Faz tempo que corre nas bocas miúdas dos corredores palacianos no Recife a história de uma pesquisa feita em Petrolina onde Gonzaga Patriota (PSB) estava na cabeça dos eleitores e com todas as possibilidades de ganhar a eleição municipal.
O silencio da não divulgação da pesquisa parece ter gerado um efeito contrário a Odacy Amorim. Para quem tinha tudo nas mãos, Amorim dormiu do sábado (21/6) para o domingo quase vitorioso e acordou hoje, segunda, derrotado.
Mesmo não entendendo as entrelinhas de uma convenção partidária o eleitor, talvez, desavisado pode ter imaginado que a campanha começava neste domingo, tamanho era o número de carros, ônibus e trio elétrico que tomaram conta das ruas para saldar um ou outro pré-candidato ao páreo eleitoral.
Depois da vitória nada esmagadora de Patriota, apenas 19 votos dos 645 apurados, tendo ainda 24 abstenções e 1 voto nulo, a perda significante dos Coelhos seja de que ala for, de Fernando Bezerra ou Oswaldo, o posicionamento do PT frente ao processo e o ajuntamento dos demais candidatos para unir forças contra o “trator Gonzaga”, restam o questionamento explicito e implícito da mídia local sobre a cobertura dessa eleição.
Considerando o número de veículos, em especial de rádios, ligados e associados a grupos políticos, a pergunta que não quer calar é qual o tipo de tratamento a mídia local dará a esta campanha?
Ressaltam-se também os vínculos relacionais dos então candidatos à máquina comunicacional hoje, especificamente, aos blogs, sites de relacionamentos como Orkut e o rádio na web.
Como Petrolina é celeiro de jogadas políticas-economicas, enviar noticia daqui para o Recife ou mesmo Brasília virou um negócio e tanto para os catadores de efeitos espetaculares. E tem também as cidades próximas que vão a reboque desse processo como Afrânio e Dormentes, para citar apenas duas.
Cada espaço midiativo é disputado a teclado, microfone e e-mails. Resta saber até onde a mídia sensacionalista de plantão vai cobrir os fatos como realmente eles são.
Isto porque diante desse “quadro clínico” em quem é mesmo que o eleitor, ouvinte, internauta, blogueiro, telespectador vai acreditar?