou o secretário legislativo da Assembléia paraibana, Waldir Porcírio. Segundo ele, nenhum dos 36 deputados contestou o projeto na Justiça. No início de março, o presidente, Arthur Cunha Lima (PSDB), enviou ofício aos parlamentares e chefes de setores para comunicar a proibição.
Na Bahia, o projeto de lei do deputado Reinaldo Braga (PSL) acabou com o nepotismo no Estado – incluídos o Ministério Público, Defensoria Pública e Tribunal de Contas. A Assembléia baiana aprovou a proposta em maio deste ano – também por unanimidade. No início, os deputados divergiram sobre a extensão da proposta. Após o consenso, prevaleceu a proibição até terceiro grau – que exclui apenas primos.
As iniciativas das Assembléias da Paraíba e Bahia colocam em xeque o argumento defendido pelo presidente da Assembléia de Pernambuco, deputado Guilherme Uchoa (PDT). O pedetista alega que o nepotismo só pode ser extinto caso o Congresso aprove a PEC que está na Câmara dos Deputados desde 1996. Na última terça, a Comissão de Constituição e Justiça da Assembléia decidiu devolver os projetos de lei do Executivo e do Tribunal de Contas do Estado (TCE), por identificar vícios de constitucionalidade. Dos 49 deputados pernambucanos, pelo menos 21 possuem parentes no gabinete, segundo levantamento do JC.
“A Constituição já proíbe o nepotismo, quando fala dos princípios da eficiência, moralidade e impessoalidade. No seu âmbito, o Estado pode tratar deste tema, assim como o Legislativo. É só querer”, defendeu Reinaldo Braga, autor do projeto antinepotismo na Bahia. Nenhum dos 63 membros do Legislativo baiano recorreu à Justiça para contestar a aprovação da matéria.
quinta-feira, 23 de agosto de 2007
O futuro da filha de Mônica Veloso
Moralismo à parte, qualquer ser humano no seu estado normal pode entender que a cabeça dessa criança está confusa e sem prumo. Afinal, por mais que se escondam jornais, revistas e desligue a TV na hora do noticiário, é impossível passar totalmente despercebida desse processo.
Um pouco mais na frente, daqui a alguns anos, já na universidade, quem sabe então está menina, que na época já será mulher, pode vir a pesquisar e desenvolver uma dissertação de mestrado a partir do vasto material que terá apurado e recolhido a respeito da personagem Mônica Veloso.
Uma mulher que se dizia ser jornalista, mal escrevia alguns caracteres em assessoria de imprensa e arrumou um jeito de usar uma criança como objeto e proposta de emprego vitalício para poder mamar em tetas extras governamentais de um sujeito chamado Renan Calheiros, que nem de longe, pode ser exemplo de homem, de político e muito menos de pai.
Além do vasto material da grande imprensa, a já universitária pode ilustrar o trabalho com as fotos da então mulher-bomba-nua que abalou em chamas o Senado Nacional em 2007 e que além de mostrar suas armações ilimitadas para conquistar o poder, mostrou suas armas íntimas na revista Playboy.
Não satisfeita com a empreitada ainda quer estar na relação dos títulos nacionais e expor nas vitrines das livrarias em todo o Brasil um livro (lançamento previsto para outubro/2007) que conta tudo de Brasília, ou melhor, da coxia do Planalto Central, Congresso Nacional e os agregados.
Para a academia o caso será debatido em torno das explicações freudiana ou baseado na bibliografia de Franz Kafka: O pesadelo da razão. As explicações aceitáveis para o perfil da personagem Mônica Veloso serão analisadas no mais complexo entendimento da lógica humana visando compreender até que ponto chega o excesso dessa personagem que se tornou protagonista de uma história, digna, pelo menos de um estudo aprofundado da loucura e das atrocidades que passam na mente dessa mulher.
Por que o Brasil continuará sendo um país corrupto?
Renangate X Mensalão
De relatar os fatos sobre o então senador Renan Calheiros (PMDB-AL) a sua relação promiscua com uma empreiteira que aponta para uma amante que tem na testa escrito “vou me sair bem”, faz uma parceria com um usineiro que assumi diante da imprensa e do próprio Senado as falcatruas que fez junto com Renan, seu amigo intimo de berçário, tem uma série de “laranjas e abacaxis” na compra de veículos de comunicação em Alagoas, abre caminhos para Schincariol junto ao INSS reverter dívida de R$ 100 milhões da empresa depois que ela comprou uma fábrica de seu irmão, Olavo Calheiros (PMDB-AL), por preço acima do mercado e tem um estoque de Óleo Peroba na gaveta para passar no rosto e posar de bonzinho.
Fogo nele!!!
Que a imprensa e a sociedade não desistam...
De acompanhar e cobrar e não deixar prescrever o caso Mensalão. O medo é que a ação penal gere sobrecarga ao STF, Supremo Tribunal Federal. Afinal, são 40 larápios que usaram estratégias diversas para corromper, manipular, ludibriar, falsificar. Os crimes, formação de quadrilha, corrupções ativa e passiva, lavagem de dinheiro, gestão fraudulenta e peculato, podem levar (e deve levar) esses obreiros da putrefação para cadeia.
Se assim não o for, como vamos acreditar nas instituições que representam nossa democracia? Que imagem teremos do STF, do Ministério Público Federal, da justiça? Para onde iremos como estrutura societária numa democracia que não exercita o sistema de governo e faz dos seus dirigentes elementos destrutivos da população?
Queremos voltar a sonhar com uma outra realidade: um Congresso Nacional operante, limpo e sadio, instituições fortalecidas, uma imprensa livre e com responsabilidade e um povo que verdadeiramente sabe escolher, optar pelos melhores representantes no cenário político.
terça-feira, 21 de agosto de 2007
O Senado nacional na sarjeta
O novo senador de fato e agora de direito mesmo é suspeito de ter recebido parte dos R$ 2,2 milhões dados a Roriz por Nenê Constantino, dono da empresa aérea Gol.
E o pior, a Mesa abriu um precedente. Decidiu, apoiou e ratificou que os crimes que os parlamentares cometem antes de entrar no Congresso Nacional perdem totalmente a validade. Ou seja, eventual crime cometido antes do início do exercício do mandato não pode ser levado em conta para abrir processo por quebra de decoro.
Poxa, assim sendo, José Dirceu, que foi cassado e caçado pelos pares e ímpares da Câmara dos Deputados por suposto crime (talvez sim, talvez não, muito pelo contrário) cometido quando era ministro (estava ministro) foi escolhido pelos seus para ser “o próximo da fila de corte”. Pesa sobre ele a chefia da quadrilha de Ali Babá e os 40 ladrões, também chamados de mensaleiros.
Diante deste quadro, o próprio Dirceu vai fazer a mesma comparativa semelhança(!). Ou seja, se o Gim Argello pode se absolvido por que o Dirceu também não?
Atenção gente!!! Os larápios sem escrúpulos e dignos de exclusão total do mundo político estão soltos. O cuidado agora será em relação ao eleitor no exercício da sua cidadania para não votar em elementos de tamanha periculosidade à sociedade. É no mínimo não entender que políticos dessa natureza, inclusive os que fazem parte da tal Mesa Diretora, bem como os cleptomaníacos de plantão, devem ser extirpados da classe política por não contribuírem com a redemocratização desse país.
E mais...esperamos que a mídia não ande a reboque dos fatos. Cubra com rigor e coerência estes acontecimentos que ficarão marcados na história da sociedade brasileira.
Ainda é bom lembrar: eleição é de dois em dois anos. Aguardem!!!
Resposta do senador Jarbas Vasconcelos ao blog
"CPMF foi criado na década passada quando o Brasil enfrentava escassez de recursos. Sua destinação era exclusiva para a área da saúde.Hoje há excesso de arrecadação, e o governo continua a aumentar seus gastos.
Por essas razões, não só votarei contra a prorrogação do CPMF como lutarei pelo fim desse imposto.
Cordialmente,
Senador Jarbas Vasconcelos
Comentário do blog: a pressão tem que ser nossa, da sociedade, para que os parlamentares tenham consciência que o NOSSO voto define a sua permanência ou não no Congresso Nacional. De 2 em 2 anos têm eleição!!!!!
Olha o trem, olha o trem...Projeto na Câmara pode efetivar 260 mil servidores
Assim será o trem da alegria que a Câmara de Deputados em Brasília quer aprovar. São quase 260 mil servidores temporários a serem efetivados sem nunca ter passado por uma banca de concurso público, e assim atropelam o processo para ganhar um lugar ao sol e deixar outros na chuva. A medida valerá para a União, Estados e municípios. Por isso a resistência nas Assembléias e Câmaras de Vereadores para aprovarem leis contra o nepotismo. (Um assunto que será abordado depois...)
Outro ponto intrigante nesse tema é fato dos partidos, sindicatos e servidores públicos federais, estaduais e municipais estarem inertes diante de tal absurdo. Ninguém diz nada. Todos estão calados? Por que será?
Pegando carona na proposta dos temporários, o deputado federal Gonzaga Patriota (PSB-PE), então postulante ao cargo de prefeito de Petrolina, por amor aos trabalhadores do serviço público que não foram contratados efetivamente, adiciona emenda para que todos possam subir no trem do casuísmo e façam uma única viagem. Isto significa que os servidores públicos requisitados por outros órgãos há mais de três anos possam optar pela efetivação na repartição em que estão prestando serviço.
Quer dizer que isto não vai beneficiar um determinado grupo de servidores do Congresso Nacional? E o efeito dominó desse processo? Finalmente, quem paga o pato? Os deputados?
Troca de lado
segunda-feira, 20 de agosto de 2007
Políticos de Pernambuco: rir pra não chorar!
Fórum Pela Ética faz balanço da nossa classe política. Só Tereza Leitão é poupada
Por Luís Carlos Lins
Membro do Fórum Permanente Pela Ética na Política
- O Dep. Guilherme Uchôa é apresentado na TV como trabalhista, quando deveria ser apresentado como nepotista!
- O Comandante da Confederação Nacional da Indústria-CNI, o Dep. Armando Monteiro Neto e seu primo usineiro, José Mucio, também se dizem trabalhistas, pode?
- Inocêncio de Oliveira depois de ter sido ARENA, PDS, PFL, PL,só não foi monárquico porque não deu tempo. Se apresenta agora como Republicano. Essa é demais!
- João Braga quer de todo jeito ser ecologista! Alugou o PV de Pernambuco e opina sobre tudo, menos sobre meio ambiente.
- Silvio Costa (pai) se sente mobilizador nacional. Ele é do PMN. Este quando tem oportunidade desarticula, divide, cria factóide...faz de tudo, menos mobilizar.
- Roberto Magalhães é dos bons! Quanto mais ressentido mais fala verdades!
- Maciel, o governador biônico do regime militar, é um DEMOCRATA. Meu Deus do céu!!!
- Roberto Freire 'cansou' de ser comunista, 'cansou' de seguir FHC, 'cansou' de Ciro Gomes, 'cansou' rapidinho de Lula, enfim...Perdeu a identidade e vai tentar se achar em Sampa. 'Cansou' do Recife.
- Jarbas combate corrupção do governo Lula e Renan. Não lembra que foi governador dos super-faturamentos no setor penitenciário, segundo o CGU, e comporta-se como se estivesse fundando o MDB.
- O super-capitalista Sérgio Guerra, acreditem, é um social-democrata. Só rindo!
- O demolidor dos professores, Eduardo Campos, é, pasmem, SOCIALISTA!!!
- O médico de formação e político de profissão, Dr. Humberto Costa, espinafrou justamente sua categoria de origem. Inacreditável!!!
- E o ex-peão, João Paulo, se lhe perguntarem sobre sua opção ideológica, sem titubear dirá que é SOCIALISTA CRISTÃO e dependendo do público lembrará que estamos vivendo numa luta de classes.
Nossa classe política é de enlouquecer eleitor, movimento social, cientista político, historiador, jornalista especializado, antropólogo, etc, etc, etc...
Diante de tanta geléia, é melhor rir... pra não chorar !!!
Valerioduto desviou R$ 39,5 milhões do Banco do Brasil
da Folha Online
28/03/2007
Laudo do Instituto Nacional de Criminalística, da Polícia Federal, mostra que a DNA Propaganda, braço do valerioduto usado para fazer pagamentos a deputados no esquema do mensalão, apropriou-se indevidamente de ao menos R$ 39,5 milhões de recursos do Banco do Brasil no Fundo Visanet, informa reportagem desta quarta-feira da Folha.
Segundo o laudo, o dinheiro da Visanet injetado pelo BB na DNA serviu para lastrear os empréstimos que alimentaram o caixa dois do PT, mas o valor exato não é especificado no laudo.Os recursos apropriados indevidamente, de acordo com a reportagem, se referem a repasses para a DNA entre 2001 e 2005, a maior parte concentrada em 2003 e 2004 --auge do mensalão.
O documento acrescenta também que saques ocorreram na agência Brasília, do Banco Rural --local onde a propina a congressistas era distribuída. Entre os quais, um feito pelo empresário Marcos Valério Fernandes de Souza no dia 19 de agosto de 2003, no valor de R$ 150 mil.
A reportagem informa ainda que, entre 2001 e 2005, o BB destinou R$ 91,94 milhões à DNA a partir do Fundo Visanet, de um total de R$ 151,9 milhões a que o banco teve direito no período
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u90705.shtml
Delúbio Soares leva vida de celebridade em sua terra natal
19/08/2007
O ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares desfila como celebridade em sua terra natal, Buriti Alegre (GO). Delúbio mantém o cargo de professor do Estado, mesmo condenado por receber sem trabalhar. Na tarde de quarta-feira passada, ele recebeu o governador Alcides Rodrigues Filho (PP) no aeroporto de Buriti Alegre e participou da inauguração de um frigorífico, subindo no palco onde estava Rodrigues.
O governador negou relação pessoal ou de governo com Delúbio. 'Ele é goiano, é de Buriti Alegre e está prestigiando aqui a inauguração da empresa', afirmou. Delúbio foi e voltou do aeroporto em um Vectra prata --registrado em nome do irmão, o vereador de Goiânia Carlos Soares (PT). Um Astra com dois homens o escoltava.
O promotor Fernando Aurvealle Krebs abriu inquérito em 31 de maio "para investigar retardamento ou omissão" da Procuradoria Geral do Estado, órgão do governo, na demissão de Delúbio do cargo de professor. "Ele pretende ser candidato a deputado federal, representando a classe dos professores. Ficaria muito ruim para ele ser exonerado à bem do serviço público", diz Krebs.
Por ter recebido salário sem trabalhar (de setembro de 1994 a janeiro de 1998 e de fevereiro de 2001 a janeiro de 2005), Delúbio foi alvo de processo administrativo do governo, aberto em junho de 2005, que pode levar à demissão. Em maio passado, a Justiça o condenou a devolver R$ 164.695,51 ao Estado.
O procurador-geral do Estado, Norival Castro Santomé, em viagem, não falou com a reportagem. Seu antecessor, João Furtado de Mendonça Neto, em ofício enviado ao promotor em junho, diz que a Procuradoria "não faz julgamento político" e que o processo de demissão voltou ao órgão porque o ex-tesoureiro do PT alegou cerceamento de defesa.
Delúbio disse à Folha que não falaria "nadinha, nadinha, nadinha". "A última vez em que um cara [jornalista] pôs foi uma frase muito ruim, foi aquele negócio de piada de salão. Eu não falei aquilo", disse, em referência a reportagem de "O Estado de S.Paulo" publicada em outubro de 2005, segundo a qual Delúbio afirmara que as denúncias "serão esclarecidas, esquecidas e acabarão virando piada de salão".
Na festa de inauguração do frigorífico Goiaves, ainda na quarta passada, o repórter insistiu duas vezes para obter uma entrevista, mas recebeu apenas abraços do ex-tesoureiro. Perguntado sobre o julgamento do Supremo Tribunal Federal, Delúbio disse: "Vou esperar. Deixar julgar". Ele é acusado de organizar, com Marcos Valério, esquema de repasse de dinheiro a políticos da base aliada do governo.
Vestindo uma camisa da seleção brasileira, era chamado por vereadores, prefeitos e convidados da festa para tirar fotos. O empresário Gal Lachovitz, um dos sócios do frigorífico Goiaves, disse que Delúbio "talvez tenha ajudado, acelerando um licenciamento, ou algo assim".
Jorge Jonas Zabrockis, outro sócio, afirmou que convidou o ex-tesoureiro para a festa. No começo do governo Lula, disse Zabrockis, Delúbio ajudou no contato do frigorífico, ainda em obras, com empresas fornecedoras de equipamentos. O empresário nega ajuda política.
Comentário do blog: É muita cara de pau desse rapaz. Só falta agora ele sair candidato a vereador e ganhar!!
sábado, 18 de agosto de 2007
Os homens amigos do presidente em julgamento
Escândalo: Mensalão
Esquema: remunerar políticos que dessem apoio ao governo no Congresso Nacional, pagar dívidas do PT e financiar campanhas políticas
Quadrilha: veja a relação completa postada abaixo com o título "Os homens do presidente: Ali Babá e os 40 ladrões"
Alguns integrantes do esquema:
Nome: José Dirceu
Fato: O ex-ministro seria o “chefe” da “quadrilha”. Personagem central da denúncia.
Fato: na época presidia o PT na fase mensaleira e assinou documentos sem ter conhecimentos (!) e caiu no conto do vigário.
Fato: ex-gestor financeiro da base do PT. Estava na base deste o nascimento do partido.
Fato: ex-secretário geral do partido. Chegou a ganhar carro importado para facilitar negocios.
Fato: empresário publicitário e muito amigo de Delúbio deste o berçário. Por isso atuou como arrebanhador das verbas até então não esclarecidas que irrigavam o esquema mensalão.
Fato: articulador, marketeiro, poeta, apostador em ringues e dono de galos bem dotados.
Não sabemos mais protestar nas ruas? Ou a mídia não divulga como antes?
Houve uma época, não muito longe, décadas de 80 e 90, em que os estudantes, trabalhadores, organizações, sindicatos, conselhos de classes e a sociedade em geral iam às ruas com bandeirolas nas mãos produzidas em casa, durante a noite. Vestiam calças jeans desbotadas ou rasgadas, não por opção, mas por falta de uma nova. Todos de camisetas vermelhas, pretas ou brancas para simbolizar unidade e com a imagem sobreposta de Guevara, o mito, a frente da camisa.
A mídia era parceira desse processo. A comprovação está nos registros dos grandes jornais que acompanharam de perto os movimentos sociais que de modo positivo ou não estavam atrelados a partidos políticos. Isso tudo feito de forma bem às claras. Nas barbas dos coronéis e da tão famigerada burguesia dominante.
Hoje, os papeis estão invertidos. Quem vai à rua protestar é a tão sofredora classe média e os agregados a ela que estão um pouco acima da linha mediana e por isso mesmo vão as ruas como verdadeiramente são: chiques, elegantes e sutil quando querem ser.
Parece que nada disso deve ter mesmo importância, até porque classe baixa, média, proletariado e outras tantas classificações são formadas por brasileiros que sonham, se iludem e votam. Apenas uns comem caviar e outros nunca viram, nem comeram, apenas ouviram falar em algum lugar.
E como a mídia cobre esses acontecimentos? Depende de quem ela quer privilegiar. A ironia toma conta de uma parte dela quando é conveniente. Torna-se agressiva, direta, instigante quando assim lhe parece. O tratamento ao texto está totalmente atrelado a parcialidade. Por exemplo, no movimento Cansei, dia 17, Hebe Camargo chorando nos braços de Ivete Sangalo poderia ter dois tipos de abordagem.
De um jeito ou de outro a Hebe é a mesma. A mídia também. O diferencial é a essência do movimento. Nesse contexto a perda vem à galope. Os movimentos não são mais os mesmos.
Com a legitimidade que a democracia proporciona podemos sim fazer algo que vai além das nossas aparências. Mas, ainda que queiramos ou não os movimentos reivindicatórios que verdadeiramente proporcionam transformação pluralista estão comprometidos com políticas diversas que contribuem com o exercício da democracia.
Parece que, até então, só mesmo os grandes movimentos nascidos do PT, PC do B, CUT, por exemplo, irradiavam um brilho e uma vontade transformadora de renovar esta sociedade e tornar estas políticas possíveis de acontecer.
sexta-feira, 17 de agosto de 2007
CPMF: a máquina de fazer dinheiro de governo a governo
Sem nunca cumprir na integra seu propósito, a CPMF virou caixa exclusiva do governo para produzir dinheiro e distribuir conforme a conveniência. A contribuição que tinha na sua essência e na proposta inicial apenas um período provisório se consagrou como imposto e até hoje permanece intocável. Já passou de governo em governo e se arrasta por 14 anos engordando cofres públicos sem que as devidas explicações para o seu uso sejam convincentes.
Um estudo do IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário) apresentando ao mercado e ao governo nesta semana mostra o grau de perversidade neste tributo. Isto porque a CPMF incide em todas as etapas de produção e seu custo é repassado ao consumidor final que tem acréscimo de mais de 1,7%, em média, na hora de comprar qualquer produto ou serviço, tipo arroz, feijão, carne, roupas, energia etc.
Além disso, o imposto incide também no pagamento do IPTU, IPVA ou outro tributo, seja por meio de dinheiro, cheque ou débito em conta. Nós, cidadãos, pagamos mais 0,38%. Isso ocorre também quando uma empresa recolhe IR, PIS, Cofins, contribuição ao INSS etc.
Assim sendo, vamos aos questionamentos:
Por quer os nossos representantes no Congresso Nacional querem aprovar a prorrogação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) até 2011?
Por que o governo, especificamente do PT, que sempre lutou contra esta contribuição, hoje, briga pela aprovação da CPMF?
Você, blogauta, que ler este artigo pode responder estas perguntas?
Mitos e Verdades sobre a CPMF
“em 1997 como CPMF, cada brasileiro pagou R$ 42,33 e cada família recolheu R$ 125,18 (...) A estimativa para 2007 é de que cada brasileiro pague R$ 187,95 (de CPMF), correspondendo a um desembolso de R$ 626,41 por família”.
“Um dos grandes males da CPMF é o fato dela incidir sobre o recolhimento de outros tributos (...) Como mais de 95% do recolhimento de tributos é feito através de movimentação junto a bancos, 8,7% do total da arrecadação da CPMF do período 1997 a 2007, ou R$ 19,72 bilhões, provém da sua incidência sobre o pagamento de outros tributos”.
“A extinção da CPMF dificultaria o combate à sonegação:
MITO – a Receita Federal do Brasil dispõe de instrumentos legais para acompanhar a movimentação financeira dos contribuintes, independentemente da CPMF”.
“A CPMF é um tributo direto que onera mais a população rica:
MITO – a CPMF onera as movimentações financeiras das empresas fazendo com que este custo seja repassado ao consumidor no preço final das mercadorias e serviços. Desta forma, há um custo de CPMF no preço do arroz, feijão, carne, roupas, transporte, energia elétrica...”
“A arrecadação da CPMF é imprescindível para os sistemas de saúde e previdência:
MITO – a seguridade social envolve as ações de saúde, previdência e assistência social. Para o seu financiamento, além da CPMF, o governo federal arrecada COFINS, COFINS SOBRE IMPORTAÇÕES, CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA (ISS), CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE LUCRO LÍQUIDO. Além destas contribuições, parte dos valores dos impostos também são destinados à saúde, de acordo com as destinações orçamentárias”.
Fonte: http://www.xocpmf.com.br/
Campanha contra CPMF
Vejam o site Xô CPMF. Lá tem uma calculadora que mostra quanto nós, brasileiros, pagamos até agora de CPMF.
"A CPMF acaba em dezembro deste ano. E o governo tem até setembro para criar uma nova CPMF. Você não pode deixar isso acontecer. Mande um e-mail para o seu deputado, seu senador, seu prefeito e seu governador, e diga a todos eles: XÔ CPMF!"
http://www.xocpmf.com.br/
Aloízio Mercadante a favor da CPMF?
Morando num "barraco"
Preocupado e com muita dor de cabeça (pelo implante que fez), Marcos Valério no seu barraco na fazenda Santa Clara, em Caetanópolis (110 km de Belo Horizonte), faz seu bate-papo todos os finais de semana com seus advogados de defesa. Para ele, sua inocência já está confirmada.
O articulista Arthur Maciel
Arthur Maciel
O traficante mais procurado do mundo, Juan Carlos Abadía, capturado no Brasil, está agora no mesmo presídio que o Fernandinho Beira-Mar. Quem sabe, ao término de suas penas, os dois não montam uma dupla sertaneja?
E o ministro da Defesa, Nelson Jobim, anunciou um plano de reforma no Aeroporto de Viracopos, em Campinas. Para receber tantos investimentos, Lula deve adorar o Viracopos...e virar copos também!
A OAB-SP e alguns empresários, como o presidente da Philips, se engajaram no movimento “Cansei”, para protestar contra a situação política do Brasil. Mas tem gente achando que é só mais um grupo da elite querendo derrubar o Lula. Qual a posição do leitor?
a)Cansei
b)Cansei do Cansei
c)Cansei de quem cansou do Cansei
arthurmaciel@estadao.com.br
Ps. Arthur tem sempre enviado material para o meu e-mail e alguns estou postando aqui.
Os homens do presidente: Ali Babá e os 40 ladrões
1) José Dirceu de Oliveira e Silva
2) José Genoíno Neto
3) Delúbio Soares de Castro
4) Sílvio José Pereira
5) Marcos Valério Fernandes de Souza
6) Ramon Hollerbach Cardoso
7) Cristiano de Melo Paz
8) Rogério Lanza Tolentino
9) Simone Reis Lobo de Vasconcelos
10) Geilza Dias dos Santos
11) Kátia Rabello
12) José Roberto Salgado
13) Vinícius Samarane
14) Ayanna Tenório Tôrres de Jesus
15) João Paulo Cunha
16) Luiz Gushiken
17) Henrique Pizzolato
18) Pedro da Silva Corrêa de Olvieira
19) José Mohamed Janene
20) Pedro Henry Neto
21) João Cláudio de Carvalho Genu
22) Erivaldo Quadrado
23) Breno Fischberg
24) Carlos Alberto Quaglia
25) Valdemar Costa Neto
26) Jacinto de Souza Lamas
27) Antônio de Pádua de Souza Lamas
28) Carlos Alberto Rodrigues Pinto (Bipo Rodrigues)
29) Roberto Jefferson Monteiro Francisco
30) Emerson Eloy Palmieri
31) Romeu Ferreira Queiroz
32) José Rodrigues Borba
33) Paulo Roberto Galvão da Rocha
34) Anita Leocádia Pereira da Costa
35) Luiz Carlos da Silva (Prof. Luizinho)
36) João Magno de Moura
37) Anderson Adauto Pereira
38) José Luiz Alves
39) José Eduardo Cavalcanti de Mendonça (Duda Mendonça)
40) Zilmar Fernandes Silveira
Os homens do presidente: Ali Babá e os 40 ladrões. Parte 2
Alguns desses homens costuravam fora dos holofotes da grande mídia e tinham empresas publicitárias que praticavam condutas criminosas em parcerias com agentes públicos. Pousaram-se de articulador, negociador, planejador e tantas outras atribuições. Algumas dessas pessoas foram ícones do maquiavelismo digno de inveja a tantos estudiosos do caso. Todos, de uma forma ou de outra, passaram pelas mesas, campinhos de futebol e salas especiais da presidência.
A mídia não pode deixar adormecida esta triste história brasileira, onde boa parte dessas pessoas foi, num passado não muito longe, as referências ideológicas e partidárias do socialismo.
Hoje, elas são lembradas como uma mancha encardida, uma nódoa que jamais pode ser retirada e com isso, enfraquecendo a imagem do ideário de um governo que foi construído durante décadas visando uma verdadeira redemocratização do país.
Nostalgia à parte, cabe a grande imprensa cumprir seu papel de trazer a memória do cidadão leitor (eleitor) estes nomes que representam uma profunda desilusão da prática do exercício da cidadania no Brasil para que não caia no esquecimento e na impunidade da chamada justiça do colarinho branco.
quinta-feira, 16 de agosto de 2007
Ali Babá e os 40 ladrões
Não perca na próxima semana, dias 22, 23 e 24 de agosto em Brasília: o julgamento dos 40 larápios envolvidos no escândalo do Mensalão. Entre eles estão o ex-ministro José Dirceu e Luiz Gushiken.
quarta-feira, 15 de agosto de 2007
Os homens que foram amigos do presidente
Aprendiz de cantor Roberto Jefferson
Estes homens cortaram o Brasil de ponta-a-ponta num período (2005/2006) em que nossos gritos eram de alegria em relação à história de um partido, PT, e de um representante do povo que chegou ao poder pela forma mais lícita e honrosa de uma democracia: o voto direto.
A palavra “mensalão” entra no dicionário da língua portuguesa como uma marca que vai se perpetuar nas futuras gerações de um fato que sempre ocorreu no mercado político, mas que só veio à baila através destes protagonistas, especificamente, o ex-deputado federal Roberto Jefferson.
O neologismo mensalão, popularizado pelo então deputado, deu ressonância quase que magnética em nível nacional. A imprensa adotou a palavra, grafada pela primeira vez no dia 06 de junho de 2005 na Folha de São Paulo e se firmou como significado real de “esquema de compra de votos de parlamentares”.
Depois de tudo no ventilador, hoje, o ex-deputado federal Roberto Jefferson está advogando, blogando e tentando ser cantor e o que se dizia ser publicitário, Marcos Valério, está mais gordo, com implante de cabelos na frente central da cabeça e administrando com muita sapiência fazendas e gados em Minas Gerais. Pela foto de Valério, se percebe um semblante de preocupação pelas perdas das empresas publicitárias, DNA, Graffiti Participações e SMP&B.
Sentindo uma dor profunda que rompe seu peito, Marcos Valério passa boa parte do tempo na sua fazenda Santa Clara, que fica em Caetanópolis, cerca de 110 km de Belo Horizonte. A área muito "apertada" tem 360 hectares e é valorizada por uma suntuosa casa de 700 metros quadrados, distribuídos em dois pavimentos e um mirante. Junto à residência, uma capela para que o nosso arrependido empresário possa rezar. Também há uma área de lazer com piscina para se refrescar e um salão de refeições com churrasqueira para receber amigos de velhas datas e os novos para futuras empreitadas.
Os dois homens que foram amigos do presidente não parecem taciturnos, meditabundos e cabisbachos. Muito pelo contrário, estão desfilando nas rodas dos grandes amigos, um pouco longe dos holofotes da mídia e totalmente despreocupados com o por vir. Afinal, impunidade neste país é matéria obrigatoria nas faculdades da cleptomania. Reduto este onde vários letrados na corrupção brigam para ensinar a mesma disciplina.
Até porque não é complicado explicar aos diversos aprendizes de falcatruas quais são caminhos das pedras. Um dos percursos quase que obrigatório é passar pelo Congresso Nacional. O resto dá para tirar de letra depois de formado.
Principais pontos da Reforma Política
Fidelidade partidária
A proposta estabelece normas para coibir o abuso nas trocas de partido na Câmara. Em linhas gerais, o texto pune com perda de mandato e inelegibilidade de pelo menos quatro anos os políticos que trocarem de sigla fora da "janela" de 30 dias --o mês de setembro do ano anterior às eleições. Entretanto, o projeto anistia as trocas ocorridas até este ano.
Status: aprovado na Câmara por 292 votos a 34
O projeto ainda pode receber emendas na Câmara antes de ser encaminhado para votação no Senado
Voto em listas fechadas
Eleitores não iriam mais eleger individualmente seus candidatos a vereador, deputado estadual e deputado federal, e passariam a votar nos partidos. Cada legenda teria uma lista pré-ordenada de deputados antes das eleições e as cadeiras seriam preenchidas respeitando-se esta ordem. O partido que conseguisse, por exemplo, 20 cadeiras no Congresso, elegeria os 20 primeiros nomes da lista.
Status: votado e não aprovado
Os parlamentares derrubaram a proposta em 27 de junho, por 252 votos a 181 e três abstenções
Financiamento público
Campanhas políticas seriam financiadas exclusivamente com dinheiro público. Doações de pessoas físicas e empresas ficariam proibidas e sujeitas a punição. O objetivo seria o de evitar o “caixa dois”, ou seja, a prática de receber recursos sem declará-los à Justiça Eleitoral. Em ano de eleição, seriam incluídos na lei orçamentária créditos adicionais para financiar campanhas com valores equivalentes ao número de eleitores do país. Os recursos, então, seriam multiplicados por R$ 7 (para cada eleitor), tomando-se por referência o eleitorado existente em 31 de dezembro do ano anterior à elaboração da lei orçamentária. O TSE distribuiria o dinheiro aos partidos -- os responsáveis pela administração financeira.
A distribuição respeitaria os seguintes critérios:
*1% seria dividido igualitariamente entre todos os partidos com estatutos registrados no TSE;
* 14% seriam divididos igualitariamente entre os partidos e federações com representação na Câmara dos Deputados;
* 85% seriam divididos entre os partidos e federações, proporcionalmente ao número de representantes que elegeram na última eleição geral para a Câmara dos Deputados.
Status: votado; parte da proposta foi reprovada
Proposta para financiamento público na eleição de cargos proporcionais (vereador, deputado federal e deputado estadual) foi vetada em junho. Parlamentares discutem agora o financiamento público para cargos majoritários (prefeito, senador, governador e presidente da República) e um teto para financimento privado dos proporcionais.
Federação partidária
As coligações partidárias formadas para as eleições proporcionais teriam que ser sustentadas durante três anos; os partidos deixariam de agir isoladamente e passariam a agir em conjunto, como se fossem uma única legenda. Atualmente, um partido pode se coligar com outro para uma eleição e desfazer a união logo em seguida. As coligações nas eleições majoritárias (para prefeito, governador, senador e presidente da República) continuariam a valer.
Status: esperando votação
Está em votação uma proposta que defende as federações partidárias como única forma de os partidos se coligarem nas eleições proporcionais.
Redução da cláusula de barreira
A proposta seria reduzir o percentual de 5% para 2% dos votos para a Câmara dos Deputados apurados nacionalmente, não computados os brancos e nulos, distribuídos em pelo menos nove Estados. O partido também precisaria eleger, no mínimo, um representante em cinco Estados brasileiros.
*A cláusula de barreira é um dispositivo da legislação eleitoral brasileira que exige de um partido um número mínimo de votos para a Câmara dos Deputados, a fim de que o partido tenha funcionamento parlamentar em qualquer Casa Legislativa a nível federal, estadual ou municipal, e tenha direito a uma distribuição maior do fundo partidário (99% dos recursos entre os partidos que alcançarem, e 1% entre os restantes) e do tempo da propaganda partidária
Status: fora da pauta indefinidamente.
A proposta de redução da cláusula de barreira foi considerada matéria constitucional pelo STF (Supremo Tribunal Federal) e, como tal, não poderá ser votada por projeto de lei ordinária. Não há previsão para votação, segundo Ronaldo Caiado (DEM-GO), relator da reforma.
Prazo de filiação
Para concorrer às eleições, o candidato deveria estar filiado ao partido há pelo menos um ano antes da eleição, no caso de sua primeira filiação partidária. Caso ele tenha sido filiado anteriormente a outro partido, a exigência subiria para dois anos. Atualmente, a única exigência é a de que o candidato esteja filiado no mesmo partido há um ano. A proposta estabelece ainda critérios para distribuição do horário eleitoral gratuito entre os partidos: será considerado o número de deputados eleitos por cada legenda no último pleito para a Câmara.
Status: parte da proposta espera votação.
Está na pauta do Congresso uma emenda que prevê alterações na desfiliação de um partido político, com novos prazos, além da realização de um plebiscito em 2008 sobre a adoção de um sistema distrital ou distrital misto.
domingo, 12 de agosto de 2007
A sociedade então grita: "fala Renan, fala..."
Fala das mutretas para negociar concessões de rádio, jornal e TV. Fala da frente de trabalho denominada “laranja” aberta por muitos parlamentares, inclusive o próprio presidente da Casa.
Tem mais? Claro que sim... por isso todos nós, imprensa, leitor, telespectador, eleitor... precisamos ouvir o que o então presidente do Senado tem a confirmar.
Farinha do mesmo saco 2 - O caso Renangate e seus pares
Ora, assim sendo, o que tem a imprensa contra o senador alagoano Renan Calheiros? A bem da verdade, seria muito cômodo e tranqüilo para nós pobres leitores e eleitores que o caso Renangate fosse totalmente acertado e por que não trazer à baila todas as mazelas, patifarias e roubalheiras praticadas nos corredores do Congresso, restaurantes de Brasília e “residências especiais” onde grupos envolvidos maquinam as estratégias para as ações golpistas.
Enquanto o roteiro da história não está fechado por completo, os atores encenam de improviso. Na tribuna o então presidente do Senado, que nem moral tem para administrar sua vida pessoal, faz ameaça na tangente para uns e põe discurso enfático na garganta quando quer atingir outro no coração.
Os pares e ímpares tremem na base porque no geral, quase todos, ou melhor, todos, têm muito a perder numa lavagem de roupa suja sendo exposta de forma midiática. Aquele que levanta a bandeira da dignidade e decência hoje pode ver seu nome lavrado nos autos das corrupções e de ações ilícitas, amanhã.
Todos estão encurralados até o pescoço. Quem não está dentro do saco de farinha é tão comprometido quanto, até porque conhece os caminhos pelos quais muitos estão seguindo e poderia perfeitamente denunciar quem estar ou não dentro do saco.
O silêncio é uma resposta de quem está colocando ataduras nos braços para não cortar na própria pele. Ao ficar calado passa a ser testemunha cabal ameaçada por uma bomba relógio que pode explodir a qualquer momento.
Desvendar o caso Renangate é abrir a porteira do serrado e deixar as vacas, os bois e os cavalos saírem.
Farinha do mesmo saco
Afinal, quando pensamos em farinha do mesmo saco estamos considerando que todos minúsculos grãos, dependendo do tipo de farinha, uns maiores outros menores, mas todos estão ensacados num mesmo recipiente e, portanto, são semelhantes porque tem a mesma composição.
Inimigos íntimos
Nelson Motta
Nem a Polícia Federal, nem o Ministério Público, nem a imprensa: foram atos individuais de Pedro Collor, Nicéa Pitta e Roberto Jefferson que trouxeram à luz as tenebrosas transações que levaram ao impeachment de Collor, à condenação de Celso Pitta, ao mensalão e à queda de José Dirceu.
Essas pessoas, movidas por sentimentos pessoais, acabaram prestando inestimáveis serviços ao país. Sem o ódio deles, tudo continuaria como estava. É o que vale: a história não é feita de boas intenções, mas de conseqüências. Traições, humilhações, invejas, rancores, o ser humano é muito sensível a esses sentimentos. Aqui, a vingança não é um prato comido frio, mas fumegante.
Renan Calheiros, por exemplo, foi um dos artífices da vitória de Collor sobre Lula, integrou a linha de frente collorida e só rompeu com elle quando foi preterido em favor de Geraldo Bulhões para o governo de Alagoas. Até então, estava poderoso na cúpula do governo, freqüentava o círculo íntimo presidencial e nunca percebeu nada de errado com o poder de PC Farias e a ética de Collor e da República de Alagoas.
Traído, rompeu com seu líder em nome da decência e da democracia. Derrotado, denunciou a farsa collorida e, sempre um homem de esquerda, foi para a trincheira democrática do PMDB, unindo-se a Sarney e a Jader.Como nos romances regionalistas sobre guerras entre famílias nordestinas, uma outra vingança pessoal -pela traição de Renan ao usineiro e ex-companheiro de lutas João Lyra na eleição para o governo de Alagoas- revelou que ele pagara R$ 1,3 milhão, não contabilizados, para ser sócio, oculto e ilegal, do acusador em uma rádio e um jornal.
Não por acaso, é justamente o medo da vingança de Renan que atrasa a sua expulsão do Senado.
quinta-feira, 9 de agosto de 2007
A mídia na berlinda no caso Renangate
Circulam por e-mails e artigos algumas análises de intelectuais, acadêmicos e líderes de partidos considerados, anteriormente, de esquerda que existe um verdadeiro complô da grande mídia contra o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), em que verse interesses econômicos, ou melhor, concessões de emissoras para uns e perdas de controle para outros.
Aceitando que o Senador não é santo e que algo está quase que totalmente errado, os textos que falam sobre o caso Renangate está sempre questionando o por quê das Organizações Globo, Veja, Época e tantos outros veículos baterem, baterem e baterem no coitadinho do Renan (virou saco de pancada!!) quando todos sabem há muito tempo lobistas pagam despesas de políticos diversos em Brasília ou nos redutos eleitorais; que os casos de adultérios e tantas outras exposições da intimidades dos parlamentares vem desde o tempo do Império de D. Pedro I e que outros estão calados porque têm muito a perder se abrirem a boca.
Interessante perceber este tipo de análise uma vez que perdemos o sentindo da gravidade dos acontecimentos. Isto porque ficamos adormecidos na inércia das rotinas. Uma imprensa que ora se posiciona de um lado, ora fica no meio e ora está a disposição da informação contribui para que muitos leitores, telespectadores, ouvintes, internautas e blogueiros se sintam não informados, não confiantes do conteúdo e muito mais, sem acreditar que a imprensa, notadamente, está cumprindo o seu papel.
Vergonhoso e absurdamente aceitável é acompanhar sentado na poltrona da nossa casa, o caso Renangate como uma minissérie especial, onde o protagonista é a terceira pessoa mais importante na linha sucessória da presidência da república, tem caixas e caixas de óleo de Peroba em seu gabinete para se apresentar diante das câmaras e fotógrafos e se diz vitima de uma conspiração orquestrada por seus inimigos que desejam assumir sua cadeira no Congresso.
Com todo esse roteiro cheio, luz, câmara, ação, podemos pontuar cada artista dentro do seu espaço demarcado. No entanto, a mídia que deveria estar a frente de muitas dessas cenas construídas está a reboque desse folhetim onde suas intenções em divulgar e informar a sociedade se confundem com os interesses obscuros que não estão expostos à leitura e não fazem parte do script.
segunda-feira, 6 de agosto de 2007
Lula está blindado? Parte 1
A pesquisa realizada pelo Datafolha dias 1o e 2 de agosto, 15 dias depois da tragédia do Airbus da TAM, confirmou que 48% dos brasileiros ainda consideram o governo Lula “ótimo” ou “bom”. O mesmo índice apareceu em março deste ano.
Lula está blindado ou a leitura da pesquisa é outra?
Vejamos:
1) Quem está do lado de Lula? Só a classe “pobre”?
2) A situação econômica do país permanece boa, com estimativa de crescimento em torno de 4,5% em 2007. Isto é suficiente e justifica?
3) O programa Bolsa Família, que atende cerca de 11,1 milhões de famílias, também ajuda a entender a manutenção da alta popularidade de Lula?
4) O que Lula tem que os outros presidentes não tiveram?
Você responde.
Como falar do PT é o maior desafio da mídia
Com alguns ajustes aqui (nada ficou bom), outras mudanças ali (não deu pra perceber coisa alguma), e nenhuma mexida em pontos já estrangulados vem o fatídico acidente do vôo da TAM. Pronto. Daí para o pior. Há uma insatisfação geral em relação ao governo e sua gerência, que na fala de alguns, esses fatos estão focados na classe média atingida na sua possibilidade de acessão. No entanto, a insatisfação continua.
Nesse complexo panelão de erros e tentativas (?) de acertos, a mídia vai tatiando de um lado para o outro quase caindo a beira do precipício do absurdo. Há uma cobertura apurada aqui (e muita vezes pouco divulgada), uma jogada de informações ali (que bate nos capacetes dos jogadores) e algumas ilhas que produzem notícias bem trabalhadas, mas que passam quase que despercebida pelo olhar da sociedade (da informação) em geral.
domingo, 5 de agosto de 2007
quinta-feira, 2 de agosto de 2007
Sobre a campanha CANSEI!
Diante da postagem que fiz sobre a campanha Movimento Cívico pelo Direito dos Brasileiros, cujo título, Cansei, e que está mexendo na alma de alguns compatriotas arraigados no estilo Golpe de 64, Tortura Nunca Mais e "o que é isso companheiro", parece que alguns dos chamados militantes de esquerda estão desesperados e atirando pedras pra qualquer lado. Deixa parecer que tudo está consumado. Assim sendo, melhor esclarecer alguns pontos importantes sobre a análise do texto que tem como título: Cansei! Estamos mudando este país? (postado dia 30/07).
A despeito dos que imaginam que existe tendência política para banda A ou B, simplifico dizendo que o pluralismo das idéias deve ser discutido e debatido para melhor ser entendido. Dessa forma, fica claro que trazer a mostra um fato que está ocorrendo em nível nacional, tentando provocar um debate em torno das várias possibilidades de movimentos em prol de inúmeros objetivos, se faz necessário para que seja exaustivamente discutido pela mídia e pela sociedade em geral.
Vejo como um dos caminhos da redemocratização do país o fortalecimento das instituições, sejam elas, OBA, Ministério Público, PROCON e tantas outras entidades que possam somar forças na criação de uma nova realidade.
Creio que na sociedade da informação é papel preponderante da mídia estar à frente e não a reboque de muitos dos fatos que ocorrem de forma “tisunamica” e quase sem controle nos sistemas econômico e político. Para Roger Silvertone (2002) devemos pensar na mídia como um processo de mediação. Ele explica que “a mídia se estende para além do ponto de contato entre os textos midiáticos e seus leitores ou espectadores. É necessário considerar que ela envolve os produtores e consumidores de engajamento e desengajamento com significados que têm sua fonte ou seu foco nos textos mediados, mas que dilatam a experiência e são avaliados à sua luz numa infinidade de maneiras”.
Assim, vejo que provocar o debate nos remete a várias reflexões extremamente necessárias na atual conjuntura, tendo em vista que nós, enquanto leitor, espectador, eleitor, cidadão estamos perdidos nesse emaranhado de movimentos. E para não seguirmos a manada de forma atabalhoada, só porque todos estão indos (não se sabem nem pra onde) é que devemos analisar e questionar qualquer que seja o movimento e de onde quer que ele venha.
Outro ponto importante que gostaria de ressaltar diz respeito à legitimidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Fato este indiscutível do ponto de vista do pleito e da escolha, nas urnas e de forma direta, que o eleitor fez. Evidentemente que isso implica que muitas das questões de ordem política, econômica e social passam necessariamente pelo crivo do comandante do Estado. O que também não quer dizer que a ele seja atribuída toda e qualquer mazela deste país.
Satisfação à parte gostaria de registrar que este blog continuará instigando o debate, provocando análises de fatos midiáticos no sentido de contribuir para uma constante reflexão da sociedade da informação. Esta que deveria, pelo próprio conceito, estar muito bem informada.