Conversando com alguns jovens da Escola Padre Luiz Cassiano,
Loteamento Recife, periferia Petrolina, descubro que uma empresa de curso “profissionalizante”
(os jovens ficaram receosos em dizer o nome) divulga em sala de aula a programação dos cursos para
jovens e adolescentes. E para atrair a participação dos alunos promove uma “corrida
à inscrição”.
Os primeiros 20 alunos que fizeram inscrição durante a
semana passada ganharam um ingresso para a festa “ Se for beber me chame”.
É muito importante ressaltar que as turmas que foram
convidadas a participar dos cursos e consequentemente do evento estão entre as
8ª/9ª série do Ensino Fundamental e 1º a
3ª série do Ensino Médio. Portanto, adolescentes/jovens na faixa etária de 15 a
18 anos.
A consequência disso tudo é um monte de “crianças” na
expressão mais inocente da palavra, que lotam essas arenas, chamadas de eventos
culturais, e são estimuladas a fazerem uso de drogas licitas ou não, como álcool,
maconha ou qualquer coisa do gênero, e ainda são instigadas, o tempo todo, a entrarem
na vida sexual precocemente.
A responsabilidade pelos atos desses jovens/adolescente é dos
pais, claro. Mas a escola tem um papel fundamental nesse processo, assim como a
própria sociedade através das esferas públicas como o Conselho Tutelar,
Ministério Público e a própria imprensa.
Festas como essa e tantas outras semelhantes acontecem todos
os finais de semana em Petrolina e região. Resta saber como lidar com esses
movimentos que em nada contribui para uma juventude saudável e uma sociedade
melhor, amanhã.