quarta-feira, 29 de agosto de 2007

Por que a "elite" quer derrubar José Dirceu?

Foto arquivo Blog José Dirceu (detalhe para frase na faixa)


O desabafo de José Dirceu (PT-SP) sobre as acusações pelas quais ele diz não ser culpado em relação ao escândalo do Mensalão chega a ter elementos aglutinadores de uma enorme dissertação acadêmica para todo aquele que estuda o discurso humano e seu desdobramento na mídia.

José Dirceu diz ser vítima de “uma disputa política” (que disputa???) onde alguns mafiosos que também fazem ou estiveram no poder tinham interesses de derrubá-lo, literalmente, do cavalo e tomar a espada que comanda a ala de frente do Governo Lula. Isso tudo parece ter sua origem desde que ele assumiu a Casa Civil do governo.

No texto que veiculou no seu blog, http://www.zedirceu.com.br/, Dirceu explica que todo esse jogo tem um alvo: o projeto político do PT e do presidente Lula. Atrelado a esta defesa, o então ex-ministro de Lula deposita toda essa “armação” a classe dominante, quer seja chamada de burguesia ou de elite, e a grande mídia, que em tempos modernos foi parceira, companheira e amiga da chamada esquerda deste país.

O discurso parece ser enfático e nos remete uma reflexão imagética. A mídia está sempre em cena, em atuação. Muitas vezes como protagonista da ação outras vezes a reboque do conteúdo e das informações repassadas por determinados grupos de interesses.

Pelo sim, pelo não, resta discutir a relação promiscua ou não da grande imprensa com o poder e sua base sustentadora. Muitas vezes em prol dessas vertentes a mídia vai para um viés distante do seu propósito quer seja esclarecer e informar a sociedade e passa a ser elemento usurpador dessa informação.

A mídia também tem que ser passada a limpo.

Pelo mal ou pelo bem que a grande imprensa possa fazer é preciso separar de forma categórica a sua real função em benefício de um conjunto, a maioria da sociedade, para que amanhã esta mesma mídia não faça parte do banco de réus dos diversos escândalos construídos por classes de políticos ou quadrilhas disfarçadas de bons samaritanos e instituições falidas e sem representações honrosas, como é o caso do Senado Nacional, que nem de longe se mostram praticar a verdadeira democracia neste país.