Barra-bandeira, casinha de boneca, pega-pega, 31 alerta, brincadeira de roda, “seu rei mandou dizer”, patinete com rolimã, empinar papagaio, ouvir historinhas da vovó, jogar pião e bolinha de gude.
Estas eram algumas das brincadeiras de uma criança de 7 anos de idade na época das nossas avós, nossos pais e muitos outros que vivenciaram momentos tão inesquecíveis, quando se era permitido ser de fato criança.
Na sociedade da mídia a inocência é algo descartável ou líquido, como diz o sociólogo europeu, Zigmunt Bauman. Ouvir perguntas simples ou singular de uma criança de 7 anos implica dizer que ela não está conectada com a nossa época. Que suas atitudes são bobinhas e não estão desenvolvidas como o “filho de fulano” e a “filha de sicrano”.
Comparar faz parte da era tecnológica. Exigir sabedoria e discurso de adulto para uma criança de 7 anos faz parte do repertório da maioria dos pais na sociedade midiática. Sem isso a criança não se mostra competitiva já que o mercado é assim.
Então, estar com 7 anos e pensar socialmente no parâmetro dessa idade são ações impossíveis para as crianças em geral. Afinal, não são elas que passam pelo ridículo de não saber e sim os pais que passam pelo incômodo de não ensinarem seus filhos a se superarem, ou melhor, superarem os outros.
Quando se superam antecipam atitudes que deveriam chegar um pouco mais tarde como a sexualidade, por exemplo, experiências com bebidas alcoólicas e cigarros e o jeito adulto de se vestir e se sentir ‘homem’ ou ‘mulher’.
A menina Maisa Silva (apresentadora do programa de Silvio Santos) de apenas 7 anos de idade é um desses produtos do marketing comercial e midiático.
Bom para a audiência de Silvio Santos, refrigério para seus pais que estão de olhos fechados para as conseqüências do amanhã e pensam nela como a representação dos seus sonhos (também criados, em muitos casos, pela própria mídia) e estratégico para realimentar o desejo de tantos outros pais em ver seus filhos fazerem o tal sucesso na maior janela aberta do mundo: a TV.
Tudo parece ser mesmo natural. No entanto, a infância que tem sinônimo de inocência está perdida em algumas das baias e coxias da TV, na maquiagem implantada para melhor se expor e no discurso que de tão ‘bonitinho’ parece quase que claramente vem de uma imposição seja dos pais, seja da construção do repertorio absorvido por Maisa quando ainda era menor do que aparenta ser.
A maior janela do mundo nunca deu conta do seu poder e da sua interferência nos lares, do seu estrago na formação societária, na construção de uma sociedade.
Maisa está triste, diz a própria mídia, porque está longe dos holofotes já que a Vara da Infância e da Juventude da Comarca de Osasco (SP) revogou a licença da menina para gravar no Programa Silvio Santos (24/05/09).
Sua tristeza (acompanha por um psicólogo) tem sentido. Afinal, entre o ambiente do seu lar repleto de tentativas de mostrar o quanto ela se supera no vídeo, sua boneca tranqüila em cima da cama a espera de um momento de ninar, Maisa está muito mais envolvida no glamour midiático dessa sociedade espetacularizada que consegue matar uma das características mais natural de uma criança: sua inocência.
Para ela, Maisa, o mundo se resume entre o brilho das luzes produzidas no palco, microfones, produtores e colegas de escola pedindo autógrafos e perguntando o que fazer (?) para ser igual a ela.
Estas eram algumas das brincadeiras de uma criança de 7 anos de idade na época das nossas avós, nossos pais e muitos outros que vivenciaram momentos tão inesquecíveis, quando se era permitido ser de fato criança.
Na sociedade da mídia a inocência é algo descartável ou líquido, como diz o sociólogo europeu, Zigmunt Bauman. Ouvir perguntas simples ou singular de uma criança de 7 anos implica dizer que ela não está conectada com a nossa época. Que suas atitudes são bobinhas e não estão desenvolvidas como o “filho de fulano” e a “filha de sicrano”.
Comparar faz parte da era tecnológica. Exigir sabedoria e discurso de adulto para uma criança de 7 anos faz parte do repertório da maioria dos pais na sociedade midiática. Sem isso a criança não se mostra competitiva já que o mercado é assim.
Então, estar com 7 anos e pensar socialmente no parâmetro dessa idade são ações impossíveis para as crianças em geral. Afinal, não são elas que passam pelo ridículo de não saber e sim os pais que passam pelo incômodo de não ensinarem seus filhos a se superarem, ou melhor, superarem os outros.
Quando se superam antecipam atitudes que deveriam chegar um pouco mais tarde como a sexualidade, por exemplo, experiências com bebidas alcoólicas e cigarros e o jeito adulto de se vestir e se sentir ‘homem’ ou ‘mulher’.
A menina Maisa Silva (apresentadora do programa de Silvio Santos) de apenas 7 anos de idade é um desses produtos do marketing comercial e midiático.
Bom para a audiência de Silvio Santos, refrigério para seus pais que estão de olhos fechados para as conseqüências do amanhã e pensam nela como a representação dos seus sonhos (também criados, em muitos casos, pela própria mídia) e estratégico para realimentar o desejo de tantos outros pais em ver seus filhos fazerem o tal sucesso na maior janela aberta do mundo: a TV.
Tudo parece ser mesmo natural. No entanto, a infância que tem sinônimo de inocência está perdida em algumas das baias e coxias da TV, na maquiagem implantada para melhor se expor e no discurso que de tão ‘bonitinho’ parece quase que claramente vem de uma imposição seja dos pais, seja da construção do repertorio absorvido por Maisa quando ainda era menor do que aparenta ser.
A maior janela do mundo nunca deu conta do seu poder e da sua interferência nos lares, do seu estrago na formação societária, na construção de uma sociedade.
Maisa está triste, diz a própria mídia, porque está longe dos holofotes já que a Vara da Infância e da Juventude da Comarca de Osasco (SP) revogou a licença da menina para gravar no Programa Silvio Santos (24/05/09).
Sua tristeza (acompanha por um psicólogo) tem sentido. Afinal, entre o ambiente do seu lar repleto de tentativas de mostrar o quanto ela se supera no vídeo, sua boneca tranqüila em cima da cama a espera de um momento de ninar, Maisa está muito mais envolvida no glamour midiático dessa sociedade espetacularizada que consegue matar uma das características mais natural de uma criança: sua inocência.
Para ela, Maisa, o mundo se resume entre o brilho das luzes produzidas no palco, microfones, produtores e colegas de escola pedindo autógrafos e perguntando o que fazer (?) para ser igual a ela.